sábado, 29 de novembro de 2008

O Rei Supremo

O nosso amigo Ayres deu a idéia e aí saí catando os discos do Pendragon que andei baixando nesses últimos anos. Consegui 12: 8 de estúdio, 2 EPs e 2 ao vivo. Antes de começar, um aviso: esse texto vai ser cheio de 'apesares’...A banda é considerada um dos pilares do neo-progressivo, apesar de só ter lançado seu primeiro disco em 1985, depois de Marillion, IQ e Pallas, por exemplo, já terem meio que consolidado esse movimento de ressurgimento do rock progressivo nos anos 80.Inicialmente eles se chamavam Zeus Pendragon, mas resolveram encurtar o nome, porque assim ficava mais bacana numa camiseta... É um nome bem presunçoso, mas tem piores por aí... A formação inicial contava com Nick Barrett (vocais e guitarras), Rick Carter (teclados), Peter Gee (baixo, guitarra e bass pedals) e Nigel Harris (bateria e percussão), mas logo no segundo álbum Clive Nolan e Fudge Smith substituíram Rick Carter e Nigel Harris, respectivamente, e assim a banda permaneceu por muitos anos. Em 2006 Fudge Smith abandonou o barco, sendo substituído por Joe Crabtree na turnê de 'Believe', até a entrada de Scott Higham, com quem gravaram seu último disco, ‘Pure’.
Apesar de suas evidentes qualidades e importância, o Pendragon nunca figurou entre minhas preferidas; mas isso é por uma causa muito pessoal: acho que o som deles é certinho demais, muito limpinho, quadradinho (ou redondinho) e perfeitinho, e eu odeio diminutivos... rsrsrsrsrsrsrs Apesar (arrá!) disso, os caras são ótimos em seus instrumentos e também são grandes compositores e arranjadores, sem dúvida alguma, e fizeram vários álbuns recheados de músicas excelentes.Os fãs da banda talvez elejam os álbuns ‘The Window Of Life’ e ‘The Masquerade Overture’ como os melhores da discografia; apesar (de novo!) disso, eu tenho uma preferência pelo ‘The World’ e pelos dois últimos, já que esses dois têm um elemento que sempre senti falta no som deles: peso. Aliás, o último, se compararmos ao resto da discografia, parece realmente apontar em outra direção, tomando um novo e diferente rumo, anteriormente insinuado em ‘Believe’, apresentando um som mais maduro e pesado, apontando para um futuro mais do que promissor para a carreira do Pendragon.Apesar (OK, é o último...) de eu ter dito que a banda não é uma das minhas preferidas, todos os discos são de muito bons a excelentes, talvez excetuando o ‘Kowtow’, não muito inspirado e ainda com a participação desnecessária de um saxofonista (Julian Siegal); então, meus camaradas, aproveitem que tá tudo aí, digrátis, e depois deixem aqui seus comentários.
Divirtam-se!

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ProgArchives
Wikipedia

Links (4,36k) – Sharebee

9:15 - Live (1983)
10 faixas, 53mb - Badongo
(upado por Moisés - Rocksession; disponibilizado por Lelo - meus agradecimentos a ambos - valeu!)

And Now Everybody to The Stage... (2006)
15 faixas, 128k
Parte 1 (60,92mb) - 4Shared
Parte 2 (66,99mb) - 4Shared
(mais uma contribuição do Lelo)

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Stages - The Mitch Mitchell's Experience Tour - Vol. 3



The Jimi Hendrix Experience - Stages - Vol. 3: San Diego 69 (1991)





Esta é uma tardia, porém totalmente excelente homenagem ao recém-falecido baterista Mitch Mitchell, que foi arregimentada pelo nosso amigo, grande e rotundo camarada Miguelito, El Gran Chihuahua También El Gran Cover de Hurley de Lost Y Archeologo Digital, e que será dividida entre os blogs de Los Amigos Hermanos Blogueros De La Gran Rede. Então, deixando de enrolação, segue abaixo o texto de Miguelito e os links que ele disponibilizou para baixarmos o box ‘Stages’, de Jimi Hendrix.Stages’ consiste num box onde estão reunidas performances ao vivo do genial guitarrista e sua banda realizadas entre os anos de 1967 a 1970. O box foi lançado pela Warner Bros. Records, em 12 novembro de 1991 (mais de 17 anos !) e atualmente, encontra-se fora de catálogo. Mais uma raridade para os fãs do Hendrix que você encontra não só aqui...

Welcome to The Mitch Mitchell's Experience Tour!

No CD 1, Stockholm, temos um concerto realizado na Suécia, no dia 5 de setembro de 1967 (que você confere no Seres Da Noite); no CD 2, está o show realizado em Paris, mais precisamente no Olympia Theater, no dia 29 de janeiro de 1968 (faça uma tour no Gravetos & Berlotas); no CD 3, a apresentação foi em San Diego, no San Diego Sports Arena (aqui nO Pântano Elétrico) e, finalizando, o CD 4, que contem a apresentação no Atlanta Pop Festival, Atlanta, no famoso 4 de julho de 1970, o dia da independência dos EUA (a tour é no Fuxucamarimbondo).
Exceto em 3 faixas, todo o material desse show é inédito em CD!!! \o/ \o/ \o/...
Uma singela homenagem que todos os blogs irmãos fazem ao baterista recentemente falecido, Mitch Mitchell.
The Jimi Hendrix's Experience rulez and back again !!!
R.I.P.
Download djá, folks!

Stages – Parte 3 (San Diego, 1969)
8 faixas, 128k, 57,66mb – Rapidshare + Capas

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

A Pegada

Como muitos da minha geração, tomei conhecimento sobre o Le Orme através da Rádio Eldorado (a EldoPop-pop-pop... com ‘équio’ - rsrsrsrsrs). Sabe como é: anos 70, ditadura, artigos importados eram raros e caros, não existia MTV, PCs, celulares, essas coisas... Confesso que minhas primeiras impressões não foram assim tão boas, achei a voz do cara meio enjoada e ele ainda cantava em italiano, o que não ajudava em nada... Mas era mais do que evidente a qualidade dos músicos.

Desde que comecei a comprar discos em lojas especializadas eu via um disco ou outro deles, quase sempre o ‘Collage’, com aquela capa meio esquisita, os caras pintados de branco, parecendo fantasmas num cemitério... Eu achava muito fora de propósito aquela imagem e eu queria mesmo era rock progressivo nos moldes de Yes ou Pink Floyd.
Até que num certo dia um amigo me apresentou o ‘Storia Di Um Minuto’ do PFM e foi paixão à primeira ouvida, graças, principalmente, ao violino de Mauro Pagani.

Daí pra frente eu fiquei com os ouvidos mais abertos para outros línguas que não o inglês e finalmente resolvi experimentar o Le Orme. Não me lembro exatamente em qual loja, mas lembro de ter escutado de uma só vez ‘Collage’, ‘Uomo Di Pezza’ e ‘Felona E Sorona’. Alguns dias depois voltei na tal loja e saí de lá com esses três mais o ‘Contrappunti’. Eu continuei achando (hoje acho menos) a voz do Aldo Tagliapietra um tanto ou quanto enjoada, principalmente depois de várias audições seguidas, mas as músicas sempre foram boas demais para serem ignoradas; afinal eles não são uma das três principais bandas de rock progressivo italiano de todos os tempos à toa...A história do Le Orme se iniciou em meados da década de 60, quando faziam um pop/rock de muita classe e com algumas pitadas psicodélicas; nessa época era um quinteto, formado por Aldo Tagliapietra (vocais, violão, flauta e celeste), Toni Pagliuca (teclados), Nino Smeraldi (guitarras e vocais), Claudio Galieti (baixo, guitarra, violoncelo, e vocais) e Michi Dei Rossi (bateria e percussões). Depois de alguns compactos que não venderam lá grandes coisas e outros que conseguiram algum sucesso, lançaram seu primeiro disco em 1969, ‘Ad Gloriam’. Pouco tempo depois Nino teve que cumprir suas obrigações militares e deu adeus à banda; Claudio os deixou em pouco menos de um ano depois; ficando assim o núcleo que levaria o Le Orme através dos tempos e vários discos: Aldo Tagliapietra, Toni Pagliuca e Michi Dei Rossi. A proposta musical se tornou outra, uma mistura de rock com música clássica, folk e baladas, um som bem calcado em teclados, mas não deixando de lado os violões e outros instrumentos, fazendo um prog totalmente autêntico. Tiveram também alguma influência das bandas britânicas de rock progressivo que eram suas contemporâneas, como Yes, ELP e Van Der Graaf Generator. Alcançaram alguma fama com o primeiro disco lançado com essa formação (‘Collage’) e a turnê do disco seguinte (‘Uomo Di Pezza’) passou por vários países da Europa, com grande sucesso, o que os levou a ganhar seu primeiro disco de ouro. Nesta mesma turnê o genial Peter Hammill participou de uma boa parte de um show do Le Orme, tocando guitarra e teclados.
Depois de alcançado o sucesso internacional, eles continuaram a lançar ótimos discos e a excursionar. A partir do álbum ‘Smogmagica’ a banda cresceu; primeiro com a entrada de Tolo Marton nas guitarras, que logo deu lugar a Germano Serafin que, além da guitarra, também tocava instrumentos como o violino e baixo, entre outros. Com essa formação continuaram até ‘Piccola Rapsodia Dell’Ape’, de 1980, mas pouco tempo depois eles resolveram dar um fim à banda.

Aqui vale um daqueles parênteses: o Le Orme talvez tenha sido a única das grandes bandas de rock progressivo que passou ilesa pelos anos 80, porque eles simplesmente saíram de cena, poupando-nos assim do constrangimento pelo que passaram 99% das outras bandas.Em 1990 eles ensaiaram uma volta com o disco ‘Orme’ (bem marromeno). Algum tempo depois Toni Pagliuca deixou a banda definitivamente. Mas eles continuaram na ativa; desta vez com dois tecladistas, Francesco Sartori e Michele Bon. Em 1996 lançaram um álbum surpreendentemente bom, ‘Il Fiume’, onde retomaram a força antiga, mas sem deixar de ter toques de modernidade em seu som. Já no disco seguinte Francesco Sartori saiu para entrada de Andrea Bassato (teclados e violino).

Os três últimos discos (‘Il Fiume’, ‘Elementi’ e ‘L’Infinito’) fazem parte de uma trilogia dedicada ao desenvolvimento e evolução do Homem.
Finalmente, em 2008, mais de 40 anos após se juntarem ao Le Orme, Tagliapietra e Dei Rossi continuam tocando e cheios de projetos, como o lançamento de um DVD de um show de 2005 e mais shows por todo o mundo. Bassato deixou a banda no começo deste ano e eles resolveram voltar a ser um trio, definitivamente. Ou pelo menos enquanto as boas idéias durarem... Vida longa ao Le Orme!

Entre os discos disponibilizados aqui estão alguns ripados por mim, com os habituais VBR 224/320 e encartes completos, mas a maioria deles eu peguei em vários outros blogs nos últimos anos. Divirtam-se!

ProgArchives

Links (4,44kb) – Sharebee ou Sharebee

Aqui vai um link direto pro Progshine, aonde estão postados os álbuns 'Venerdi' e 'Amico De Ieri'.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

O Bom Homem Do Violino




Jerry Goodman - It's Alive (1988)





Enquanto a maioria das pessoas associa Jean-Luc Ponty ao violino (ou vice-versa) tocado no rock ou no jazz-rock, para mim Jerry Goodman é O CARA do violino.
Principalmente, porque foi ele que ouvi tocando antes de todos os outros, através do álbum ‘Birds Of Fire', clássico do Mahavishnu Orchestra, que me foi apresentado pelo meu irmão, quando eu ainda era um moleque de 11 ou 12 anos. Só então eu fiquei sabendo que dava pra se tocar rock (e qualquer uma de suas inúmeras vertentes) com o violino. Foi só depois, também, que vim a conhecer os trabalhos de Jean-Luc Ponty, Kansas, PFM e Dixie Dregs, todos recheados de solos desse instrumento. Hoje em dia ele é um dos meus dois violinistas preferidos, junto com Mauro Pagani.
Jerry Goodman começou sua carreira no The Flock (antes era roadie da banda!) e logo se transformou num requisitado músico de estúdio, até conhecer John McLaughlin, nas gravações de ‘My Goal’s Beyond’, e se tornarem amigos. Essa amizade resultou na reunião de forças com os outros excelentes músicos (Jan Hammer, Billy Cobham e Rick Laird) que formaram a Mahavishnu Orchestra.

Desde então, com a fama consolidada, Jerry Goodman vem se dedicando a tocar em colaboração com vários músicos e grupos e, também, a compor trilhas sonoras de filmes. Ele já tocou em discos e ao vivo com Dixie Dregs, Shadowfax, Toots Thielemans, Styx, Jordan Rudess e Derek Sherinian, só pra citar alguns.Sua carreira como artista solo durou em torno de quatro anos e rendeu três discos: ‘On The Future Of Aviation’ (1985), ‘Ariel’ (1986) e ‘It’s Alive’ (1987), sendo que este último é o que estou disponibilizando aqui. No álbum, Goodman se cerca de excelentes músicos para mostrar algumas de suas principais composições e o tema da série de TV Perry Mason. Os músicos aqui presentes são: Kraig McCreary (guitarra), Fred Simon (teclados), Jeffery Vanston (teclados), Bob Lizik (baixo) e Jim Hines (bateria). O álbum traz um fusion caprichado, cheio de solos de violino, guitarra e teclados; não é uma daquelas obras geniais, nem nada disso, afinal não é essa a proposta, mas é um disco onde podemos perceber que os músicos estão se divertindo, o que passa um clima espontâneo e descontraído.Eu nunca vi esse disco disponível para download, então aproveitem, porque foi ripado nos costumeiros VBR 224/320 e incluí o encarte completo.

It’s Alive
10 faixas, VBR 224/320
Parte 1 (65,30mb) – Sharebee
Parte 2 (59,09mb) – Sharebee

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Bola Rápida




Make Your Mama Proud (1996)







All The Pain Money Can Buy (1998)






The Harsh Light Of Day (2000)








Paint The Corners
(The Best Of) (2002)







Keep Your Wig On (2004)






Vamos a mais uma contribuição do amigo e parceiro Diego 'Progshine' Camargo, que dessa vez nos traz a discografia do
Fastball.Fastball é uma banda americana de Austin, Texas, e foi uma grata surpresa pra mim. Há muito tempo atrás, eu vi na MTV o vídeo da música 'You're An Ocean' e aquela melodia meio praia, meio alegre, meio anos 60 me chamou bastante a atenção; naquela época eu era bem novo e não tinha um puto no bolso nunca, então CDs nem pensar (rs), mas sempre anotava tudo que eu gostava em uma caderneta, assim no dia que eu pudesse, compraria.
Passaram-se os anos; algumas vezes você esquece das coisas, eu lembrei, e passando em uma loja de distribuição de CDs aqui em São Paulo me deparei com os dois discos da banda que foram lançados aqui no Brasil, ‘All The Pain Money Can Buy’ (1998) e ‘The Harsh Light Of Day’ (2000). Esse último é o disco que tem 'You're An Ocean'. Nem pensei duas vezes e peguei os dois pra levar pra casa. E o melhor de tudo? 3, eu disse 3, reais cada um!
Chegando em casa ouvi essas duas bolachinhas até furá-las. É uma grande banda em minha opinião.
Google e procura algo sobre os caras, descobri que o primeiro disco e o quarto (e mais recente até agora) não tinham sido lançados no Brasil, que remédio, baixá-los-ei, então!Make Your Mama Proud’ (1996) é um pouco mais direto, mais rock, que os sucessores, mais visceral se preferirem, e ‘Keep Your Wig On’ (2004) é um show de bom gosto, com canções de formato rock/pop absurdamente boas – acabou virando meu favorito.
A banda deu um tempo entre 2006 e 2007, porém, pra alegria deste que vos escreve, eles voltaram e estão com disco novo praticamente pronto pra ser lançado no próximo ano. É, dessa vez acho que a Amazon vai faturar um pouco comigo... (rs)
Trago aqui a discografia da banda, que eu já tinha postado anteriormente em outro blog, então não se assustem com as tags nos arquivos. O outro blog já está fora do ar há um tempo, então achei justo trazer os links pra cá em colaboração com meu amigo Marcello, que anda com a mão quebrada e assim, poupá-lo de um pouco de esforço. (rs)
(Nota: Agora já está tudo OK com a mão; o Diego me enviou este post no período em que ainda estava imobilizada, mas graças a isso e ao monte de trabalho, tive que adiar essa postagem... - ML)
Ah sim, não esquecendo, junto da discografia oficial aqui vai um link deveras interessante, são shows gravados pela platéia (todos com ótima qualidade) e aprovados pela banda.
Aqui está o LINK.
Site Oficial
MySpace
Wikipedia

Texto e links por Diego Camargo. (www.progshine.com)

1996 – Make Your Mama Proud
14 faixas, 128k, 61mb – 4Shared

1998 – All The Pain Money Can Buy
13 faixas, 128k, 39mb – 4Shared

2000 – The Harsh Light Of Day
12 faixas, 128k, 43mb – 4Shared

2002 - Painting The Corners (The Best Of)
16 faixas, 128k, 51mb – 4Shared

2004 – Keep Your Wig On
12 faixas, 128k, 38mb – 4Shared

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Os Mestres E O Colecionador



Steve Howe & Martin Taylor - Masterpiece Guitars (2002)





Este disco me foi presenteado pelo grande camarada José Renato, um dos Seres da Noite, mesmo sem ele saber que eu sou um grande fã do Steve Howe.
Por e-mail ele me disse mais o menos o seguinte: ‘gostei muito do disco e logo pensei que tinha muito mais a ver com o Pântano Elétrico do que com o Seres Da Noite, então taí pra você postar’.
Diante de tamanha generosidade eu não pude sequer contra-argumentar, dizer que lá no Seres Da Noite também tem espaço para esse disco, visto que a qualidade é inegável e um monte de etceteras. Mas tudo bem, fica aqui minha homenagem e meus agradecimentos ao José Renato. Valeu, meu amigo, valeu, valeu! Excelente!Vamos ao disco...
Pesquisando no São Google, descobri a história sui-generis desse disco; é mais ou menos isso: Scott Chinery é um colecionador de violões e guitarras e tem mais de 1.000 (!!) em sua coleção, todos diferentes entre si, e queria registrar, em disco, seus sons e timbres. Foi aí que Martin Taylor entrou na história, levando de reboque o amigo Steve Howe. Depois de ficarem assombrados diante de todos aqueles violões e guitarras, logo botaram a mão na massa e gravaram as 17 músicas desses discos, cada uma delas utilizando instrumentos diferentes, escolhidos a dedo (literalmente) da coleção de Chinery. Foram utilizados 75 diferentes instrumentos de corda neste álbum, incluindo banjos, bandolins, baixos e até mesmo ukeleles.As músicas oscilam entre variações de jazz, seja com um lado folkie ou bluesy e até mesmo com algo de bossa nova. Nelas encontramos todo o maduro virtuosismo desses dois grandes guitarristas, que sempre optam pelas melhores notas, as que caiam bem com a música, não é aquele tipo de virtuosismo exuberante, arrogante e egocêntrico de alguns desses célebres masturbadores de guitarras (vocês sabem quem são; não preciso desfiar nomes...).
Só como curiosidade, enquanto eu fazia essa pesquisa, descobri algumas coisas dessa figura de quem eu nunca ouvira falar, Scott Chinery; o maluco é um bon vivant, milionário e colecionador de coisas boas como charutos cubanos, instrumentos, mulheres (hehehe), gibis e carros, sendo que ele foi o comprador do Batmóvel original, da célebre série de TV. Não encontrei um site específico, mas vale a pena pesquisar mais sobre a vida do cara.
Martin Taylor é um guitarrista de jazz de grande renome, ídolo de Pat Metheny, entre outros. Acesse aqui a sua página na Wikipedia e seu Site Oficial.
Steve Howe é mais conhecido entre nós, fanáticos progressivos, mesmo assim, quem quiser saber mais sobre esse maluco genial acesse o ProgArchives, a Wikipedia ou seu Site Oficial.

Divirtam-se!

Masterpiece Guitars
17 faixas, 224k, 96,48mb
Sharebee

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Prog De FM

Atendendo aos pedidos, aí vão os cinco discos do FM que eu tenho. Nunca tive nem nunca vi nem ouvi o sexto e último ‘Tonight’, quem tiver e puder subir um link, faça as honras.
FM é um trio canadense originado entre 1975 e 1976 e composto por Cameron Hawkins (vocais, baixo e teclados), Martin Deller (bateria e percussões) e o figuraça Nash The Slash (violino, bandolim, vocais, glockenspiel e efeitos). Nash costumava se apresentar ao vivo com uma fantasia de múmia ou mascarado e logo depois do primeiro álbum ele largou a banda e seguiu carreira solo. Em seu lugar entrou Ben Mink. Com esta formação gravaram os três discos seguintes, até a volta de Nash, em 1985.
Em seu primeiro disco, ‘Black Noise’, eles nos presenteiam com uma fusão de rock progressivo, pop e rock muito bem azeitada, tendo alguns ecos de Kayak, Rush, Triumph, Yes, Moody Blues, entre outros. Já o segundo disco, ‘Headroom: Direct To Disc’, o primeiro com Ben Mink, foi praticamente gravado ao vivo no estúdio (como sugere o próprio título) e é o disco mais diferente de toda a carreira do grupo: é baseado em jams, não tem vocal e traz elementos de space rock, psicodelia e experimentações em duas longas faixas (lado A e lado B) bem diferentes entre si; como não teve grande divulgação, na época, permaneceu por muito tempo como um disco obscuro até virar um objeto de culto entre colecionadores.
A partir de ‘Surveillance’, talvez por pressão da gravadora, eles ‘amansaram’ um pouco e deram maior destaque às suas faces pop e rock, mas mantendo sua própria identidade, afinal não é todo dia que encontramos um power trio de rock sem guitarras.
City Of Fear’ marca a entrada da banda nos anos 80 e é também o último disco com Ben Mink. Como com a maioria das bandas surgidas nos anos 70, os 80 não foram muito generosos também com o FM e sua música, cada vez mais orientada às rádios FM (com trocadilhos, por favor...).
Mesmo com a volta de Nash The Slash em 1985, no disco ‘Con-Test’, a banda pouco mudou, produzindo algumas canções insossas e prejudicadas pelos timbres típicos das gravações dos 80. Depois de ‘Tonight’, de 1987, a banda finalmente se dispersou e, de lá pra cá, fizeram algumas aparições em festivais como o Nearfest e shows esporádicos, contando com Claudio Vena na viola e no bandolim, mas até hoje não lançaram mais nenhuma novidade.
Não posso deixar de agradecer a minha querida Janis, ex-parceira de Delirium Dust, que conseguiu todos esses discos através das mais diversas fontes (alguns deles são ripados direto do vinil) e os postou anteriormente no DD – valeu Janis!

Fan Site

Link 1 (80,45mb) – Sharebee
Black Noise (1977)
8 faixas, 320k

Link 2 (90,21mb) – Sharebee
Headroom: Direct To Disc (1978)
2 faixas, 256k
+
Surveillance (1979)
9 faixas, 128k

Link 3 (74,34mb) – Sharebee
City Of Fear (1980)
10 faixas, 128k
+
Con-Test (1985)
9 faixas, 128k