quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Gazpacho (atualização)

Gazpacho - Missa Atropos (2010)

A última postagem de 2010. Mais uma atualização.
Dessa vez, o excelente álbum ‘Missa Atropos’ da banda norueguesa Gazpacho. É um disco conceitual e segue abaixo a livre tradução de uma parte da resenha (feita por Mellotron Storm no site Prog Archives) que explica mais ou menos esse conceito:
“...este (álbum) é sobre um homem que quer satisfazer a deusa grega Átropos com uma missa, criada por ele, para ela, em um farol abandonado. Átropos, aparentemente, na mitologia grega, é aquela que decide quando e onde você vai morrer.” Junte-se a essa história o jogo de palavras do título - missa atropos / misanthrope -, justificando o estado de solidão em que se encontra o homem do farol.
De novidade, um novo baterista, mas, como sempre, a qualidade continua altíssima – aliás, este é realmente um dos melhores discos da banda; talvez ficando atrás somente do magnífico ‘Night’.

É isso aí, galera; tenham uma excelente passagem de ano – que 2011 seja totalmente excelente, com paz, amor, felicidade, saúde, sucesso e muita música da melhor qualidade. Até o ano que vem!

Postagem Original

Link nos comentários / Link on comments

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Stone Oak Cosmonaut

Galera, enquanto duram as férias e, também, enquanto procuro os discos para atualizar algumas postagens antigas, vou deixar aqui a pequena discografia (somente 2 discos) de uma banda que me fez chapar nos últimos dias: Stone Oak Cosmonaut, que faz uma mistura totalmente excelente de rock pesadão (doom, stoner), space rock e psicodelia , com poucos solos, mas muito viajante - imagine se o Hawkwind se enveredasse pelo doom metal, aí vocês têm uma pista para o som dos caras.

Essa banda proveniente da Holanda é, na verdade, um power trio – Von Trippenhof (baixo, vocais e synths), Fred Stacker (guitarras) e Peter (bateria) – que conta ainda com um colaborador fixo, que não é exatamente um músico: Schill, que é o responsável pelo, descrito pelos próprios, ‘deep space and sounds’ – só ouvindo pra entender...
Sem mais por hoje, senão a fumaça vai embora.
Boa viagem e divirtam-se!

MySpace
Encyclopaedia Metallum

Links (2,56kb) – Sharebee ou MultiUpload

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Dragontears (atualização)

Dragontears - Turn On Tune In Fuck Off!! (2010)

Mais uma atualização. Dessa vez uma maravilha recém-saída do forno: ‘Turn On Tune In Fuck Off!!’, da banda Dragontears, do inquieto multi-instrumentista Lorenzo Woodrose.
Esse álbum soa um pouco diferente dos anteriores, pois, pelo menos para mim, parece um perfeito cruzamento com a outra principal banda de Lorenzo, Baby Woodrose; isso se deve a algumas músicas soarem mais rock do que a maior pegada experimental dos trabalhos anteriores.
Originalmente, este álbum foi lançado em vinil (500 cópias), tendo como bônus um single, que contém duas faixas inéditas (que eu não achei para disponibilizar aqui – aí fica aquele pedido pra alguém ao menos indicar de onde possamos baixar). No lado A ficam as músicas mais ‘acessíveis’, essas com jeitão mais rock – ‘No Salvation’ parece ter sido composta especialmente para uma festa muito, muito, muito enfumaçada! No lado B estão as faixas mais experimentais e psicodélicas, como a longa (mais de 13 minutos) ‘William’, com suas guitarras e vozes cheias de eco e percussão ultra lenta.

No mais, caros amigos, comentários continuam a ser bem vindos...
Divirtam-se!

Postagem Original

Link nos comentários / Link on comments

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Jane (atualização)

Galera, rápido e rasteiro dessa vez: em dezembro tirarei merecidas férias e pretendo viajar e descansar bastante, mas não vou deixar o Pântano totalmente abandonado.
Na verdade, vou aproveitar a oportunidade para tentar atualizar velhas postagens, afinal muitas bandas continuaram lançando discos (ainda bem!!) após eu ter postado suas discografias.
E, pra começar, vou aproveitar o presentaço do mais novo amigo de todos nós: Leandro Arruda, presidente e comandante-em-chefe do blog Never Too Old To Rock.

É que, para minha grande surpresa, quase três anos depois que postei a discografia do Jane aparece o Leandro, Mr. NuncaVéiD+ProRock, me oferecendo o disco que me faltava (o álbum auto-intitulado lançado em 1980), completaço, com capas e tudo! Eu não poderia deixar por menos!
Pra complementar, subi também um link pro álbum mais recente da banda, ‘Traces’, de 2009, o primeiro após o falecimento de Peter Panka – tendo somente o baixista Charly Maucher da formação original –, mas mesmo assim um ótimo disco.
Aí embaixo tem um link pra postagem original, onde todos os links ainda estão funfando bonito (testei todos os MegaUpload e pelo menos esses estão todos OK) e outro link, com esses dois discos descritos aí em cima.
É isso aí, galera. Mais uma vez agradeço ao Sempre-Jovem-Leandro pelo presente e, como sempre, divirtam-se sem moderação!

Postagem Original – Jane
Site Oficial
Prog Archives
Wikipedia

‘Jane’ (1980) + ‘Traces’ (2009) Links (2,47kb) – Sharebee

sábado, 20 de novembro de 2010

Machine Men

Antes de ir ao objeto da postagem, permitam-me uma pequena digressão. Fãs de heavy metal são avessos às mudanças – isso é fato. Bandas que se permitem experimentar qualquer coisa diferente do caminho que já seguiam logo vêem vários narizes torcidos e olhares desconfiados no horizonte de seus palcos. É lógico que isso é uma grande generalização, que toda regra tem sua exceção, etc e blá-blá-blá; mas nesse caso específico, do bom e velho metal, a regra é que 99% das pessoas não querem que sua banda preferida faça qualquer coisa diferente do que já vinha fazendo desde o primeiro disco, a não ser, talvez, que fique ainda mais pesada ou rápida ou agressiva ou qualquer coisa do gênero – evolução? Ah, que Darwin vá pra casa do caray!! rsrs
Desta mesma forma e por causa disso, várias bandas soam extrema e absurdamente parecidas com outras; principalmente aquelas que têm seu estilo baseado em e/ou variado de uma ‘banda ícone’ como, por exemplo, Black Sabbath, Judas Priest, Motörhead ou Iron Maiden. Agora, o mais incrível é que existem muitíssimas bandas que, apesar de derivadas de qualquer desses ícones, são também excelentes.

Assim, termino a tal digressão, pois cheguei ao objetivo desta postagem, já que trago para vocês a discografia da banda finlandesa Machine Men.

Toni ‘Antony’ Parviainen (vocais), Jani Noronen (guitarra), J-V Hintikka (guitarra), Eero Vehniainen (baixo) e Jarno Parantainen (bateria) inicialmente formavam uma banda cover do Iron Maiden. Este último fato justifica não só a digressão acima como também explica a inevitável comparação, já que os caras ficaram impregnados pelo som do Iron Maiden – o que se deve, principalmente, por conta do vocalista, Parviainen, ser quase um clone do Bruce Dickinson. E aí reside a principal característica da banda, que, na verdade, faz um som muito mais parecido com o trabalho solo de Bruce do que com o Maiden em si.
A Machine Men se formou em 1998 e seu nome vem de uma música do disco ‘The Chemical Wedding’, de Bruce Dickinson (o que confirma minha opinião aí de cima); desde então lançaram 3 álbuns e 1 EP (que estou disponibilizando aqui), além de demos e singles. Eles ainda estão na ativa e, conforme podemos ler em seu blog oficial (link abaixo), estão compondo e gravando material para um próximo álbum.
Apesar de toda essa comparação, até por não soarem assim originais, os caras me passam uma autenticidade que só aqueles que são tão fãs de uma banda, tão reverentes, conseguem passar; e tudo isso, na boa, só conta a favor dos finlandeses. No fim das contas, a cada lançamento eles vão deixando cada vez mais pra trás essas similaridades, desenvolvendo seu próprio estilo, mas sem deixar de lado essas (boas) influências.

Bem, é isso. Eu não estaria postando se eu não gostasse (muito) desses discos e espero que vocês se surpreendam com essa ótima banda.
No mais, pra variar, divirtam-se!

Site Oficial (antigo)
MySpace
Blog Oficial
Encyclopaedia Metallum
Wikipedia

Links (2,87kb) – Sharebee

sábado, 30 de outubro de 2010

Halloween

31 de Outubro, Hallowe’en, Dia das Bruxas. O feriado tem suas raízes no folclore irlandês, sendo derivado da antiga festa pagã celta chamada Samhain e que, por sua vez, tem suas origens nas festividades dedicadas à deusa romana das frutas e sementes, chamada Pomona. A Igreja Católica tentou arrumar um jeito de ‘apagar’ essa festa pagã do calendário (como fez com muitas outras), decretando que em 1º de Novembro seria o Dia de Todos os Santos; porém, a comemoração do Hallowe'en continua forte em seus países de origem e eventuais colonizados, como os EUA e Canadá – mesmo que nos EUA tenha virado quase que um carnaval infantil bizarro.
Depois desse breve esclarecimento histórico, fica a pergunta: por que uma banda francesa tem o nome de Halloween, se a França não tem lá tanta tradição com este feriado? Seja lá qual for a resposta, pelo menos tem alguma coerência com a proposta musical da banda, já que eles nos apresentam um rock progressivo um tanto ou quanto sombrio, com ambiências soturnas, às vezes opressivas e estranhas; seus discos são como filmes fantasiosos, cheios de tons de mistério e suspense, ou como se fossem trilhas sonoras para livros de H. P. Lovecraft ou Edgar Alan Poe.

A banda foi fundada em meados dos anos 80 por Jean-Philippe Brun (violino, guitarra, baixo e vocais) e Gilles Coppin (teclados e vocais), os únicos que participaram de todos os discos que lançaram. Ao vivo eram acompanhados por músicos contratados, sendo que o baterista Philippe Di Faostino é o outro membro mais frequente, já que está na banda desde a turnê do primeiro disco, ‘Part One’, de 1988. A partir do disco ‘Merlin’, de 1994, Géraldine Le Cocq se uniu à banda, acrescentando sua voz à sonoridade única do Halloween. Vale ressaltar que esta foi uma das primeiras bandas dos anos 80 a retomar a sonoridade do rock progressivo ‘clássico’, deixando de lado a direção neo prog típica da época.
Eles lançaram 5 álbuns, sendo que um deles é ‘ao vivo’. As músicas são cantadas tanto em francês quanto em inglês. Estou disponibilizando todos os 5 discos aqui, não só para servir de trilha sonora alternativa para aqueles que comemoram a data, mas, também, para aqueles (eu também!) que não estão nem aí pra essas ridículas festas imperialistas e capitalistas (rsrsrs) e que se amarram numa música de extrema qualidade (principalmente!).
É isso aí: divirtam-se, como sempre.

Prog Archives

Links (3,13kb) – Sharebee

P.S.: como não consegui achar imagens da banda, alguém se habilita?

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Lost World (atualizado!)

Bandaaaaaça-aça-aça russa! Composta somente por Músicos (com maiúscula mesmo...) formados em conservatórios, que tocam vários instrumentos A formação atual é: Andrii Didorenko (guitarra, violinos, violão, baixo, bateria e percussão), Vassily Soloviev (flauta, guitarra, bateria e percussão), Yuliya Basis (teclados), Veniamin Rozov (bateria e percussão). Além deles, Alexander Akimov (teclados, percussão, programações e ‘sound design’) participou dos dois primeiros álbuns e Alexei Rybakov (vocais) participou somente do primeiro álbum, ‘Trajectories’, de 2003.

Lost World nos presenteia em seus três álbuns com tudo o que há de melhor no rock progressivo: ótimas composições, arranjos elaborados e, principalmente, excelentes performances (em especial o violinista/guitarrista). Os caras fazem um som muito próprio, com várias influências diferentes, resultando num trabalho bastante original e eclético; como li em uma resenha, já não lembro bem aonde foi, ‘talvez por serem russos, sua música é bastante autêntica, não se parecendo em nada com as bandas mais conhecidas do gênero’.
Todos os três discos são surpreendentemente excelentes; somente o primeiro conta com vocais e, mesmo assim, em poucas faixas; o foco está mesmo no instrumental, que pode soar tanto como o prog mais clássico, com fortes tinturas eruditas, quanto o mais moderno, tendo até algumas faixas com uma levada de música eletrônica. Obrigatórios em toda e qualquer coleção de boa música.

Atualizei esta postagem graças ao grande amigo Celso Loos, que me surpreendeu com um e-mail oferecendo o ‘Trajectories’ – Celsão, bróder, não tenho palavras para te agradecer! – Valeu, valeu, valeu!!!
É isso aí: baixem logo esses discos totalmente completamente excelentes bagarái à beça de montão!!!!!
Divirtam-se!
Comentem! ...ah, isso (quase) ninguém faz mesmo... Deixa pra lá... rsrs

Site Oficial
Prog Archives

NOVOS LINKS!! (re-up em 02/11/12) – Mirror Creator

sábado, 9 de outubro de 2010

Afformance

Afformance
A Glimpse To The Days That Pass (2010)

É engraçado como certas coisas acontecem. Bem, talvez ‘engraçado’ não seja a palavra correta, mas acho que vocês me entendem... Certamente não pode ser coincidência e, ao mesmo tempo, é óbvio que coincidências acontecem. Muita gente também pode dizer que é acaso ou sincronicidade, entre outros termos mais esotéricos. Vou tentar explicar...
Entre os zilhares de gêneros musicais que eu curto, tem um deles que é meio que um ‘patinho feio’: é o tal do post-rock. Volta e meia me dá um surto e eu fico imerso em post-rock, com todas as suas viagens, ambiências, psicodelias, sutilezas, etc. É certo que não é música pra todo dia; da mesma forma que também existem trocentas bandas que fazem um som extremamente parecido. Ao mesmo tempo, este ‘gênero’ musical serviu pra rotular um verdadeiro saco de gatos de bandas que fazem música totalmente diversa, inrotulável. Se pegarmos bandas como Mono, Mogwai, Sigur Rós, Explosions In The Sky, Tortoise, Múm, Godspeed You! Black Emperor, El Ten Eleven, God Is An Astronaut, 65daysofstatic, só pra citar algumas, nós podemos perceber esta diversidade, e até algumas características que acabaram meio que virando um ‘clichê-post-rock’ – pois bem, o paradoxo é justamente a maior característica do post-rock.

Concluindo, toda essa enrolação sobre coincidências, etc, é só pra dizer o seguinte: escuto e curto o tal do post-rock, mas até agora a única postagem que fiz aqui no Pântano que tem relação com o gênero, se não me engano, é a do Friends Of Dean Martinez. Ou seja, porcausdequê eu nunca fiz tal coisa permanece um mistério pra mim. Mas isso será consertado agora. Talvez eu estivesse esperando que um disco me despertasse algo diferente, o suficiente pra me inspirar a fazer uma postagem. Pois então, isso acaba de acontecer. Tudo ao mesmo tempo agora.

Já tem um tempo que venho pensando o que postar; eu queria mesmo algo diferente das últimas postagens, algo também que não me desse tanto trabalho (por conta do pouco tempo disponível), e eis que ainda agora, ouvindo os discos que andei baixando neste ano, me deparei com este excelente e único álbum intitulado ‘A Glimpse To The Days That Pass’, da banda grega Afformance, que é formada por John (guitarra), CV (guitarra, efeitos), Dennis (guitarra), Fotis (baixo) e Petros (bateria). Pois é, são três guitarristas, mas não esperem por solos mirabolantes, nem nada disso, por que aí não seria mesmo post-rock...

Já me delonguei demais com tanta embromação, mas o que eu posso dizer de melhor sobre esse disco eu já disse: que ele me empolgou o suficiente para eu compartilhá-lo com todos vocês; uma das razões pra toda essa empolgação é uma certa variedade nas composições e arranjos, mesclado com características próprias do estilo e autenticidade suficiente dos músicos para ainda nos apresentar algumas influências de rock progressivo. Vale dizer, também, que uma vertente que se confunde/funde com o post-rock, chamada math rock (que, ao meu modo de entender, é um tipo de música mais cerebral, mais ‘dura’ do que as viagens psicodélicas do post-rock) também faz parte da paleta de sons dos caras.

É isso: espero que vocês curtam esse ótimo disco do Afformance, que se interessem pelo gênero/estilo, que comentem e que se divirtam – como sempre.
Em tempo: aos que acham post-rock muito deprê ou algo meio heroínico, eu posso dizer que o efeito desse disco sobre mim foi totalmente o contrário – e uma boa fumaça ajuda bastante... hehehe

MySpace
Blog Oficial
Prog Archives

Link nos comentários / Link on comments

domingo, 5 de setembro de 2010

Hypnos 69

Hypnos 69 é uma banda belga, formada pelos irmãos Steve Houtmeyers (vocais, guitarras e efeitos) e Dave Houtmeyers (bateria, percussão, efeitos e teclados) mais Tom Vanlaer (baixo, teclados) em meados dos anos 90. O primeiro álbum, ‘Timeline Traveller’, foi lançado em 2002 e, logo em seguida, Steven Marx (saxofones e teclados) se uniu ao trio. Este mesmo álbum foi relançado em 2006, porém com intervenções adicionais de Marx – o que aconteceu foi que, simplesmente, foram adicionados alguns saxofones e teclados às faixas gravadas em 2002, sem nenhum acréscimo do trio original.

Graças a esse relançamento é que atrasei o máximo que pude essa postagem. Explico: sem exceção, TODOS os links que encontrei para baixar as versões de 2002 e 2006 eram de álbuns absolutamente iguais. Li em uma resenha que na música-título o saxofone tem algum destaque, mas ou meus ouvidos estão muito, muito ruins, ou então, caros amigos, todas as pessoas que disponibilizaram este disco para baixar nunca o escutaram com a atenção devida – ou seja, não encontrei essa tal versão de 2006; mas, de qualquer maneira, upei os álbuns conforme achei na rede, para que vocês possam tirar suas próprias conclusões.

Quanto ao som da banda, não tem errada: quem curte bandas como Witchcraft, Siena Root, Black Bonzo, The Brimstone Solar Radiation Band, Anekdoten e muitas das que já postei aqui no blog ultimamente, das que tem um ‘apelo’ setentista, bem, eu só posso dizer que, quem ainda não conhece o Hypnos 69, vai chapar geral! Os caras são excelentes músicos, compositores e arranjadores, que se destacam tanto nos improvisos quanto nas convenções, especialmente o guitarrista Steve Houtmeyers, que se utiliza de timbres típicos dos 70 e que sola com muito feeling e sem as ostentações guitarrísticas que ficaram tão em voga desde os 80. Vale dizer que todos os teclados utilizados são daqueles antigões, o que hoje chamam de vintageMoog, Hammond, Fender Rhodes, etc. Tudo isso contribui para que o Hypnos 69 esteja entre aquelas melhores bandas dos 70 que nasceram nos 90... rsrsNo começo o Hypnos 69 era meio que uma jam band, que tocava stoner rock extremamente psicodélico, com um jeitão boogie e southern; com o tempo muitas outras influências foram agregadas à banda, sem nenhum pudor e sempre com excelentes resultados, seja num space rock bem ao modo do Hawkwind ou numa psicodelia SydBarretiana e, até, o mais puro rock progressivo. Hoje, o som está mais pra um hard prog psicodélico, o que parece ser uma evolução natural, bem de acordo com o que vêm fazendo desde o início da carreira. ‘Legacy’, lançado ainda neste ano é um dos meus candidatos ao melhor disco de 2010 e, potencialmente, ao melhor trabalho da banda.
Estou disponibilizando aqui os 5 álbuns originais, mais o primeiro lançamento da banda, um EP, de 2000, chamado ‘Wherever Time Has Shared It's Trust’; também o álbum que baixei como sendo a tal versão de 2006 de ‘Timeline Traveller’.


Como vocês podem notar, eu ando meio afastado não só daqui d’O Pântano, mas também dos blogs amigos e dos comentários em geral. O caso é que ando ocupadaço bagarái à beça e, de antemão, peço desculpas por minha ausência e por meus atrasos passados, presentes e futuros, mas garanto que sempre que eu arrumar uma brecha, estarei aqui: não abandonarei o blog, nem os caros amigos & amigas e os demais anônimos que prestigiam O Pântano Elétrico; só ficarei um pouco sumido.

No mais, baixem essas maravilhas, divirtam-se sem moderação, comentem e aguardem por uma nova postagem não muito em breve... hehehe

MySpace
Wikipedia
Prog Archives

P.S.: por último, mas nem por isso menos importante, agradeço ao meu irmãoSinho Edson D'Aquino, comandante-em-chefe da birosca mais conhecida como Gravetos & Berlotas, que fez um belíssimo trabalho de remasterização do EP 'Wherever Time Has Shared It's Trust', retirando todos os estalos e demais barulhos do LP - valeu, El Berlota, valeu!!

ATUALIZAÇÃO
(em 19/07/12) 
Nada melhor do que informações oficiais para acabar com a dúvida. Consegui o encarte do disco 'Timeline Traveller' e, nele, numa nota escrita pelo próprio Steve Houtmeyers, é esclarecido que o nome do saxofonista e tecladista Steven Marx foi adicionado simplesmente por fazer parte da banda no momento da reedição do álbum, e que Marx não teve qualquer participação neste disco, ao contrário do que li e referi no texto àcima.
Nesta autalização eu incluí mais material das artes dos álbuns, sendo que alguns têm o encarte completo. Aproveitem!

NOVOS LINKS! - Mirror CreatorMirror Creator 

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Baby Woodrose + Dragontears

A Hawaiian Baby Woodrose (Argyreia nervosa), conhecida no Brasil como Trepadeira Elefante, é nativa da Índia e se espalhou pelo mundo graças aos seus encantos quase que meramente paisagísticos. Bem, eu disse ‘quase’ porque foi descoberto que através dela se obtém vários alcalóides lisérgicos, que produzem excelentes efeitos psicodélicos (hehehe), que são usados em fórmulas medicinais na Índia e em rituais no Havaí, entre outras coisas e outros lugares - é só dar uma olhada nos links aí de cima.

Tendo como álibi seu ‘sobrenome artístico’, o norueguês Lorenzo Woodrose resolveu juntar uma coisa com outra na hora de batizar seu projeto musical, Baby Woodrose, ainda quando era uma banda-de-um-homem-só e quando compôs, tocou todos os instrumentos, gravou, produziu e lançou seu primeiro álbum, intitulado ‘Blows Your Mind!’, em 2001. Esse ‘estado solitário’ durou pouco, porque logo se juntaram a ele o baixista Riky ‘The Mood Guru’ Woodrose e o baterista Rocco ‘Fuzz Daddy’ Woodrose - que adotaram o mesmo ‘sobrenome’ do maluco.
A referência a tal planta psicodélica não é assim tão gratuita, porque na fórmula sonora do Baby Woodrose a psicodelia tem enorme destaque. Nos seis discos lançados pela banda existem características de vários gêneros de rock – garage, pop, punk, stoner, space, blues, hard... -, mas é o ‘molho’ psicodélico que conduz a carreira desse power trio. No geral, as músicas são curtas, a maioria fica entre 2 minutos e alguns segundos e algo em torno de 4 minutos, com pouquíssimas exceções que excedam esse tempo – ou seja, a maioria das músicas é bem concisa, sem sobras: direto e reto -, porém, cheias de nuances e sofisticação; além disso, muitas músicas têm ‘aquele’ refrão chicletudo que não sai da cabeça por muito tempo.
Uma das coisas que me faz gostar mais de uma banda é quando a vejo em retrospectiva e constato que seus álbuns têm saudáveis diferenças entre si, seja no ‘approach’, na temática ou no conceito em geral do trabalho, porém sem que nada disso interfira na identidade artística desta mesma banda. Assim é com Led Zeppelin, Black Sabbath, Deep Purple, Yes, Rush, Pink Floyd... Só pra citar as mais fodonas. Pois bem, nesse quesito a Baby Woodrose, guardando as devidas proporções, pode entrar em tão fodástica companhia com louvor, pois seus discos, apesar de diferirem entre si, não deixam sombra de dúvida de que se trata da mesma banda, experimentando sempre novas maneiras de tratar sua música.

Como eu já disse lá em cima, o primeiro disco ficou totalmente ao cargo de Lorenzo. Depois de anos de estrada e vários discos gravados, em 2008 seus companheiros Riky & Rocco resolveram tomar outros rumos. Lorenzo não se deu por vencido e retornou, sozinho, em 2009, com um álbum auto-intitulado, exatamente como fez no primeiro disco e, como está anunciado na página do MySpace da banda, desde então se espera por uma nova formação definitiva, apesar de continuar a fazer shows.

Em todos esses anos Lorenzo Woodrose se meteu em outros projetos paralelos, entre eles o Dragontears, muito bem sucedido, que conta com todos os membros do Baby Woodrose mais os da banda On Trial (antiga banda de Lorenzo, onde tocava bateria), seus compatriotas. O Dragontears mostra um lado mais experimental e progressivo, recheado de psicodelia e altamente influenciado por space rock.

Trago aqui todos os seis álbuns lançados pelo Baby Woodrose, mais um split com a banda Sweatmaster (em que uma banda faz um cover da outra), além de um semi-pirata (com a gravação de um show que foi transmitido por uma rádio dinamarquesa), dois singles e, como gotas de chocolate num space cake, os dois álbuns do Dragontears.
É isso. Como sempre: divirtam-se sem moderação!

Baby Woodrose
MySpace
Wikipedia

Dragontears
MySpace
Prog Archives

Link para a postagem atualizada (Dragontears)

Links (4,7kb) – Sharebee

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Interstate Blues

Eu já fui muito mais um fã de blues do que sou hoje em dia. Na verdade, agora vejo as coisas por um outro prisma: o blues é o mais básico dos ritmos e já foi explorado à exaustão, seja por Eric Clapton, Johnny Winter ou Jimi Hendrix, mas pouco trazendo de novidade nas últimas décadas; a não ser quando surge um expoente do porte de Stevie Ray Vaughan ou outros, em menor escala, como Joe Bonamassa, por exemplo, e, bem, seja por isso tudo ou não, o que quero dizer é que eu me divirto muito mais tocando o blues do que o escutando. Por outro lado, volta e meia aparece uma banda ou artista que cai nas minhas graças, por N motivos, como é o caso da banda que estou postando hoje aqui n’O Pântano Elétrico: Interstate Blues.

Formada pelos californianos, de Los Angeles, Jamie Purpora (guitarra e vocal), Roger Brown (baixo) e Jeremy Crowther (bateria), a Interstate Blues pega a veia do blues pra refazer o caminho do rock & roll até o hard rock de uma maneira diversa das bandas da mesma área, que acabam descambando para o lado mais ‘comercial’ do rock – LA é meio que sinônimo de hair metal, rock farofa, etc –, e o fazem com uma competência inquestionável; mesmo que não seja ‘aquela banda que vai mudar o mundo’ faz um bem danado pros ouvidos. Além de tudo, tem uma coisa que, para mim, conta muitos pontos: é um fuckin’ power trio! rsrsrs Em certo momento da carreira, foram um quarteto, com um tecladista, mas isso não durou muito.

Os caras estão na estrada desde 1994 e lançaram sete álbuns com gravações originais (as composições próprias são maioria absoluta) e uma coletânea (‘Redux’) que conta com uma versão de ‘Voodoo Child (Slight Return)’, de você-sabe-quem (não, não é o Voldemort... rsrs). Foi justamente com essa música que tomei conhecimento sobre a banda, já que outro dia eu estava escutando um programa no rádio em que estavam fazendo uma homenagem ao Hendrix, com versões de suas músicas tocadas por bandas e artistas menos conhecidos do público em geral, e, logo após tocá-la, o locutor teceu vários elogios à banda, o que me fez ‘correr atrás’ de maiores informações sobre eles.

O resultado está aí, todos os 8 discos, e não me decepcionei com nenhum – pelo contrário! Os três malucos mandam muito bem, tanto na execução de seus instrumentos quanto nas composições – e é bem como eu disse anteriormente, não tem muita novidade, mas caiu nas minhas graças; tanto que me bateu uma tremenda vontade de compartilhar com todos vocês, o que já deve dizer muito, afinal de contas, já que tenho essa ‘resistência’ ao blues de uma maneira geral – e, enfim, eles não tocam somente blues, pois também transitam com desenvoltura entre classic rock e hard rock.

Vou aproveitar pra dedicar essa postagem à galera do Seres da Noite e aos meus brothers Big Clash e Edson D’Aquino, já que o som tem absolutamente tudo a ver com todos eles.
Aproveitem, divirtam-se e comentem!

Site Oficial

Links (3,42kb) – Sharebee