segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

O Lado Bom de Brasília




Renato Vasconcellos - Suíte Brasília (1998)





O pianista, compositor e arranjador mineiro Renato Vasconcellos, radicado em Brasília desde 1974, formou-se na Universidade de Brasília e deu continuidade a seus estudos acadêmicos na Universidade de Louisville-Kentuchy (EUA) com um mestrado em performance-ênfase em piano jazz. É de sua autoria a obra ‘Suíte Brasília’, considerada uma das três mais importantes músicas compostas em tributo à Capital Federal, desde sua fundação.
Suíte Brasília’ também dá nome a este belo disco que passeia com muita desenvoltura, tanto em temas mais rítmicos quanto melódicos, em uma mistura de jazz, fusion e MPB muito bem executada pelo grande time de feras que o acompanham.
O trabalho de Renato como arranjador e diretor musical é bastante requisitado por artistas nacionais importantes e também já tocou com grandes nomes da MPB como, entre outros, Maria Bethânia, Cássia Eller, Leni Andrade e Beto Guedes.

11 faixas, VBR 192/224, 97,12mb
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6 comentários:

woody disse...

Maria Bethânia, Cássia Eller, Leni Andrade e Beto Guedes. Reconheço a grandesa desses nomes, mas tirando alguma coisa de Beto Guedes a música dessa turminha nunca foi do meu agrado. Agora confesso que Renato Vasconcellos é um total desconhecido que, pelo que vc colocou, parece muito bem credenciado. Merece um orelhada, vou arriscar.

Joãojjjjjr disse...

Sr. A.k.A.,
Bela presença. Ótimo post. Valeu! Tive a oportunidade de assiti-lo numa apresentação antológica no Gate's Pub aqui no DF, tão memorável que há uma resenha dela na página do Bar, que transcrevo abaixo: (O cara ainda chamava o Kadu de Edu Lambach).

"Data de Publicação: 5 de junho de 1990
CRÍTICA - Raul de Souza e Renato Vasconcelos mostram com quantos instrumentos se faz um espetáculo de jazz

Por: Rodrigo Leitão

Um meeting perfeito: Raul de Souza (trombone/sax) e Renato Vasconcelos (teclados). com apoio preciso do Aria Tribo. Brasília, talvez tenha vivido as noites mais undergrounds do ano no último final de semana (sexta e sábado). O jazz no devido e intimista lugar: um pub. O inventor do Sousabone - o trombone com a presença do Do alterando o tradicional sopro em três chaves do Si Bemol —, Mr. Raul de Souza. deixou gostinho de quero mais nas duas apresentações que fez no Gate's Pub. Com esta rápida passagem ficou também a certeza: ele retorna daqui a 45 dias para um espetáculo mais completo na Asbac.

Era esperado um show curto de Raul acompanhado pelo Aria Tribo. mas surgiu um convite para que Renato Vasconcelos modificasse o panorama musical com sua cada vez mais brilhante presença. que aliada à guitarra excepcional de Edu Lambach (o Paraná), tornou o repertório milimetricamente jazzy, precisamente soul e suingadamente funk. Só clássicos, alguns tirados de improviso, seguindo a cartilha jazzy, como fizeram no sábado com As TI.

O pequeno Gate's Pub parecia ter crescido em tamanho, dado o grande número de privilegiados que foram ver de perto um importantíssimo encontro musical. Renato acabara de tocar com Adriano Faquini na Festa dos Estados. Saiu entusiasmado de um bom show para entrar vibrante em outro excepcional. Um repertório brilhante num verdadeiro encontro de feras.

Raul é tão simples no palco quanto na mesa, conversando com os musicos e discutindo detalhes dos belos improvisos que apresentam em seguida. O Aria Tribo abriu com quatro números próprios. Uma pausa e Raul sobe ao palco. Puxa seu Trombone de Vara e extrai um som suingadíssimo para Heat (dele). Um solo bem colocado de Renato arremata o tempera. Aí surge uma pérola: Which Hunt de Wayne Shorter. E o caldeirão do jazz não parou mais de ferver: Anos Dourados (Jobim), Bananeira (João Donato). Muito à Vontade, também de Donato, que seguraram o primeiro set. Na volta um grande tema de Raul. Big Moon. Discussões sobre a autoria em várias mesas quando eles atacaram de Feel Like Make In Love. Raul alterna os instrumentos com naturalidade tamanha — a gente esquece até que ele não trouxe o famoso Souzabone. "Ficou em Nova Iorque", se desculpa o instrumentista no intervalo. "Queria trazer, mas a correria tão intensa que acabei esquecendo. Mando vir para o próximo show", confirmava o mestre do sopro, tido pela Down Beat como o melhor do mundo há dois anos.

Raul ficou sabendo do Aria Tribo em Recife. Ele estava por lá fazendo uma jam session e encontrou com Renato Vasconcelos, que estava com Beto Guedes. O tecladista/pianista falou sobre a jovem formação jazzística brasiliense que tem grande futuro "Eu prefiro tocar com gente jovem, os tarimbados, às vezes, são perfectionistas e não gostam de se aventurar, conta entusiasmado Raul.

O segundo set foi magnifico Wave, outra de Jobim, veio seguida de Round Midnight (Thelonius Monk), além de mais uma incursão da bela Botton Heat. Como num autêntico ambiente jazzy. Raul não fez por menos, trocava de instrumentos a cada tema sempre acendendo um cigarro Minister — que não incomoda seu pulmão de aço — mostrando sua versatilidade. As participações de Renato Vasconcelos e Paraná davam o brilho necessário para a luz do trombone de Raul de Souza, que, bem servido pela cozinha baixo/bateria de Nema e Márcio, surpreendia a cada tempo com um belo sopro.

O encontro fantástico destes dois grandes nomes da música instrumental brasileira, Raul e Renato, veio na hora certa. A iniciativa do empresário Sérgio Mioni trouxe ainda duas entre as três grandes novidades desta minitemporada. Mioni anunciou The Platers para os dias 10, 11 e 12 de agosto e Mamas and the Papas para 12. 13 e 14 de outubro."

Também há vida noturna em Brasília!
Abraços
Jr. Ceilândia DF

Marcello 'Maddy Lee' disse...

Fala, Woody!
Respeito os 'medalhões' MPBísticos, mas também não é muito a minha praia. Não há como negar que esses mesmos 'medalhões' pelo menos tentam contratar os melhores músicos para acompanhá-los em shows e gravações. A vida do músico profissional no Brasil é bastante complicada e qualquer oportunidade de trabalho é sempre válida.
João Júnior Ceilândia JJJJJJJR,
um ou dois meses depois desse show eu estava chegando em Brasília pra morar durante um tempo, na época a 'cena musical' de Brasília era muito variada e eu curti vários shows diferentes em lugares como o Gate's, Bem Demais, Caderno 2 (ou seria Segundo Cadernos?), Teatro Nacional e outros que já nem lembro o nome. Little Quail & The Mad Birds e Raimundos estavam surgindo nessa época, Mel da Terra ressurgindo, além de vários outros músicos e bandas de qualidade que se apresentavam em bares e festas; me lembro especialmente de um evento que acontecia de vez em quando, chamado Jogo de Cena, muito bacana, e de ter assistido o louco show de uma das bandas mais underground que já vi, o Marciano Sodomita, impagável!
valeu!
Grande abraço.
ML

Fernando_oneplusone disse...

durante o tempo em vc morou em Brasília ouviu falar de uma banda chamada Capacetes do Céu? Abraços.

Anônimo disse...

Fala oneplusone... eu conheci e vi vários shows dos Capacetes do Céu. Inclusive os integrantes são meus primos. Atualmente, um deles, tem uma banda chamada Brown-Há que está fazemdo sucesso na capital federal e outras cidades.
Abraxxx...

Marcello 'Maddy Lee' disse...

Graaaaaande 1+1!
Véi, não conheço nenhuma dessas bandas que você citou... Tem alguma dica de como conhecer o som dos caras?
Abração!
ML