terça-feira, 29 de abril de 2008

Gomez

Na primeira vez que ouvi um disco do Gomez (‘Bring It On’), achei que eles fossem americanos, talvez por causa do nome da banda e da temática das músicas; quando descobri que eram ingleses foi uma surpresa e tanto.

Ian Ball (vocais, violão e guitarra), Ben Ottewell (vocais, violão e guitarra), Tom Gray (vocais, violão, guitarra e teclados), Paul Blackburn (baixo) e Olly Peacock (bateria e percussões) fazem um rock com altíssimas influências do rock sulista americano, com aquele toque de deserto, México, guitarras com trêmolo, violões entre o folk e o country, e todo esse clima, mas não é só, por que tem muito do rock alternativo também, tanto do americano quanto do inglês. As músicas privilegiam o formato da canção: são composições bem estruturadas, com refrões pegajosos sem ser descartáveis, sem solos longos ou jams. Tarefa ingrata essa de tentar explicar o som da banda, só ouvindo mesmo, até porque é uma banda única, dessas que as outras copiam; também, quantas bandas você conhece que tenha três bons vocalistas?

Única também é a maneira como eles iniciaram a carreira discográfica. Para uma banda que iniciou informalmente em 1996 e gravou seu primeiro disco (‘Bring It On’) em menos de dois anos, sem maiores pretensões, e com este mesmo disco ganhou o prêmio Mercury de disco do ano (desbancando artistas como Massive Attack e The Verve), e ainda recebeu milhares de elogios da crítica especializada e do público; bom, isso não é para qualquer um, definitivamente. Tudo isso é fácil de explicar, porque, na verdade, o disco é realmente muito bom.

Desde então lançaram mais quatro discos de estúdio, duas coletâneas e um ao vivo, além de vários EPs, singles e um DVD. Estou disponibilizando aqui todos os discos de estúdio, o ao vivo, um EP e uma das coletâneas, todos são trabalhos de ‘muito bom’ a ‘excelente’, cheio de belas canções e rocks ‘ganchudos’, desses que ficam na cabeça por muito tempo. O último disco lançado foi ‘Five Men In A Hut’, em 2006, que é o áudio do DVD de mesmo nome, com alguns hits e b-sides (esse eu não tenho, infelizmente – se alguém quiser mandar um link...).
No momento a banda está curtindo umas férias, com alguns membros fazendo shows de seus trabalhos solo.Uma última observação: ‘pesquei’ todos esses discos em vários blogs, torrents, etc, durante os últimos dois anos, então os bitrates são bem variados, de 128 até 256, e anexei todas as capas que encontrei. Divirtam-se!

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sexta-feira, 18 de abril de 2008

Boa Viagem



Spiritualized - Ladies And Gentlemen We Are Floating In Space (1997)




Tenho que admitir: eu nem conhecia a banda, mas comprei esse disco pela capa, ou melhor, pela arte que imita uma caixa de remédio e também pelo sugestivo título. Achei a idéia sensacional, só faltava conferir o ‘produto’, mas como na loja não tinha como ouvi-lo, o vendedor me disse o seguinte: ‘Conhece o Stone Roses? Então imagina se eles fossem mais space rock, mais psicodélicos e que estavam tão chapados que esqueceram aquela bobajada de shoegazing e resolveram celebrar...’ Isso, e mais a promessa de que se eu não gostasse do disco poderia voltar depois pra trocar, já tinha me convencido, mas o cara ainda tinha mais uma sugestão: ‘Cai melhor se estiver chapado...’
O vendedor estava certo, em parte, porque tem muitos outros ingredientes na química do Spiritualized, todos baseados no rock, seja o das décadas de 60 e 70, com toques psicodélicos, pop, hard e bluesy, ou o daquelas bandas de Manchester da virada dos anos 80 para os 90; um pouco de Blue Cheer, The Troggs, The Kinks, Hawkwind, Beatles, Rolling Stones, Led Zeppelin, Happy Mondays, entre outras muitas viagens.
A banda, em si, é diferente em cada disco que lança, tendo como único membro constante o vocalista, guitarrista e principal compositor Jason Pierce, também conhecido como J. Spaceman; foi formada em 1990 e já lançou, contando com este, 10 discos, entre originais, coletâneas e ao vivo. ‘Ladies And Gentlemen We Are Floating In Space’ obteve grande êxito de críticas e vendas, e foi eleito pela NME Magazine o melhor disco de 1997.
Não vou me delongar mais nessa resenha; leia a bula, siga as prescrições atentamente e boa viagem!

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12 faixas, VBR 224/256
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Não É Em Mono, Nem É Blues...




Mono - Formica Blues (1996)





Trilhas e temas de filmes antigos, seriados e comerciais de TV, música pop das décadas de 50, 60 e 70, alguma coisa de jazz, bossa nova e Burt Bacharach, climas etéreos e/ou densos, tudo isso e muito mais são algumas características da música do Mono, que é formado por Martin Virgo (teclados, guitarras, baixo e programações de bateria) e Siobhan Del Maré (vocais), mas também conta com vários convidados nesse único e excelente disco que gravaram.
O som é um trip hop da melhor qualidade e esse disco rendeu quatro singles que tocaram muito na Europa entre 1997 e 1998. Infelizmente só lançaram esse disco e depois se dispersaram; depois Siobhan e Robin Guthrie (Cocteau Twins) formaram o Violet Indiana, que também acabou; hoje ela cuida da própria firma, que empresaria artistas, bandas e shows. Hoje em dia, Virgo é o tecladista da banda International Love Corporation, que ainda não lançou disco.

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10 faixas, VBR 224/320
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Cafetões Musicais




Sneaker Pimps - Becoming X (1996)




A história do Sneaker Pimps pode ser dividida em antes de depois desse seu primeiro disco, ‘Becoming X’. Chris Corner (guitarra, violão, teclado, baixo e programações), Liam Howe (teclados e programações) e Kelli Dayton (vocais) obtiveram grande êxito com o disco, caíram nas graças dos críticos e do público, teve clipes rodando na MTV, e pelo menos três singles de grande sucesso, e isso tudo, para uma banda que não faz exatamente o estilo ‘comercial’ e que mistura trip-hop, eletropop e rock, foi um grande feito. Seja lá o que alcançaram, foi com mérito, porque o disco é realmente muito bom, daqueles que envelhecem bem: lançado em 1996, não perdeu nada em sonoridade e qualidade, tanto musical quando de produção. A música ‘6 Underground’ fez parte da trilha sonora de alguns filmes e ‘Becoming X’ ainda rendeu um disco de remixes, lançado dois anos depois de seu lançamento.
Após todo o sucesso, a cantora Kelli Dayton saiu da banda, trocou o nome para Kelli Ali e hoje segue solo, com uma carreira de sucesso e alguns excessos. Depois da saída de Kelli, o Sneaker Pimps se reformulou com novos músicos, Chris assumiu os vocais, e continuaram lançando discos (tem um previsto para esse ano), mas nenhum deles conseguiu igualar a qualidade e o sucesso de seu debut.

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12 faixas, VBR 224/320
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quarta-feira, 16 de abril de 2008

The Chemical Brothers

Dentro da música eletrônica contemporânea encontramos zilhões de vertentes e estilos diferentes, entre tantos o big beat é um dos mais bem sucedidos e populares. Junto com Prodigy, The Crystal Method e Fatboy Slim, entre outros, a dupla inglesa Ed Simons e Tom Rowland, conhecidos como The Chemical Brothers, são considerados os pioneiros desse estilo.
O big beat ‘descende’, de alguma forma, do techno; é como se fosse um techno mais trabalhado, e algumas de suas características são as batidas quebradas e pesadas, normalmente entre 90 e 140 bpm, linhas de teclados com toques psicodélicos, utilização de samplers de variados estilos musicais (de música étnica ao rock pesado, passando por funk, jazz, entre muitos outros) e uma aproximação muito forte com o rock e o pop, principalmente por causa do formato das músicas e pela utilização de vocalistas ‘do ramo’.

Simons e Rowlands se juntaram em 1992, sob o nome The Dust Brothers, mas por já existir uma dupla americana com o mesmo nome (conhecidos produtores de, entre outros, Beastie Boys e até Rolling Stones), logo trocaram para o nome pelo qual ficaram conhecidos mundialmente.
Entre suas influências estão artistas como The Beatles, Public Enemy, New Order, The Smiths, Stone Roses, Kraftwerk e Cabaret Voltaire, só para citar alguns poucos, daí entendemos a ecleticidade da dupla em suas composições.

Seu primeiro disco ‘Exit Planet Dust’ foi aclamado e elogiado por críticos e público e já é considerado um clássico e pedra fundamental do gênero, mas a maior parte do sucesso da dupla veio com o disco seguinte, ‘Dig Your Own Hole’, que contou com a força do amigo Noel Gallagher cantando no hit ‘Setting Sun’, uma música com batida hipnótica claramente inspirada em ‘Tomorrow Never Knows’, dos Beatles.

Quando se trata de convidar amigos para cantar em seus discos eles não fazem por menos e só chamam gente muito boa: Beth Orton, Tim Burgess (The Charlatans), Richard Ashcroft (ex The Verve), Bernard Sumner (New Order), Bob Gillespie (Primal Scream), Q-Tip, Kele Okereke (Bloc Party), The Magic Numbers, Hope Sandoval (ex Mazzy Star), Jonathan Donahue (Mercury Rev), Liam e Noel Gallagher (Oasis), Wayne Coyne (Flaming Lips), The Klaxons, entre muitos outros já passaram por lá. Em retribuição, eles costumam produzir e remixar músicas destes artistas, fazendo algumas vezes versões excelentes, como no caso de várias músicas dos amigos The Charlatans, que acabam se rendendo e fazem de suas versões as definitivas.

Além de seus discos de carreira, a dupla, volta e meia, também lança algum trabalho como DJs, com remixes próprios e de outras bandas, e fazem apresentações nesse mesmo estilo, mais despojado. Falando em apresentações, os shows que eles fazem são imperdíveis: para compensar a falta de presença de palco (afinal eles quase que ficam imperceptíveis atrás de toda a parafernália eletrônica), eles utilizam telões gigantes com imagens que interagem com a música e, também, iluminação com programações variadíssimas (um show à parte), laser e muitos efeitos; às vezes alguns dos convidados que participam nos discos também dão as caras, o que sempre é uma agradável surpresa.

A cada disco constatamos, senão uma evolução, pelo menos um amadurecimento musical, tendo criado um estilo próprio, servindo como inspiração e referência para muitos outros artistas de gêneros variados. Desde 1995 lançaram seis discos de inéditas, além de coletâneas; participaram em trabalhos de vários outros artistas e continuam na estrada, com muito fôlego e criatividade; com o passar dos anos conquistaram um público fiel e eclético, fãs de música eletrônica, rock, pop e variados estilos musicais.

Estou postando aqui os seis discos de estúdio mais uma coletânea oficial, outra com b-sides e ‘Brothers Gonna Work It Out’, onde atuam mais como DJs.
Incluí os encartes completos de todos os discos (com exceção dos dois últimos), aproveitem! E boa viagem...

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segunda-feira, 14 de abril de 2008

Zumbis Reciclados



White Zombie - Presents Supersexy Swingin' Sounds (1996)




O White Zombie é uma banda bacana, que fazia um som pesadão mas com groove, utilizando também alguns elementos de rock industrial, mas ficou mesmo conhecida por causa de suas influências e constantes referências a filmes ‘B’ de terror e ficção científica. Era uma banda divertida, mas suas músicas são muito parecidas entre si, com destaque para uma ou outra com um refrão ou riff mais pegajoso, ou qualquer coisa que as destacasse no meio de tantas.
Juntos desde 1990, Rob Zombie (vocais), J (guitarra), Sean Yseult (baixo) e John Tempesta (bateria) inicialmente faziam um som mais ao estilo noise rock, como o Sonic Youth, mas aos poucos foram assimilando características do heavy metal. O carismático vocalista Rob Zombie acabou se destacando mais do que a banda propriamente e, em 1998, logo após o lançamento de seu primeiro disco solo (‘Hellbilly Deluxe’, também muito parecido com os trabalhos de sua banda original), o White Zombie se dispersou.
Estou postando aqui, com encarte completo, a coletânea de remixes ‘White Zombie Presents Supersexy Swingin' Sounds’, com as versões de, entre outros, The Dust Brothers e P. M. Dawn, para algumas de suas músicas. Confira e comente!...

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11 faixas, VBR 224/320, 87,66mb
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Trilhas Sonoras 4 - A Volta Dos Que Não Foram




Singles (1992)






01 Alice In Chains - Would
02 Pearl Jam - Breath
03 Chris Cornell - Seasons
04 Paul Westerberg - Dyslexic Heart
05 Lovemongers - Battle Of Evermore
06 Mother Love Bone - Chloe Dancer / Crown Of Thorns
07 Soundgarden - Birth Ritual
08 Pearl Jam - State Of Love And Trust
09 Mudhoney - Overblown
10 Paul Westerberg - Waiting For Somebody
11 Jimi Hendrix - May This Be Love
12 Screaming Trees - Nearly Lost You
13 The Smashing Pumpkins - Drown

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Threesome (1994)






01 Tears For Fears - New Star
02 General Public - I'll Take You There
03 U2 - Dancing Barefoot
04 Teenage Fanclub - Like A Virgin
05 Apache Indian - Boom Shack-A-Lak
06 Bryan Ferry - Is Your Love Strong Enough?
07 New Order - Bizarre Love Triangle
08 Duran Duran - Make Me Smile (Come Up And See Me)
09 Jellyfish - He's My Best Friend
10 Brad - Buttercup
11 Human Sexual Response - What Does Sex Mean To Me?
12 The The - That Was The Day

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sexta-feira, 11 de abril de 2008

Manic Street Preachers

A partir de hoje O Pântano Elétrico contará com a participação mais do que especial, como colaborador ‘honorário’, do nosso amigo, camarada e parceiro de blog desde os saudosos Progshine e NewProgshine, Diego ‘Progshine’ Camargo.
Diegão, seja mais do que bem vindo! Que essa parceria dure o quanto nos permitirem.

Para começar, ele preparou a discografia completa do Manic Street Preachers, com coletâneas, e também disponibilizando um ao vivo na BBC e o disco solo de James Dean Bradfield. Excelente!
Façam as honras!

Minha contribuição a O Pântano Elétrico leva o Manic Street Preachers, uma banda que eu gosto bastante. Aqui vai uma pequena resenha histórica.

Essa excelente banda, oriunda do País De Gales, foi formada em meados de 1986 e tem uma história um tanto bizarra. Inicialmente batizada como Betty Blue, era formada por James Dean Bradfield (voz e guitarra), Nick Wire (baixo e vocais) e Sean Moore (bateria e vocais), porém algum tempo depois também se juntava à banda Richard James Edwards (letrista e guitarrista), personagem mítico na história da banda.
O cargo de letrista foi passado de Bradfield para o baixista Nick e um amigo da banda, Richard Edwards, que também era responsável por tirar fotos da banda e fazer a arte de capas e cartazes. Ele muitas vezes subia no palco com a guitarra em punho, mas definitivamente era apenas um 'mímico', nas palavras do próprio, ele tocava, mas definitivamente não era um guitarrista.
A banda tinha uma reputação não muito boa na época, praticamente um Guns n’ Roses mais novo. Em entrevistas atacavam uma série de bandas e pessoas, porém o trabalho musical foi reconhecido em 1992 com o lançamento do primeiro disco ‘Generation Terrorists’.
O disco foi um belo sucesso, inclusive no Japão, porém nos EUA a banda não foi muito bem vista. Sua imagem andrógina e atitude eram alguns dos motivos.
Apesar da turnê de sucesso, o disco não vendeu o esperado, 'apenas’ 205 mil cópias, o que é bastante se levarmos em consideração que o disco era duplo e a banda ainda não era conhecida. O disco teve 6 singles lançados.
O segundo disco ‘Gold Against The Soul’, de 1993, também foi muito bem, chegando ao oitavo lugar da parada britânica, apesar de críticas diversas da imprensa. A banda mudara o som e ainda mais a sua imagem e postura, agora mais 'rockers' do que 'glam', e as línguas afiadas também diminuíram bastante.
O ano foi conturbado, Richey Edwards começara a ter problemas sérios com alcoolismo, anorexia e até casos de auto-mutilação* cada vez piores, graças ao seu estado depressivo. Ele inclusive, se internou em uma clínica para doentes mentais, para reabilitação, fazendo com que a banda se apresentasse muito pouco nessa época. (* - Quando perguntado por um repórter se a banda não era um tipo de armação, Richey, na mesma hora, sacou um canivete e ‘escreveu’ em seu braço '4 REAL', conforme podemos ver na foto ao lado)
O álbum seguinte, ‘The Holy Bible’, saiu em 1994, e mostrou mais uma virada no som da banda; aclamado pela crítica, mas com vendas fracas, o álbum não chegou nem a ser lançado na América, o que aconteceu somente 10 anos mais tarde.
O ano de 1995 foi absolutamente conturbado, em 1º de fevereiro Edwards desapareceu de seu hotel em Londres; seu carro foi encontrado abandonado somente no dia 14 de fevereiro, perto de uma famosa ponte ‘suicida’ no País de Gales. Edwards nunca mais foi visto novamente. A banda, ainda hoje, guarda uma porcentagem dos royalties para um possível retorno do companheiro. Nessa época eles pararam por meses e estavam decididos a acabar, mas acabaram voltando ainda no mesmo ano.
Em 1996 saiu o disco que em minha opinião é o melhor da banda, ‘Everything Must Go’. Com esse disco, que ainda continha 5 músicas co-escritas por Richey, a banda se distanciou de vez de sua antiga imagem, mudando mais uma vez o visual, dessa vez para um look mais 'comum'. O álbum foi muito bem recebido, tanto em vendas quanto em críticas, e chegou a concorrer ao prêmio Mercury de melhor disco do ano.
This Is My Truth, Tell Me Yours’ foi lançado em 1998 e é o 5º disco do grupo. Um disco de extremo sucesso e que deu à banda o primeiro número 1 das paradas, com o single 'If You Tolerate This, Your Children Will Be Next'.
Em 2001 foi a primeira banda ‘mainstream’ a tocar em Cuba, onde inclusive encontraram com o presidente Fidel Castro. O show e a viagem foram gravados e lançados no DVD ‘Louder Than War’. No mesmo ano o disco ‘Know Your Enemy’ chegou às lojas.
Em 2002, ‘Forever Delayed’, uma coletânea de singles foi lançada, o que não agradou os fãs: eles acharam que a coletânea foi baseada somente no fator 'paradas de sucesso', na escolha do repertório, e não as melhores canções. Por isso mesmo em 2003 foi lançado ‘Lipstick Traces’, um disco de raridades e lados B.
O sétimo disco de estúdio, ‘Lifeblood’, foi lançado em novembro de 2004, e mais uma vez diferentes críticas foram escritas. O disco ficou na parada por 2 semanas e alcançou o 13º lugar.
Nesta turnê, a banda avisou que não haveria mais shows nos próximos dois anos.
Em 2005 um EP chamado ‘God Save The Manics’ foi lançado com apenas 300 cópias, o qual era entregue, nos shows, aos fãs-clubes da banda; depois que as cópias se esgotaram o disco foi colocado para download no site oficial da banda.
Nesse meio tempo, em 2006, o vocalista e guitarrista James Dean Bradfield lançou seu primeiro disco solo, ‘The Great Western’. Alcançou a posição de número 22 na parada britânica e, diferente das canções do MSP, traz Bradfield compondo quase todas as letras do álbum.
O oitavo disco da banda, ‘Send Away The Tigers’, foi lançado no ano de 2007 e entrou direto no 2º lugar da parada britânica; a primeira música de trabalho 'Your Love Alone Is Not Enough' traz um dueto com a vocalista do The Cardigans, Nina Persson.
Desde então a banda está em turnê, com apresentações pelo mundo.

Site da banda (a maior parte dos vídeos da banda pode ser visto lá)
www.manicstreetpreachers.com

Maiores informações: wikipedia.

Aqui você encontra todas as capas.

Texto, considerações e upload Diego 'Progshine' Camargo

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quinta-feira, 10 de abril de 2008

Trilhas Sonoras 3 - O Retorno




Stealing Beauty (1996)





01 Hooverphonic - 2 Wicky
02 Portishead - Glory Box
03 Axiom Funk Featuring Bootsy Collins - If 6 Was 9
04 John Lee Hooker - Annie Mae
05 Liz Phair - Rocket Boy
06 Stevie Wonder - Superstition
07 Nina Simone - My Baby Just Cares For Me
08 Billie Holiday - I'll Be Seeing You
09 Mazzy Star - Rhymes Of An Hour
10 Cocteau Twins - Alice
11 Lori Carson - You Won't Fall
12 Sam Phillips - I Need Love

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Next Stop Wonderland (1998)





01 Bebel Gilberto & Vinícius Cantuária - Batucada
02 Tamba Trio - Mas Que Nada
03 Astrud Gilberto - Stay
04 Claudio Ragazzi & Arto Lindsay - Crossed Paths
05 Elis Regina - Triste
06 Marcos Valle - Os Grilos (Crickets Sing For Ana Maria)
07 Bebel Gilberto & Vinícius Cantuária - One Note Samba, The Girl From Ipanema
08 Cláudio Ragazzi & Arto Lindsay - The Therapist
09 Astrud Gilberto - Corcovado (Quiet Nights Of Quiet Stars)
10 Josh Zaentz & Sérgio Brandão - The Suitors
11 Walter Wanderley - Baía
12 Claudio Ragazzi - O Beijo (The Kiss)
13 Toots Thielemans - Aquarela Do Brasil
14 Antonio Carlos Jobim - Desafinado
15 Claudio Ragazzi, Arto Lindsay & Bebel Gilberto - The Finale
16 Coleman Hawkins - O Pato (The Duck)

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segunda-feira, 7 de abril de 2008

Mega Post: Eletrônicos²

O que é música eletrônica? Acho que hoje em dia deve existir computadores que podem compor e tocar música, mas mesmo assim a intervenção humana sempre será necessária, nem que seja somente para desenvolver um programa que execute essas funções. A tecnologia vem gradativamente revolucionando a música, desde a eletrificação de vários instrumentos, a partir do início do século passado, até atualmente, através de pioneiros que experimentam novos equipamentos e a consequente evolução na utilização dos mesmos, transformando-os em mais uma ferramenta a serviço da criação de Arte. Arte em forma de Música.

A música eletrônica que ouvimos hoje em dia vem se desenvolvendo por muito tempo, talvez desde a invenção do theremin ou dos primeiros sintetizadores, passando pelos primórdios experimentais de bandas e artistas como Kraftwerk, Neu!, Klaus Schulze e Tangerine Dream, na virada dos 60 para os 70, ou pelo desenvolvimento dos vários teclados utilizados por trocentas bandas de rock progressivo nos 70; mas não pára por aí, graças à invenção da bateria eletrônica e a utilização de pickups (turntable, vitrola, toca-discos...) como instrumentos, mais um passo foi dado.

Nos anos 80, a busca por novidades tecnológicas muitas vezes ultrapassou a questão da sonoridade e composição, se impondo sobre a música em si, o que, de certa maneira, caracterizou o som ‘pasteurizado’ de várias bandas da época. Também em meados dos anos 80 foram desenvolvidos os primeiros samplers e programas de computador especificamente dedicados à música, além de, na virada da década, as baterias eletrônicas já estarem bem mais desenvolvidas, tanto em timbres mais ‘orgânicos’ quanto em variedades rítmicas.

Chegaram os anos 90 e a música eletrônica teve o seu maior vôo até agora. Graças a anos de pesquisas e desenvolvimentos tecnológicos, de repente ficou fácil, muito fácil e barato produzir música: se você tem um computador, aos poucos pode ir montando um estúdio caseiro, utilizar programas para gravar instrumentos, incluir samplers, programar o ritmo, mexer, remexer, transformar, reciclar, assim por diante... A lei punk do ‘faça você mesmo’ nunca esteve tão à mão.

Hoje a música eletrônica deixou de lado aquele antigo jeitão robótico para se transformar em algo às vezes mais orgânico do que muita coisa não eletrônica feita por aí. Já é algo tão comum, tão normal, que faz parte de nossas vidas, mesmo que não percebamos: trilhas sonoras, pistas de danças, jingles ou no seu mp3 player, só pra curtir uma viagenzinha... As possibilidades são infinitas.

Você deve estar se perguntando aonde esse maluco quer chegar com tanta enrolação? A resposta é simples: nos anos 90, entre as diversas vertentes da música eletrônica, além da figura solitária do DJ, proliferaram várias duplas que angariaram sucesso e prestígio; são discos de algumas dessas duplas que estou disponibilizando hoje nesse mega post.

Essas duplas muitas vezes são de pessoas que nem sequer sabem tocar um instrumento, bastando ter alguma sensibilidade musical, senso rítmico e algum talento com computadores, mixers, etc; são o que eu chamo de ‘manipuladores de som’. Outras, além de utilizar todo o aparato eletrônico, também utilizam instrumentos tradicionais tocados pelos próprios membros ou por convidados.
Vamos lá, uma de cada vez...




Air – Moon
Safari (1998)





Os franceses Jean-Benoît Dunckel e Nicolas Godin são do tipo que metem a mão na massa e tocam vários instrumentos, fazem um som que mistura elementos de pop, rock, rock progressivo, ambient, psicodelia e tudo o mais que passar em suas cabeças. Seus shows são como o de várias bandas de rock, com vários músicos no palco, e algumas músicas até ganham um ‘peso’ extra ao vivo. Esse disco é um clássico do gênero, excelente de cabo a rabo, e ainda estou colocando de ‘bônus’ o EP ‘Premiers Symptomes’, também excelente.




Daft Punk – Musique Vol. 1: 1993 – 2005 (2006)




Thomas Bangalter e Guy-Manuel De Homem-Christo, também franceses, se escondem por trás de capacetes de estilo sci-fi para fazerem uma música com essa marca ‘robótica’, mesmo que toquem guitarra, baixo e bateria em várias músicas, inclusive ao vivo (em meio a aparatos tecnológicos e um show de som, iluminação, imagens e lasers muito parecido com o de mega bandas de rock). O som deles varia entre techno, house e outras vertentes similares. Este disco é uma coletânea com seus principais hits.




Akasha – Ci
nematique (1998)





Este é o primeiro disco do Akasha, e traz uma excelente mistura de jazz, bossa nova/lounge, drum ‘n’ bass, trip-hop, hip hop, rock, pop e outros variados ritmos. A dupla formada pelos ingleses Charles James Chasey (guitarras, vocais, teclados e programações) e Damian John Hand (saxofone, flauta, vocais e teclados) contou com várias participações neste disco, inclusive a de Maxi Jazz (Faithless) e Neneh Cherry, que canta na versão de ‘Sweet Child O’ Mine’ - que andou até tocando em rádios daqui, na época.



Thievery Corporation – Sounds From The Thievery Hi-Fi (1998)




Apaixonados por MPB, Rob Garza e Eric Hilton, americanos de Washington, D. C., são DJs, manipuladores de samplers, programações e tudo o mais, e se utilizam de elementos de dub, música indiana, MPB, bossa nova, drum ‘n’ bass e acid jazz, entre outros ritmos, para fazer música com estética ‘lounge’, ao mesmo tempo complexa e de fácil assimilação. Esse é o primeiro disco deles, excelente, e influenciou muita gente que resolveu seguir o estilo dos americanos daí pra frente, gerando involuntariamente vários genéricos, inclusive a tal ‘bossa lounge’, mas nenhum desses conseguiu chegar ao refinamento e classe da dupla.




The Future Sound Of London – Dead Cities (1996)




Entre todos esses discos que estou postando esse ‘Dead Cities’ serve como exemplo dos mais variados ritmos e vertentes da música eletrônica; são viagens ao estilo prog e ambient, batidas drum ‘n’ bass, techno, étnicas, elementos de dub, dubstep e sei lá quantas mil vertentes da música eletrônica moderna, além de fazerem muitas experimentações. Garry Cobain e Brian Dougans, ingleses de Manchester, são as cabeças pensantes do TFSOL, que não se restringe somente à música, trabalhando em conjunto com artistas gráficos e de animação, filmes, vídeos, iluminadores e, até mesmo, transmissões via rádio. Esse disco é daquele tipo que melhora a cada audição; altamente recomendado.




Lemon Jelly –
Lost Horizons (2002)




Os londrinos Fred Deakin e Nick Franglen formaram o Lemon Jelly no final da década de 90 e este é seu segundo e, em minha opinião, melhor disco, lançado em 2002. Em ‘Lost Horizons’ eles apresentam músicas com uma proposta meio progressiva, meio conceitual, explorando vertentes como trip-hop, downtempo, IDM e ambient, onde contam com a participação de vários instrumentistas e vocalistas em todas as faixas. É um disco excelente de se ouvir com fones, no carro, em casa...




The Crystal Method – Vegas (1997)




A vertente conhecida como big beat teve como pioneiros artistas que fizeram grande sucesso, como The Chemical Brothers, Fatboy Slim, Prodigy e The Crystal Method, que é formado pelos americanos Ken Jordan e Scott Kirkland. Algumas das características da big beat são as batidas pesadas, influências do techno e músicas com formato aproximado ao rock, o que encontramos em ótimas variações nesse ‘Vegas’, um ‘clássico’ do gênero. Além de lançarem discos considerados ‘de carreira’, a dupla também fez trilhas para vários filmes (‘Blade’, ‘Resident Evil’ e ‘O Massacre da Serra Elétrica’ de 2003, entre outros) e para video games (‘Fifa ’98’ e ‘Need For Speed: Underground’ são alguns deles), assim como também remixaram músicas e trabalhos de vários outros artistas.



Propellerheads – Decksandrumsandrockandroll (1998)




A dupla Will White e Alex Gifford, ingleses de Bath, só lançou este disco, entre alguns EPs, mas que disco! Seguindo a linha big beat, eles misturaram samplers de filmes de 007, criando excelente trilha sonora para os filmes de ação (a música ‘Spybreak!’ já foi utilizada em vários deles) e para qualquer pista de dança ou rave; além disso, participam do disco os rappers do De La Soul, Jungle Brothers e Shirley Bassey, que canta no hit ‘History Repeating’.




The Chemic
al Brothers – Singles 93 – 03 (2003)




De todas as duplas apresentadas aqui talvez The Chemical Brothers seja a ‘maior’, não só pelo sucesso, mas também pela regularidade com que lançam discos e pela constante qualidade e relevância de seus discos. Tom Rowlands e Ed Simons, como já foi dito, foram pioneiros da big beat. Seus discos trazem sempre a participação de vários vocalistas, entre eles Beth Orton, Tim Burgess (The Charlatans), Noel Gallagher (Oasis), Bernard Sumner (New Order) e Richard Ashcroft. Estou postando aqui a coletânea ‘Singles 93 – 03’, mas pretendo postar, em breve, toda a discografia oficial da dupla.

Sei que deixei outras duplas importantes de fora, como Kruder & Dorfmeister por exemplo, quem sabe não fica pra um outro post?...
Aproveitem: todos os discos foram ripados em alta qualidade sonora e estou disponibilizando os encartes completos de todos eles, também.

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domingo, 6 de abril de 2008

Mais Dois do Jane's Addiction




Jane's Addiction (1987)









Kettle Whistle (1997)






Em fevereiro eu postei o ‘Ritual de Lo Habitual’, do Jane’s Addiction, e, nos comentários, nosso grande camarada Roderick Verden disse que não conhecia o primeiro deles, então prometi que assim que pudesse o disponibilizaria. Como promessa é dívida... Taí Roderick!
Aproveito pra postar também a coletânea de raridades, b-sides, versões ao vivo e faixas inéditas, ‘Kettle Whistle’, lançada entre a separação após ‘Ritual...’ e a volta com ‘Strays’, e que conta com participações de Flea (Red Hot Chili Peppers), tocando baixo e trumpete, e do saxofonista Maceo Parker, na música ‘My Cat’s Name Is Maceo’.
Digitalizei o encarte completo de 'Kettle Whistle'; o do primeiro eu esqueci de trazer, então vou ficar devendo, mas anexei capa e contracapa.
Boa viagem...

Novos Links
Jane’s Addiction (1987)
10 faixas, VBR 224/320, 77,86mb
Sharebee

Kettle Whistle
15 faixas, VBR 224/320
Parte 1 (63,14mb) – Sharebee
Parte 2 (71,89mb) – Sharebee