segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Piano Folk Rural




Autumn (1980)









Forest (1994)





O pianista americano George Winston foi um dos primeiros contratados da gravadora Windham Hill. ‘Autumn’ foi seu primeiro disco pela gravadora, em 1980, e permanece até hoje como um dos mais vendidos.
A maioria de seus álbuns segue um tipo de conceito, dentro de um estilo que ele mesmo chama de rural folk piano, que tem como base as estações e certas épocas do ano. Winston é um dos ‘pilares’ da chamada New Age e permanece até hoje como um dos instrumentistas e compositores mais influentes do estilo.Os dois discos que estou postando aqui me foram presenteados por uma amiga. Na verdade, foi meio que um pagamento de resgate, porque eu tinha emprestado a ela o LP do ‘Autumn’ em meados dos anos 80, mas ela gostou tanto do disco que nunca quis me devolvê-lo... rsrsrsrs Uns dez anos depois ela resolveu quitar a dívida e como bônus ainda me trouxe o ‘Forest’ (este último é um pouco diferente do usual do pianista, já que traz também composições de outros autores).
Apreciem sem moderação.

Site Oficial
Wikipedia

Autumn
7 faixas, VBR 224/320, 92,53mb – Sharebee

Forest
16 faixas, VBR 224/320, 91mb – Sharebee

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

A Exceção Da Regra

Essa banda é aquela que confirma que toda regra tem uma exceção: em plena virada da década de 70 pra de 80, quando todas as maiores bandas de rock progressivo encontravam-se em processo de decadência, surgiu Anyone's Daughter, com um discaço de estréia, 'Adonis'.Era o ano de 1979 e Harald Bareth (vocais e baixo), Uwe Karpa (guitarras), Matthias Ulmer (teclados e vocais) e Kono Konopik (bateria) já vinham ralando desde '72, fazendo shows em pequenos lugares ou abrindo para bandas maiores. Aos poucos foram amadurecendo seu processo de composição e arranjos, tentando encontrar o seu próprio som, trazendo em sua bagagem influências das principais bandas progressivas, sejam elas alemãs, como Eloy ou Grobschnitt, inglesas, como Camel ou Yes, como também de outras nacionalidades, como Focus, Kayak, PFM ou Atoll. Mesmo tendo lançado seus principais discos no início da década de 80, eles conseguiram se livrar do rótulo 'neo-progressivo', não só por estarem na ativa por mais tempo, mas também por que sua proposta musical não ser compatível com o que se convencionou relacionar a este subgênero.

As contradições envolvendo a banda não param por aí. Em seu segundo disco, auto-intitulado, eles trazem músicas com arranjos um pouco mais simples, com um levíssimo apelo pop, mas sem deixar de lado o lado mais complexo inerente ao gênero. Nessa época já tinham alcançado sucesso e fama pela Europa, inclusive tendo excursionado com Alexis Korner, que virou grande fã da banda. Eles poderiam, mas não se acomodaram e surpreenderam tanto o público quanto a crítica quando lançaram 'Piktors Verwandlungen'*, um disco conceitual, baseado na obra homônima de Hermann Hesse, onde não há sequer uma música cantada (somente declamações do conto), nem pausas entre as faixas; além de ser um disco gravado ao vivo, sem overdubs. Qual artista, em sã consciência, no auge de seu sucesso, dá uma guinada desse tipo em sua carreira? Isso vai contra todas as teorias malucas de gravadoras, críticos e afins; porém todas essas teorias não levam em conta o quanto de credibilidade um artista consegue somente por trazer ao mundo uma idéia original bem executada.No disco seguinte as contradições continuaram... Em vez de seguir a linha mais experimental do disco anterior, 'In Blau' é bem parecido com o disco de 1980, com músicas em formato similar, com a já consagrada marca da banda; mas dessa vez todas as músicas são cantadas na língua germânica, numa atitude de quase desdém pela indústria e pelo mercado mundial – assim, mais uma vez, eles demonstram sua forte personalidade e a qualidade de sempre nas composições e arranjos. O disco ainda traz a primeira mudança na formação da banda, já que o baterista Kono Konopik os deixou por motivos pessoais e foi substituído por Peter Schmidt.O Anyone's Daughter continuou em ótima forma e em 1983 lançaram 'Neue Sterne', o disco deles com maior apelo pop, talvez finalmente cedendo às pressões da gravadora; porém com canções de surpreendente qualidade e novamente com todas as letras em alemão. Logo no ano seguinte lançaram seu primeiro disco ao vivo, batizado simplesmente como 'Live', gravado durante a turnê de 'Neue Sterne'. Nesta turnê uma série de motivos levou a banda a se separar: problemas familiares, pressões da gravadora, desgaste de relacionamento entre os próprios músicos e com a equipe, entre outras questões particulares, o que ocasionou o fim da banda, bem ao seu estilo: contraditoriamente, no auge do sucesso.Depois da separação, Uwe Karpa e Matthias Ulmer convocaram Michale Braun (vocais e teclados), Andi Kemmer (baixo) e Goetz Steeger (bateria e vocais) para tentar dar prosseguimento à banda, mas o projeto naufragou antes mesmo de sair do porto e o pouco que produziram nesse período foram as cinco primeiras músicas do disco 'Last Tracks', de 1986, que ainda traz um biscoito finíssimo: 4 músicas de uma demo de 1977 que, apesar da baixa qualidade de áudio, mostra todo o potencial do que a banda viria ser no futuro, com ótimas composições.O tempo passou e graças ao interesse de outras gerações a música progressiva teve um tipo de revival na virada do século. Várias bandas voltaram às atividades e, então, depois de 14 anos, Karpa e Ulmer aproveitaram a oportunidade para reviver os velhos tempos; logo reformularam a banda, porém com uma proposta bastante diversa do passado. Em 2001 lançaram 'Danger World' com André Carswell (vocais), Raoul Walton (baixo) e Peter Kumpf (bateria), fazendo um som que mescla fusion, prog e hard rock, e se apresentaram por vários países, tocando tanto o novo material quanto alguns de seus antigos sucessos. Aproveitando a volta, foram lançados também, em 2001 e 2003, dois discos com antigos registros ao vivo. Em 2004 lançaram 'Wrong', que, como o anterior, nem de longe parece o Anyone's Daughter dos velhos tempos, porém como a contradição é praticamente uma marca registrada da banda, se esquecermos o nome da banda e ouvirmos o disco sem preconceitos, sem idéias pré-concebidas e sem esperar pelo prog que os eternizou, até que o disco também é muito bom, muito acima da média dos auto-clichês que várias bandas de prog se tornaram. Finalmente, em 2006 lançaram um disco ao vivo que registra um momento especial da banda, com a formação de trio, com Ulme, Karpa e Carswell, que foi chamado simplesmente ‘Trio Tour’.Não sei bem se eles continuam na ativa, mas espero que sim, como também espero que eles continuem a nos surpreender – quem sabe no ano que vem eles lancem um disco com o rock progressivo mais puro, com a participação de todos os outros músicos que já deram suas contribuições à banda, quem sabe?... rsrsDe toda a discografia da banda não tenho ‘Danger World’, os dois ao vivo lançados em 2001 e 2003 e, também, o do trio. Os discos de 1980 e 1983 eu peguei em algum blog há já bastante tempo, então não me lembro de onde exatamente para poder creditar; ‘Last Tracks’ eu baixei do Museo Rosenbach (e aqui vão meus agradecimentos ao museólogo Rock Progressivo & equipe), mas subi um novo link depois de deixar os arquivos no meu padrão de sempre; os outros quatro discos foram ripados de meus próprios CDs, dos quais também digitalizei os encartes completos. Quem tiver links pros que faltam, por favor, deixe a timidez de lado e faça as honras, serei só agradecimentos a essas boas almas... rsrsrsrsrsPara finalizar, uma pequena nota pessoal... Para continuar o quesito 'contradições', eu, que não sou muito fã de discos ao vivo, como todos já devem saber, tenho entre os meus preferidos do gênero dois do AD: 'Piktors Verwandlungen', não só por ser também um disco de inéditas, mas pela altíssima qualidade do material, e 'Live', onde eles mostram que em seus shows a improvisação também tem vez e que sabiam aliar momentos de leveza a momentos de puro vigor.
Os links estão aí abaixo, divirtam-se e comentem!

ProgArchives
Wikipedia

Links (3,19kb) – Sharebee

Atualização:

Requested Document Live 1980-1983 (2001)
Parte 1: CD1 - 10 faixas, 192k, 104,7mb – Sharebee
Parte 2: CD2 - 10 faixas, 192k, 92,66mb – Sharebee

Danger World (2001)
11 faixas, 160k, 56,12mb
Link direto para a postagem no Museo Rosenbach

*Piktors Verwandlungen’ é um conto de Hermann Hesse, ilustrado pelo próprio que, além de escritor, também se dedicava à pintura de aquarelas.

sábado, 13 de dezembro de 2008

Os Sonhos Das Crianças




Shadowfax - The Dreams Of Children (1984)





Shadowfax é uma banda americana formada em 1972, mas que só veio a obter um maior reconhecimento nos anos 80, depois de lançar seu disco ‘The Dreams Of Children’ (este que estou postando), em 1984, pela gravadora Windham Hill, que naquela época era sinônimo de New Age.
Apesar do rótulo, Shadowfax não faz exatamente o tipo de som característico da New Age e nem mesmo aquele que se costumava associar à Windham Hill (versões e interpretações de folk, majoritariamente executadas em instrumentos acústicos); o som deles vai bem mais para um fusion, contendo elementos étnicos, característicos da chamada ‘world music’ e também de jazz, prog, folk, pop e até rock.
Este disco fez com que eles fossem reconhecidos mundialmente e, graças a isso, seu primeiro disco, ‘Watercourse Way’, de 1976, foi reeditado em 1985 e também alcançou um bom sucesso de vendas; depois disso ainda ganharam um Grammy em 1988, na categoria ‘melhor performance new age’ e em 1992 tiveram o disco ‘Esperanto’ indicado aos melhores discos do ano.
Depois de várias mudanças na formação (até Jerry Goodman chegou a tocar com eles), a banda acabou em 1995, quando o líder Chuck Greenberg (lyricon, saxofones e flautas) faleceu devido a um ataque do coração.
Ontem essa birosca conhecida por vocês como O Pântano Elétrico fez um ano de vida. Ando trabalhando tanto que até esqueci que pretendia fazer algo pra comemorar a data; bem, a oportunidade passou, mas em breve farei um post especial. Por enquanto, eu não pude resistir a fazer essa dobradinha de bandas com nomes inspirados nas personagens de Tolkien, mas vou parar por aqui, porque senão daqui a pouco vários hobbits, anões e elfos começarão a bater às portas do Pântano Elétrico e eu quero é sossego, my preciousss...

Wikipedia


The Dreams Of Children
8 faixas, VBR 224/320, 73,03mb – Sharebee

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Prog Espanhol, Pero No Mucho...

Antes de tudo: essa banda Galadriel é a espanhola, de rock progressivo, não é a banda norueguesa de dark metal (seja lá o que isso signifique...), nem aquela outra antiga australiana, que fazia um prog-folk com toques psicodélicos, e, também, não faz exatamente um neo-prog, conforme rotulado no ProgArchives...Tomei conhecimento sobre a banda em 1991, numa locadora de CDs, quando estava garimpando algo diferente no meio do mesmo de sempre e me deparei com a capa do primeiro (e até então único) disco, com um visual que tinha muito a ver com o nome da banda: Galadriel. A essa altura quem não souber que esse nome vem da rainha élfica de Lothlórien, do livro ‘O Senhor Dos Anéis’, de J. R. R. Tolkien (ou seria daquele filme do Peter Jackson?...), bem, para não ser grosseiro, digamos que acabou de chegar a esse planeta...
A princípio pensei que fosse uma banda de metal melódico, mas mesmo assim fiquei curioso; foi só quando a atendente me entregou o disco é que vi o logotipo da Musea, aí o sorriso aumentou. Aumentou mais ainda quando o coloquei no player e logo a primeira música (‘Lágada’) me conquistou, com ecos de Genesis, PFM, VDGG e Yes, mas ao mesmo tempo nada disso, algo novo e diferente, principalmente pelo timbre de voz de Jesús Filardi. Lendo o encarte, fiquei sabendo que dois brasileiros faziam parte da banda o baterista Alcides ‘Cidon’ Trindade e o baixista Marco Dos Santos, então o lado patriótico abocanhou o que faltava para que a banda me conquistasse de vez. Nem precisava, na verdade, porque o som é realmente totalmente excelente. (rsrsrs)
A banda foi criada por Jesús Filardi (vocais, teclados e percussão) em meados de 1986 e desde então se tornou um meio de transpor para o mundo as suas composições, ele é, também, o único membro original que atuou em todas as muitas e diferentes formações da história da banda.
Ao longo dos anos, além de Filardi, os seguintes músicos participaram nos dois primeiros discos: Manolo Pancorbo (guitarras, baixo e teclados), Manolo Macia (guitarras), David Aladro (teclados), Alcides ‘Cidon’ Trindade (bateria e percussão), Alfredo Garcia Demestres (violino e teclados) e Marco Dos Santos (baixo), entre muitos músicos convidados. 'Mindscapers', o terceiro disco, conta com Nacho Serrano (guitarras), Jose Bautista (Warr guitar e programação de teclados), Alex Roman (teclados) e Renato Di Prinzio (bateria). No momento eles estão em pleno processo de divulgação de seu mais novo disco, ‘Calibatred Collison Course’, lançado nesse mês e, pelo que vi no site, a banda foi totalmente reformulada mais uma vez.
Mesmo com todas essas mudanças, a voz e as composições de Jesús Filardi são os fios condutores que dão uma ‘cara’ muito própria à Galadriel, que sempre nos traz surpresas a cada disco, seja no primeiro, que é bem calcado no progressivo da era clássica; ou no segundo, que traz vários elementos étnicos, graças às ótimas incursões percussivas; ou ainda no terceiro, com uma proposta mais moderna que os anteriores. Entre os três, eu não tenho um preferido, apesar de ter uma identificação maior com o primeiro.
Enquanto o novo disco não estiver disponível para download, divirtam-se com a breve, porém excelente, discografia dessa banda espanhola; tudo nos padrões de sempre daqui do Pântano Elétrico.
Quem quiser o novo CD pode ir direto ao site da Musea e comprá-lo por ‘módicos’ € 14,90...
Só faltou dizer que os três discos aqui disponibilizados foram ripados dos meus próprios CDs, em VBR 224/320, e que os encartes completos estão incluídos. Divirtam-se e se não for muito trabalho, comentem...

Site Oficial
ProgArchives

Links (2,49kb) – Sharebee

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Mais Uma Caça Às Bruxas & Outras Considerações

Amigos, amigas, camaradas, parceiros, freqüentadores e anônimos em geral, já não é mais novidade nem surpresa quando, volta e meia, dá-se uma caça às bruxas entre os blogs dedicados a disponibilizar discos para downolads. Desta vez, entre vivos e mortos, dois ótimos blogs dedicados ao rock progressivo & afins pereceram: The Forgotten Sons e Rocksession. Pereceram mas não desistiram...
Danilo, El Proghead, já está até calejado, porque deve ser o terceiro ou quarto blog dele que é deletado... Apesar de todos os cuidados que tomava, não teve jeito, o Blogger foi lá e ‘crau’, sem mais nem menos. Agora, o que podemos fazer é lamentar e aguardar que o Danilo volte com força total.
O Rocksession, que há pouco comemorou seu primeiro ano de vida, teve 90% de seus links deletados; todos do Mediafire. Baixou o desânimo em Moisés e equipe, mas a nossa política de ‘desistir, jamais!’ acabou falando mais alto e em breve eles colocarão um novo blog no ar e, pelo e-mail que o grande camarada e parceiro Moisés me enviou, acho que se chamará Equipegrob.Parei pra pensar nos porquês desses blogs terem sofrido esses ‘ataques’. O caso do Rocksession é mais fácil de explicar, porque o Mediafire sempre faz esses expurgos e muitos blogs já sofreram com isso – eu mesmo, na época do Delirium Dust, tive alguns links deletados por nada -; o que é até compreensível, visto que foram uploads livres, sem que se tenha utilizado uma conta, afinal nenhuma empresa trabalha de graça, essa é a ordem geral. Já o caso do The Forgotten Sons é mais complexo, pois foram várias causas: postagens de lançamentos, principalmente de neo-prog, são muito visadas, tanto pelas gravadoras, quanto por servidores, o próprio Blogger e instituições de arrecadação de direitos autorais estrangeiras. O Danilo já havia recebido avisos e teve vários posts deletados (esses sem aviso algum), então o blog já estava meio que sobrevivendo graças aos aparelhos, como se diz por aí... Não teve jeito, mesmo com todos os cuidados que ele tomava para tentar despistar quaisquer eventuais ‘caçadores’, o blog foi abatido cruelmente. Pelo comunicado que ele deixou, em breve retornará, talvez em outro formato.
Então, agora, só nos resta aguardar a volta dos que não foram (rsrsrsrs) e, depois, prestigiá-los devidamente.
Vou aproveitar o ensejo para algumas outras considerações.
Como todo fã da boa música, eu também baixo muita coisa por aí, dos mais diversos blogs e principalmente o que os parceiros e amigos vêm postando.
Não é uma regra geral, longe disso, mas muitas vezes me decepciono com o que foi postado, e não digo isso sobre a qualidade dos discos, mas pela falta de cuidado com o material postado, porque já baixei um disco pensando que era uma coisa e, quando abri o arquivo, era outra; discos com uma, duas ou várias músicas faltando; arquivos sem nome das músicas; músicas com defeito, ou em ordem trocada e, até, músicas de outros discos da mesma banda trocadas entre si, entre outras variações.É claro que o pensamento, em geral, é aquele bom e velho ‘cavalo dado não se olha os dentes’, mas acho que não custa nada caprichar um pouco mais; como diria um velho professor que eu tive: ‘se vai fazer alguma coisa, faça o melhor que puder, porque se não for assim, é melhor nem fazer’ – com o que concordo em todos os sentidos.
Eu não quero dizer com isso que eu seja melhor que qualquer outro ou que alguém seja melhor ou pior, nada disso: estou somente constatando um fato que acontece corriqueiramente e que para muitos não têm importância, mas que para outros muitos a importância de tais dados é evidente. A partir daí, cabe a cada um de nós a aprender com os próprios erros (coisa que venho tentando assimilar a cada postagem) e tentar evoluir, porque o que oferecemos aqui é Arte e Cultura, com os quais estaremos eternamente em débito.

Uma outra consideração, que acho bastante oportuna, é sobre a quantidade de discos postados. Vejo blogs, na maioria gringos, que mais parecem supermercados, com quinze, vinte, trinta postagens diárias! Quem, em sã consciência e mesmo com o dia inteiro livre consegue escutar devidamente dez discos em um só dia? Ainda mais de rock progressivo, que é uma música complexa, que requer atenção a ser ouvida? Tem o lado prático da coisa, também: 10 discos por dia, 70 por semana, 300 por mês, 3.600 por ano; aí chega uma hora que todos os discos interessantes já acabaram e o que se terá pra postar? Qualquer coisa... Bem, quem de nós gosta desse ‘qualquer coisa’? Sem contar o seguinte: o blog A postou o disco X em agosto, mas o blog B já o tinha postado em fevereiro, mas acontece que o cara do blog C gostou tanto do disco X que resolveu postá-lo, também, em novembro... Bem, não entendo esse trabalho todo se não for para, pelo menos, oferecer algo a mais do que o que já foi feito, seja com uma melhor qualidade de rip, com bitrate mais alto, ou por ter anexado o encarte ou faixas bônus, e por aí vai... E nem vou entrar na espinhosa questão da falta de critério e de justificativas de alguns desses blogs que postam Rolling Stones, Britney Spears, Chitãozinho & Xororó, Aphex Twin e Grobschnitt no mesmo dia... rsrsrsrsrsrsrsrsrsrs Aí já seria papo pra preencher umas cinco páginas do Word com fonte 8... rsrsrsBem, não vou me delongar muito mais, porque acho que a essência do meu recado está dada. Só ficou faltando falar que deveríamos incentivar nosso trabalho em conjunto, já que a sociedade está, a cada dia, mais e mais individualista; principalmente porque não estamos competindo entre nós - isso aqui não é uma concorrência, nem um jogo -, mas estamos trabalhando em prol da divulgação e difusão do tipo de Arte e Cultura que gostamos e que achamos válida ser espalhada e, de certa forma, eternizada; nós somos, somente, um meio, um veículo para isso, cabe a cada um de nós querer ser um Fusquinha ou um Porsche (rsrsrsrsrsrsrsrs).

Se você chegou até aqui, agradeço pela paciência e ofereço um pequeno ‘presente’ para aqueles que têm algo de ‘maníaco por organização’, da mesma forma que eu (rsrsrsrs): é um programa que possibilita renomear arquivos, faixas e todos os detalhes das etiquetas de cada arquivo – quem tem i-pod deve gostar de ver na telinha todas as informações referentes a cada música, como o nome da banda, do disco, da faixa, etc. É o Tag & Rename, facílimo de usar, e, para facilitar ainda mais, achei um tutorial que explica tudo, detalhe por detalhe, com exemplos e tudo o mais – aí embaixo estão os links.Agradeço por sua visita e por tudo o mais.
Divirtam-se!

Tag & RenameSharebee
TutorialLiterabilia

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

O Violeiro Brasileiro




Almir Sater - Instrumental Dois (1990)





Digo pra vocês: TV não é o meu forte... Quase nunca tenho tempo pra ver nada e quando tenho, prefiro me aventurar num desses canais de filmes e séries, tipo TeleCine, HBO, WB, AXN, ou então zapeio entre alguns Channel como Discovery, History, etc. Na TV aberta, no máximo, vejo o Jornal Nacional ou um futebol. Então, foi com grande surpresa que outro dia, zapeando por aí, me deparei com a reprise da novela 'Pantanal' (e no SBT!?!). Lembro quando essa novela passou, originalmente, na TV Manchete, e causou um rebuliço danado por causa das atrizes nadando nuas nos rios do pantanal, as tomadas sem fim mostrando as belezas da região, as músicas (chaaaaatas...) do Marcus Vianna e a participação de dois grandes músicos que acabaram se revelando ótimos atores: Sérgio Reis e Almir Sater.Sérgio Reis começou na época da Jovem Guarda, mas logo se voltou às suas raízes do campo e se dedicou à música regional. Almir Sater, um mato-grossense de Campo Grande, desde moleque toca a viola caipira (que é como um violão de 12 cordas, mas com duas a menos – dãããã... – e com uma grande variedade de afinações) e acabou se transformando em um virtuose do instrumento; além da viola ele também toca vários tipos de violão. O primeiro registro fonográfico de Sater já era dedicado à música regional, onde cantava e tocava e ainda contava com a ilustre presença da cantora Tetê Spíndola; mas foi em seus álbuns instrumentais que ele pode nos mostrar toda a sua classe não só como músico e intérprete, mas também como compositor de várias ótimas obras musicais.
Graças à reprise da novela me lembrei de Almir Sater e seus discos - assisti um pouco do capítulo, mas o violeiro Trindade, que vendeu a alma ao cramulhão em troca de ser um exímio violeiro (o Robert Johnson do Pantanal...) tinha sumido da fazenda -, e, mais exatamente, do único disco que ainda tenho dele: o belíssimo ‘Instrumental Dois’.Resolvi, então, fazer essa homenagem ao grande violeiro Almir Sater, disponibilizando aqui esse disco que pode surpreender os mais desavisados, os preconceituosos e até mesmo aqueles que costumam gostar dos discos que posto por aqui e que ainda não o conhece. É um disco que indico para todas as pessoas que gostem de Música; talvez só seja contra-indicado para headbangers e pessoas sem sensibilidade e mau gosto... Não vou rasgar mais sedas, nem estragar a beleza desse disco com os mesmo adjetivos de sempre. Vá logo até o link e baixe essa maravilha! E depois faça um comentário caprichado sobre suas impressões, só pra variar um pouco... rsrsrsrs

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Instrumental Dois
10 faixas, VBR 224/320, 67,89mb – Sharebee

sábado, 29 de novembro de 2008

O Rei Supremo

O nosso amigo Ayres deu a idéia e aí saí catando os discos do Pendragon que andei baixando nesses últimos anos. Consegui 12: 8 de estúdio, 2 EPs e 2 ao vivo. Antes de começar, um aviso: esse texto vai ser cheio de 'apesares’...A banda é considerada um dos pilares do neo-progressivo, apesar de só ter lançado seu primeiro disco em 1985, depois de Marillion, IQ e Pallas, por exemplo, já terem meio que consolidado esse movimento de ressurgimento do rock progressivo nos anos 80.Inicialmente eles se chamavam Zeus Pendragon, mas resolveram encurtar o nome, porque assim ficava mais bacana numa camiseta... É um nome bem presunçoso, mas tem piores por aí... A formação inicial contava com Nick Barrett (vocais e guitarras), Rick Carter (teclados), Peter Gee (baixo, guitarra e bass pedals) e Nigel Harris (bateria e percussão), mas logo no segundo álbum Clive Nolan e Fudge Smith substituíram Rick Carter e Nigel Harris, respectivamente, e assim a banda permaneceu por muitos anos. Em 2006 Fudge Smith abandonou o barco, sendo substituído por Joe Crabtree na turnê de 'Believe', até a entrada de Scott Higham, com quem gravaram seu último disco, ‘Pure’.
Apesar de suas evidentes qualidades e importância, o Pendragon nunca figurou entre minhas preferidas; mas isso é por uma causa muito pessoal: acho que o som deles é certinho demais, muito limpinho, quadradinho (ou redondinho) e perfeitinho, e eu odeio diminutivos... rsrsrsrsrsrsrs Apesar (arrá!) disso, os caras são ótimos em seus instrumentos e também são grandes compositores e arranjadores, sem dúvida alguma, e fizeram vários álbuns recheados de músicas excelentes.Os fãs da banda talvez elejam os álbuns ‘The Window Of Life’ e ‘The Masquerade Overture’ como os melhores da discografia; apesar (de novo!) disso, eu tenho uma preferência pelo ‘The World’ e pelos dois últimos, já que esses dois têm um elemento que sempre senti falta no som deles: peso. Aliás, o último, se compararmos ao resto da discografia, parece realmente apontar em outra direção, tomando um novo e diferente rumo, anteriormente insinuado em ‘Believe’, apresentando um som mais maduro e pesado, apontando para um futuro mais do que promissor para a carreira do Pendragon.Apesar (OK, é o último...) de eu ter dito que a banda não é uma das minhas preferidas, todos os discos são de muito bons a excelentes, talvez excetuando o ‘Kowtow’, não muito inspirado e ainda com a participação desnecessária de um saxofonista (Julian Siegal); então, meus camaradas, aproveitem que tá tudo aí, digrátis, e depois deixem aqui seus comentários.
Divirtam-se!

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9:15 - Live (1983)
10 faixas, 53mb - Badongo
(upado por Moisés - Rocksession; disponibilizado por Lelo - meus agradecimentos a ambos - valeu!)

And Now Everybody to The Stage... (2006)
15 faixas, 128k
Parte 1 (60,92mb) - 4Shared
Parte 2 (66,99mb) - 4Shared
(mais uma contribuição do Lelo)

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Stages - The Mitch Mitchell's Experience Tour - Vol. 3



The Jimi Hendrix Experience - Stages - Vol. 3: San Diego 69 (1991)





Esta é uma tardia, porém totalmente excelente homenagem ao recém-falecido baterista Mitch Mitchell, que foi arregimentada pelo nosso amigo, grande e rotundo camarada Miguelito, El Gran Chihuahua También El Gran Cover de Hurley de Lost Y Archeologo Digital, e que será dividida entre os blogs de Los Amigos Hermanos Blogueros De La Gran Rede. Então, deixando de enrolação, segue abaixo o texto de Miguelito e os links que ele disponibilizou para baixarmos o box ‘Stages’, de Jimi Hendrix.Stages’ consiste num box onde estão reunidas performances ao vivo do genial guitarrista e sua banda realizadas entre os anos de 1967 a 1970. O box foi lançado pela Warner Bros. Records, em 12 novembro de 1991 (mais de 17 anos !) e atualmente, encontra-se fora de catálogo. Mais uma raridade para os fãs do Hendrix que você encontra não só aqui...

Welcome to The Mitch Mitchell's Experience Tour!

No CD 1, Stockholm, temos um concerto realizado na Suécia, no dia 5 de setembro de 1967 (que você confere no Seres Da Noite); no CD 2, está o show realizado em Paris, mais precisamente no Olympia Theater, no dia 29 de janeiro de 1968 (faça uma tour no Gravetos & Berlotas); no CD 3, a apresentação foi em San Diego, no San Diego Sports Arena (aqui nO Pântano Elétrico) e, finalizando, o CD 4, que contem a apresentação no Atlanta Pop Festival, Atlanta, no famoso 4 de julho de 1970, o dia da independência dos EUA (a tour é no Fuxucamarimbondo).
Exceto em 3 faixas, todo o material desse show é inédito em CD!!! \o/ \o/ \o/...
Uma singela homenagem que todos os blogs irmãos fazem ao baterista recentemente falecido, Mitch Mitchell.
The Jimi Hendrix's Experience rulez and back again !!!
R.I.P.
Download djá, folks!

Stages – Parte 3 (San Diego, 1969)
8 faixas, 128k, 57,66mb – Rapidshare + Capas