segunda-feira, 31 de março de 2008

Prog Siciliano




The Wood Of Tales (1990)






La Porte Del Silenzio (1993)







La Città Sul Lago (1998)







Oltre L'Ignoto (2001)





Malibran é uma banda italiana, mais precisamente da cidade de Catania, na Sicília, originada em 1987 e que segue com fidelidade a sonoridade do rock progressivo dos anos 70. Após 20 anos de estrada, a formação continua a mesma, fato raríssimo no mundo prog atualmente... São eles: Giuseppe Scaravilli (vocais, violões, guitarras e flauta), Jerry Litrico (violões e guitarras), Giancarlo Cutuli (flautas, saxofones e piccolo), Benny Torisi (teclados), Angelo Messina (baixo) e Alessio Scaravilli (bateria e percussões).
O segundo disco, ‘La Porte Del Silenzio’, foi muito elogiado na época do seu lançamento, sendo aclamado pela crítica especializada como ‘o melhor disco de rock progressivo feito na Itália desde 1977’.
Mesmo fazendo uma música bastante autêntica, é impossível fugir da influência das bandas fundamentais do rock progressivo, ainda mais das italianas, mas o Malibran consegue uma proeza ao dar destaque às muitas passagens conduzidas pela flauta sem cair na óbvia comparação ao Jethro Tull; por outro lado, são inevitáveis algumas pequenas comparações com Genesis (principalmente em algumas passagens de guitarra), VDGG e PFM. Outra grande influência vem da música clássica renascentista, barroca e romântica.
Todos os quatro discos que estou postando são de muito bons a excelentes, altamente recomendados para quem gosta de belas melodias e de arranjos excepcionalmente bem executados por músicos de primeiríssima linha.

Novos Links!
The Wood Of Tales
5 faixas, bitrate 128 e 192, 38,7mb
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Le Porte Del Silenzio
5 faixas, bitrate 192, 73,16mb
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La Città Sul Lago
10 faixas, bitrate 128, 160 e 192, 81,68mb
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Oltre L’Ignoto
8 faixas, bitrate 192, 71,93mb
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sexta-feira, 28 de março de 2008

Os Irmãos Robinson



Chris Robinson - New Earth Mud (2002)







Chris Robinson & The New Earth Mud - This Magnificent Distance (2004)







Rich Robinson - Paper (2004)






Este post é dedicado ao grande parceiro e irmão musical Edson D'Aquino, El Gran Bota Fuego En Las Berlotas, do sensacional blog Gravetos & Berlotas, que é um tremendo fã do The Black Crowes mas não tem esses discos que estou postando hoje.

Em 2002, após o lançamento do disco 'Lions', os caras do The Black Crowes resolveram dar um tempo da banda para se dedicar a outras coisas. Somente em 2005 é que voltaram a se reunir para alguns shows e acabaram saindo em turnê com Tom Petty & The Heartbreakers e, finalmente, no começo deste ano lançaram um novo disco ('Warpaint').
Durante esse período de inatividade da banda, os irmãos Chris e Rich Robinson aproveitaram para lançar seus trabalhos solo.

Chris lançou dois discos com a banda que passou a levar o nome de seu primeiro trabalho, ‘New Earth Mud’, de 2002 e, em 2004, ‘This Magnificent Distance’, ambos com uma sonoridade que lembra em muito a sua banda original, o que é compreensível e, certamente, inevitável, graças ao seu personalíssimo trabalho vocal. Os dois discos são recheados de rocks e de baladas de primeira linha; alguns sons com um acento um pouco mais pop que o dos Crowes, mas com as mesmas raízes southern e bluesy.

O trabalho de Rich também não nos deixa dissociá-lo de sua banda original, mas ele nos mostra uma nova faceta assumindo excelentemente os vocais, além de nos brindar com ótimas composições e seus costumeiros e inconfundíveis timbres e riffs de guitarra.

Estão aí esses três trabalhos, altamente recomendados, não só para os fãs do The Black Crowes mas para todos aqueles que gostam do bom e velho Rock & Roll.

Novos Links!
Chris Robinson – New Earth Mud
14 faixas, bitrate 192, 93,67mb
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Chris Robinson & The New Earth Mud – This Magnificent Distance
12 faixas, bitrate 192, 90,85mb
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Rich Robinson - Paper
14 faixas, VBR 128/256, 84,41mb
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terça-feira, 25 de março de 2008

Musa À Italiana




La Terra Dei Grandi Occhi (1992)










Cittá Di Frontiera (1993)









Il Madrigale Del Vento (1995)






Hoje em dia é bem difícil para uma banda não ter influências e similaridades com outras mais antigas, principalmente se a banda se dedicar ao rock progressivo, mais ainda se for italiana.
Rinaldo Doro (teclados), Mario Guadagnin (guitarras e vocais de apoio), Massimo Berruti (vocais), Enzo Martin (baixo) e Gianni Catalano (bateria) se juntaram em 1990 com o intuito de fazer o rock progressivo sinfônico clássico, porém com uma pegada neo progressiva, um pouco mais rock que PFM e Le Orme, por exemplo, talvez seguindo mais a linha de Il Balleto Di Bronzo ou, por outro lado, Latte E Miele. Batizaram a banda em homenagem à musa da eloqüência e das poesias e canções épicas, Calliope, mãe de Lino e Orfeu.
Seus dois primeiros discos (‘La Terra Dei Grandi Occhi’ e ‘Cittá Di Frontiera’) seguem esse estilo, com músicas fortes e energéticas, bem calcadas nos teclados de Rinaldo Doro, mas sem deixar de dar espaço para todos os músicos, em ótimas composições, todas cantadas em italiano.
Em 1995 lançaram ‘Il Madrigale Del Vento’ com a banda quase que totalmente reformulada e um redirecionamento em sua proposta musical, mais leve e abrangente, mas mantendo a qualidade de sempre. A maior mudança foi quanto aos vocais, agora ao cargo de uma mulher, Annalisa Gastaldo; além dela, entraram para banda Enrico Perrucci (teclados), Aldo Mari (guitarra) e Lele Tosches (baixo), continuando Doro e Catalano nos teclados e bateria, respectivamente.
Além desses três discos que estou disponibilizando, lançaram também, em 2002, ‘Generazioni’, porém sem nenhum membro da formação original.

La Terra Dei Grandi Occhi
8 faixas, bitrate 128/160, 43,43mb
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Cittá Di Frontiera
8 faixas, bitrate 128, 45,23mb
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Il Madrigale Del Vento
6 faixas, bitrate 192, 71,29mb
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terça-feira, 18 de março de 2008

Japoneses JazzProgFusionÀLaCanterbury



A Story Of Mysterious Forest (1980)






Hat And Field (1986)







Ride On A Camel (1991)








Marine Menagerie (1991)






Mysterious Triangle (1993)






Em se tratando de música, é muito difícil encontrarmos alguma coisa realmente original vinda do Japão, mas é inegável que, volta e meia, eles concebem trabalhos de altíssima qualidade. No caso do Ain Soph, lançaram um clássico absoluto e um que, se não for, chega perto: ‘A Story Of Mysterious Forest’ e ‘Hat And Field’. Além desses dois, lançaram mais quatro discos que mesmo não sendo tão sensacionais, são também bons trabalhos. Desses quatro só não consegui para disponibilizar aqui o ‘5 Or 9 / Five Evolve From Nine’, de 1992.
A proposta musical do Ain Soph é uma excelente mistura de jazz/rock fusion e rock progressivo, principalmente da ‘vertente’ chamada Canterbury Scene, que também funde jazz ao prog. Nenhuma novidade, OK, mas eles fazem de uma maneira muito própria, bastante autêntica, criativa e evidente qualidade técnica. Muitos se referem à banda como ‘Return To Forever meets Camel’, mas é uma maneira muito simplista de ver as coisas, além de equivocada.
A banda foi formada no final dos anos 70 por Yozox Yamamoto (guitarras), Masey Hattori (teclados), Masahiro Torigaki (baixo) e Hiroshi Natori (bateria e percussões), mas ao longo do tempo passaram por pequenas mudanças: Taiqui Tomiie alternou na bateria com Natori, em épocas diferentes, e Kikuo Fujikawa entrou no lugar de Hattori já no segundo disco e não saiu mais.
O disco ‘Ride On A Camel’ é uma mistura de demos do início da carreira, raridades, regravações e versões ao vivo; ‘Mysterious Triangle’ segue mais ou menos a mesma linha, sendo composto por músicas tocadas em ensaios e passagens de som, com uma gravação não lá muito boa.
Aproveitem, deliciem-se e comentem!!

A Story Of Mysterious Forest
6 faixas, bitrate 192, 58,63mb
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Hat And Field
8 faixas, bitrate 192, 58,69mb
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Ride On A Camel
6 faixas, bitrate 128, 68,58mb
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Marine Menagerie
7 faixas, bitrate 192, 77,62mb
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Mysterious Triangle
8 faixas, bitrate 128, 69,04mb
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The Dead 60's




The Dead 60's (2005)









Time To Take Sides (2008)






Hoje em dia a molecada associa o punk rock a esse tal emocore ou no máximo ao hardcore tipo NOFX ou Bad Religion; alguns anos atrás eram Green Day ou Offspring, que não são lá assim tão punks (isso pra ser beeeem condescendente). Sem contar as bandas pré-punk como The Stooges e Ramones, para mim, o punk rock, nascido na Inglaterra, desde seu início sempre foi dividido por duas principais vertentes; se por um lado temos a tal da ‘atitude’, a anarquia, o visual e tudo o mais dos Sex Pistols, do outro temos a musicalidade livre de preconceitos e o engajamento do The Clash. Essas duas bandas foram e são as mais importantes do punk rock, pois definiram tudo o que viria depois delas. Obviamente, não só pelo tempo de carreira quanto, também, pela quantidade de discos lançados, The Clash foi a que mais influenciou musicalmente zilhares de bandas surgidas desde então.
Todo esse rodeio pra quê? Seria difícil apresentar The Dead 60’s sem falar do The Clash, pois a maioria das músicas da banda soa realmente como a de Strummer, Jones, Simonon e Headon; eu disse soam e não que são copiadas...
Seguindo a velha máxima de que na música tudo se recicla, Matt McManamon (vocais e guitarra), Ben Gordon (guitarra e órgão), Charlie Turner (baixo e vocais) e Bryan Johnson (bateria) colocaram também na sua fórmula muito de The Specials, Gang Of Four, Television, King Tubby, muito reggae, dub, ska, funk e, logicamente, muito rock & roll. Os caras também são ingleses, mas de Liverpool, terra de ‘vocês-sabem-quem’; começaram como Resthome, mas logo mudaram o nome para Pinhole; depois de lançarem dois EPs deram um tempo para repensar seus rumos musicais. Re-emergiram como The Dead 60’s em 2005, quando lançaram seu primeiro disco e se apresentaram várias vezes tanto na Europa quanto nos EUA. Depois de muitos shows, a merecida pausa para descanso e para um novo álbum. As gravações demoraram e a data inicial de lançamento prevista para setembro de 2007 foi sendo adiada até o começo deste ano, quando finalmente saiu ‘Time To Take Sides’, um título bastante profético, ou pelo menos sensato, pois talvez mostre o momento pelo qual os músicos estavam passando, já que no dia 8 de fevereiro divulgaram que apesar de ainda serem amigos e tudo o mais, resolveram se separar definitivamente. Como diria Neil Youngis better burn than fade away’…
Dos dois discos, o primeiro é bem mais levado pela influência punk/reggae, com gravação meio ‘low profile’, deixando aquele ‘gosto’ de discos das antigas; já o segundo tem algo mais indie, mais pop e aponta para outras e novas direções; os dois são recheados de refrões pegajosos, melodias assoviáveis, ritmos dançantes e letras muito boas também. Gosto muito do primeiro e já estava querendo postá-lo aqui há muito tempo, aproveitei o disco novo pra fazer isso. Agora, se você é daqueles que só escutam os artistas que são a fonte de outros, a escolha é sua, vá de The Clash ou Bob Marley ou Robert Johnson... Se não, delicie-se com o The Dead 60’s porque realmente vale à pena, ainda mais de graça...

The Dead 60’s
15 faixas, VBR 128/256, 58,53mb
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Time To Take Sides
11 faixas, VBR 192/224, 62,4mb
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sexta-feira, 14 de março de 2008

A Queda da Casa de Usher


Coleção Classics Illustrated Vol. 7
A Queda da Casa de Usher
Edgar Allan Poe (autor)
P. Craig Russell (adaptação, roteiro e layouts)
Jay Geldhof (adaptação, ilustrações)
1991
Editora Abril Jovem




“Obra-prima do horror, ‘A Queda da Casa de Usher’, de Edgar Allan Poe, investiga as profundezas escuras do subconsciente e rastreia os terrores ocultos da alma humana. Nunca antes (e poucas vezes depois) um escritor capturou tão completamente a melancolia, o tormento e a paixão corporificada num decadente estado mental.”

Muitas vezes execrado em sua época, apesar da popularidade de seus contos e poemas, Edgar Allan Poe é hoje considerado o fundador, junto com Nathaniel Hawthorne, do movimento literário gótico americano, um renovador do estilo e mestre da narrativa; influenciou inúmeras gerações posteriores, de Baudelaire a Marilyn Manson, da literatura ao cinema, entre muitas outras formas da Arte.

Esta ‘graphic novel’, adaptada por P. Craig Russell e com arte de Jay Geldhof, faz jus ao autor, sintetizando, admiravelmente, palavras em imagens fiéis à natureza gótica do conto. A adaptação corta alguns detalhes da história, mas, em sua essência, a melancolia, o horror e a decadência estão lá, tanto em texto quanto nas maravilhosas e expressivas ilustrações.

As personagens centrais desta trama são: Montresor, o narrador, que vai ao encontro de seu amigo Roderick Usher, vítima de peculiares males físicos e mentais, que vive com sua irmã Madeline, que sofre de um tipo raro de doença com efeitos catalépticos; além deles, a própria casa é também uma personagem, funcionando como uma ‘entidade’ intimamente ligada ao destino da família Usher.

A Queda da Casa de Usher (100,66mb)
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The Fall Of The House Of Usher



Peter Hammill - The Fall Of The House Of Usher (1991 / 1999)





Artista único em sua geração, Peter Hammill influenciou música e letras de um sem número de artistas, seguidores ou não, direta ou indiretamente; nunca percorreu o caminho fácil, preferindo ser fiel aos seus princípios, mantendo-se sempre, de uma maneira ou outra, à margem da grande indústria musical. Como eu já disse, Hammill é um artista único e dentro de sua extensa obra, com o Van Der Graaf Generator, solo ou como convidado, ‘The Fall Of the House Of Usher’ é também um trabalho único em sua discografia, diferente de tudo o que já fez, porém com sua assinatura inequívoca.
A história desse disco também tem algo de muito própria. Originalmente foi gravado em 1990 e lançado em 1991, depois de muito trabalho que, conforme o autor, exigiu de todas as suas habilidades literárias e musicais. Mas Hammill não ficou satisfeito com o resultado final e em 1999, quando expirou o contrato com a gravadora que lançou o disco, resolveu desconstruir e reconstruir tudo o que tinha feito. A primeira resolução foi tirar de catálogo e das lojas os últimos remanescentes da primeira versão. Na parte musical, tomou uma medida radical ao tirar todas as baterias e percussões, e ainda refez todas as guitarras e arranjos, de maneira mais minimalista, porém conseguindo chegar a um resultado mais satisfatório, mais condizente com o clima soturno e melancólico do conto gótico escrito por Edgar Allan Poe. Depois de novas remixagem e remasterização, veio ao mundo essa obra, chamada pelo autor de ópera-rock, mas que pouco tem tanto de ópera quanto de rock, sendo mais, ao meu ver, uma ‘teatralização’ musical do que uma ópera em seu formato clássico.
A idéia original era que a obra fosse encenada ao vivo, com verdadeiras atuações, diálogos e narrativas interagindo com a música, mas infelizmente a idéia nunca foi concretizada; até mesmo um libretto foi idealizado e criado por Chris Judge Smith. Peter Hammill toca todos os instrumentos, com exceção do violino de seu constante parceiro Stuart Gordon. Os vocais ficam por conta de Andy Bell (Montresor), Sarah-Jane Morris (The Chorus), Lene Lovich (Madeleine Usher), Herbert Grönemeyer (The Herbalist), além do próprio Hammill (Roderick Usher, The Voices Of The House).
Estão inclusos capas e letras.

Novos Links!
The Fall Of The House Of Usher
21 faixas, bitrate 320
Parte 1 (87,42mb) – Sharebee
Parte 2 (82,03mb) – Sharebee

quarta-feira, 12 de março de 2008

Mais Kayak




Eyewitness (1981)









Coming Up For Air (2008)






Outro dia postei os três primeiros discos do Kayak, depois resolvi preparar toda a discografia para disponibilizar aqui. Nesse meio tempo o pessoal do Collective Collection tomou a minha frente e postou tudo por lá - confira aqui -, mas ficou faltando dois discos. E são dois discos considerados os últimos... Primeiro o ao vivo ‘Eyewitness’, porque foi o último antes da dissolução da banda em 1982; segundo o ‘Coming Up For Air’, último disco lançado pela banda, último no sentido de mais recente, pois foi lançado há pouco mais de um mês.
Não vou entrar em detalhes, vou deixar para que vocês façam isso através dos comentários.
Apreciem sem moderação.

Novos Links!
Eyewitness
14 faixas, bitrate 192 e 224, 78,84mb
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Coming Up For Air
15 faixas, bitrate 256
Parte 1 (54,31mb) – Sharebee
Parte 2 (54,72mb) – Sharebee

terça-feira, 11 de março de 2008

A Revolução Pacífica





A Quiet Revolution - 30 Years Of Windham Hill (2005)
4 CDs boxset







Em meados dos anos 70 William Ackerman, depois de muito ralar como violonista e ainda sem gravadora, bolou um plano para lançar seu disco independentemente. A estratégia era a seguinte: em troca de um disco seu, que dentro de alguns meses ele entregaria em mãos a cada pessoa, ele pedia um depósito em uma quantia equivalente ao preço de um LP barato; com o dinheiro coletado ele conseguiu financiar as gravações, a prensagem de algumas cópias para ressarcir os investidores e mais algumas para vender, além de produzir a capa e tudo o mais. Para realizar tudo isso era necessário abrir uma firma legalmente, assim surgiu a Windham Hill.
A estratégia deu tão certo que logo outros artistas, parceiros e amigos se juntaram a Ackerman.

A partir de sua proposta musical, surgiram os padrões que fizeram o sucesso da gravadora: música instrumental, basicamente calcada no folk e jazz; artistas não muito conhecidos do público em geral, mas com qualidade e técnica impecáveis; visual ‘clean’ para os lançamentos, caracterizados por imagens de paisagens cotidianas. Em pouco tempo veio o sucesso mundial, escorado nas músicas que evocavam contemplação e beleza, e que fez a cabeça do grupo cada vez mais crescente de esotéricos do mundo todo; logo o rótulo ‘new age’ não se desvincularia dos lançamentos da Windham Hill. É claro que com o sucesso, uma onda new age marcou uma parte dos anos 80 e fez surgir vários ‘genéricos’ mundo afora.

Entre altos e baixos, a gravadora perdurou, ampliando o leque de artistas e estilos musicais, abarcando também a chamada ‘world music’, além de música étnica e algumas vertentes do jazz.

Para comemorar os 30 anos que fariam em 2006, em 2005 lançaram essa caixa com 4 CDs, batizada de ‘A Quiet Revolution: 30 Years Of Windham Hill’, onde deram uma geral nos arquivos, escolhendo a dedo os artistas e suas músicas mais representativas. Cada CD é dedicado a um tema específico, respectivamente, ‘Elements’, ‘Peace’, ‘Artistry’ e ‘Excursions’. A primeira música é a mesma que abria o primeiro disco de Ackerman, ‘The Bricklayer's Beautiful Daughter’; daí por diante desfila-se o melhor já produzido por artistas como o próprio William Ackerman, Alex De Grassi, Michael Hedges, Liz Story, George Winston, Michael Manring, Darol Anger, Mike Marshall, Shadowfax, Scott Cossu, Mark Isham e Tim Story, entre muitos outros.
Uma história e tanto, que nos brindou com muitas músicas de qualidade e que embalaram muitos bons momentos de muitas pessoas em todo o mundo nas últimas 4 décadas.

Dedico esse post ao grande Sr. do Vale: esse é pra você fazer as pazes com a patroa... rsrsrs Abração, meu camarada!

Disco 1 – Elements
17 faixas, VBR 192/256
Parte 1 (60,65mb) – Sharebee
Parte 2 (47,35mb) – Sharebee

Disco 2 – Peace
16 faixas, VBR 192/256, 97,98mb
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Disco 3 – Artistry
16 faixas, VBR 192/256
Parte 1 (68,2mb) – Sharebee
Parte 2 (48,05mb) – Sharebee

Disco 4 – Excursions
18 faixas, VBR 192/256
Parte 1 (64,22mb) – Sharebee
Parte 2 (50,76mb) – Sharebee

segunda-feira, 10 de março de 2008

Hellfueled




Volume One (2004)









Born II Rock (2005)









Memories In Black (2007)






Metaaaaaallll! O que seria do metal sem o Black Sabbath? 99,99% das bandas do gênero, de um modo ou de outro, tentam ‘copiar’ o som deles e às vezes até conseguem bons resultados. Mas você conhece algum vocalista que cante e soe como o Ozzy Osbourne? Não?!?! Seus problemas acabaram! É só escutar o Hellfueled. É impressionante como o timbre de Andy Alkman se parece com o de Ozzy, e como ele assume essa similaridade de peito aberto ganhou meu respeito, afinal quem teria essa ‘audácia’? E o melhor é que o cara está em plena forma e domina a técnica vocal excepcionalmente. Imitação ou não, o cara manda muito bem, assim como todos na banda.
Quanto ao som, a banda faz um metal clássico, sem frescuras, porém bem trabalhado; algo entre Ozzy (obviamente...), Zakk Wylde e Annihilator, sem muitas invencionices, com composições próprias muito boas e uma performance pra lá de convincente. Além de Andy, também fazem parte da banda Jocke Lundgren (guitarra), Henke Lonn (baixo) e Kent Svensson (bateria); pelos nomes dá pra ver que eles são suecos.
Jocke e Kent são amigos de infância, sempre tocaram juntos, mas foi quando Jocke conheceu Andy no colégio, e graças à suas paixões em comum (cerveja e heavy metal), que resolveram montar uma banda. Logo Henke se juntou ao grupo. Inicialmente eles faziam um som mais pro Death Metal, Andy grunhia e tocava baixo; Henke só passou a tocar baixo depois que Andy resolveu se dedicar somente aos vocais e assim, ao descobrir sua ‘descendência Ozzyosbournica’, a banda deu uma guinada para outro tipo de metal.A ‘presença’ de Ozzy é tão grande entre a banda que eles mantêm um projeto paralelo, a banda-tributo Blizzard Of Ozzy, que conta com Andy, Jocke (baixo), Henke (guitarra) e o irmão de Jocke, Danne Lundgren, na bateria.

Volume One
11 faixas, bitrate 192, 52,14mb
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Born II Rock
11 faixas, bitrate 192, 51,99mb
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Memories In Black
12 faixas, VBR 192/256, 82,05mb
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quinta-feira, 6 de março de 2008

After Crying

Desde 1987 os húngaros do After Crying vêm fazendo uma música única no universo do rock progressivo. Baseados tanto na música clássica e de vanguarda quanto no rock progressivo setentista e no rock em geral, essa banda de formação variável, uma verdadeira comunidade musical, vem lançando excelentes álbuns desde 1990.
Péter Pejtsik (violoncelo, baixo, violino, teclados e vocais) é o único que está desde a formação e tocou em todos os discos, mas vários outros músicos de destaque fizeram e fazem parte da banda como Vedres Csaba (teclados), Gábor Egervári (flauta, vocais, e narração), Ferenc Torma (guitarras e teclados), Balázs Winkler (trompete e teclados), Zsolt Madai (bateria, percussões e vibrafone), Judit Andrejszki (vocais), Zoltán Bátky-Valentin (vocais), Zoltán Lengyel (teclados), Pál Makovecz (trombone), Aladár Tüske (fagote), Ottó Rácz (oboé), entre muitos outros.A música do After Crying é complexa, cheia de climas, mudanças de andamento, arranjos orquestrais e solos de instrumentos variados. Podemos reconhecer, em alguns momentos, algo de bandas mais antigas como The Enid, Focus, ELP, Renaissance, Yes, Genesis e outras, mas isso se deve muito mais por terem todos eles bebido na mesma fonte do que por ser uma influência direta, apesar de todos eles utilizarem meios parecidos para um mesmo fim: Arte em forma de Música.Estou disponibilizando aqui os seis discos de estúdio e o principal ‘ao vivo’ que lançaram, além de um bootleg do início da carreira (gravação de uma apresentação, que era vendido pelos próprios membros da banda em fita cassete).

Links (3,55kb) – Sharebee

terça-feira, 4 de março de 2008

Fireball Ministry




Où Est La Rock? (1999)









The Second Great Awakening (2002)









Their Rock Is Not Our Rock (2005)






Imagine uma mistura de Motörhead, Black Sabbath (com Ozzy, please!), stoner rock, generosas doses de Jack Daniels, muita cerveja e uma boa estrada a bordo de uma Harley Davidson. Esse é o espírito da música do Fireball Ministry.
Hoje a banda é formada por James A. Rotta II (vocais e guitarra), Emily Burton (guitarra), John Oreshnick (bateria) e Johny Chow (baixo), mas em cada disco o baixista é diferente; são eles, respectivamente: Helen Storer, Brad Davis (Fu Manchu) e Janis Tanaka (L7).
Estou postando aqui seus três discos; lançaram também um EP, simplesmente batizado de ‘FMEP’, que traz algumas músicas inéditas e covers, que eu não consegui para disponibilizar aqui. É nesse EP que Brad Davis toca o baixo.
Depois de muito ralar pelos EUA, finalmente chamaram atenção do grande público por causa de uma música (‘King’) incluída na coletânea ‘Viva La Bands’, feita pelo skatista e ‘jackassBam Margera. Já com um público fiel os acompanhando, gravaram ‘Their Rock Is Not Our Rock’ no estúdio de Dave Grohl, que não parava de elogiar a banda. As revistas e edições especializadas em rock também foram só elogios ao disco; logo em seguida tiveram a música ‘The Broken’ incluída na trilha do jogo para PlayStation WWE SmackDown! Vs. RAW 2006, aumentando ainda mais seu público. Sendo fiéis aos seus princípios, os caras ainda mantêm uma imagem meio underground, mesmo depois desse sucesso meio que repentino.
Uma curiosidade sobre a banda é a sua ligação com o cristianismo, não só pelo que evoca o ‘ministry’, mas porque Rota foi realmente ordenado ministro, mesmo que não possa exercer as suas funções por causa da banda e também pra evitar possíveis problemas legais. Além disso, o título de dois discos também são referências: ‘The Second Great Awakening’, explicitamente, e ‘Their Rock Is Not Our Rock’ que é uma citação do Deuteronômio 32:31, e que caiu como uma luva (de couro!). Uma coisa é certa, se eu encontrasse uma igreja que tivesse como trilha sonora o Fireball Ministry eu não sairia de lá! rsrsrs E que venha o rock!Esse post é uma homenagem ao aniversariante do dia, um cara que muito admiro e um excelente novo amigo; o meu, o seu, o nosso, o único Ser da Noite – Parabéns, El Morcegón! Valeu!

Où Est La Rock?
8 faixas, bitrate 192, 44,65mb
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The Second Great Awakening
11 faixas, bitrate 256, 78,88mb
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Their Rock Is Not Our Rock
10 faixas, bitrate 256, 80,43mb
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domingo, 2 de março de 2008

Desert Surf Post Rock Cinematográfico



The Shadow Of Your Smile (1995)






Retrograde (1997)







A Place In the Sun (2000)








Wichita Lineman (2001)







Live At Club 2 (2001)







Random Harvest (2004)





A definição para o estilo do Friends Of Dean Martinez, segundo a Wikipedia:
A surreal collision of south-western lounge, desert surf rock and Tex-Mex guitar, the Friends Of Dean Martinez are a distinctive instrumental band that uniquely captures the desert landscape with healthy dose of wit and tongue-in-cheek irony’.
Desert surf rock’?!?!?!?!?! Só ouvindo o som dos caras pra entender… e concordar!
Essa banda americana, formada em TucsonArizona, em 1994, inicialmente um projeto paralelo de músicos das bandas Calexico, Giant Sand e Naked Prey era capitaneada por Joey Burns (guitarra e baixo), John Convertino (bateria, marimba e percussões) e Bill Elm, guitarrista que migrou para o steel guitar (instrumento típico da country music, é um tipo de guitarra com o corpo fixo na posição horizontal, com as cordas para cima, onde as cordas não encostam no braço e são tocadas com um tubo ou haste metálica, como o slide numa guitarra normal).Inicialmente batizada como Friends Of Dean Martin, em homenagem ao cantor e ator, Dean Martin, ex-parceiro de Jerry Lewis e astro de Las Vegas, teve o nome vetado pelo próprio Martin; só restou aos músicos tratar o episódio com muita ironia e se nomearem Friends Of Dean MartinEZ, que, no final das contas, cai melhor ao estilo da banda.Durante toda a carreira, muitos músicos passaram pela banda – Van Christian (bateria), Tom Larkins (percussão), Dave Lachance (percussões, bateria, teclados, violão e harmônica), Woody Jackson (guitarra) e muitos outros convidados -, até que se firmou o trio com Bill Elm, Mike Semple (bateria e percussões) e Andrew Gerfers (guitarra).
A música deles, com o tempo, agregou elementos de jazz, experimentações e post-rock. Graças à maneira como conseguem evocar paisagens e imagens com sua música, a banda realizou um projeto onde tocaram, ao vivo, fazendo a trilha sonora do filme ‘O Gabinete do Dr. Caligari’ (ícone do expressionismo alemão, dirigido por Robert Weine), o que acabou rendendo um convite para fazerem a trilha do documentário ‘Plague & Plasure on the Salton Sea’, de John Waters e, posteriormente, do filme ‘Fast Food Nation’, de Richard Linklater.
Estou postando aqui seis discos deles, onde podemos ver as várias faces da banda; se você não conhece, não sabe o que está perdendo, porque é um som único e autêntico, diferente de muitas coisas, mesmo que lembre algo que você já tenha escutado; se você já conhece, delicie-se. Em todo o caso, comentem...

The Shadow Of Your Smile
13 faixas, VBR 160/224, 57,07mb
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Retrograde
12 faixas, VBR 192/224, 54,67mb
Sharebee

A Place In The Sun
10 faixas, bitrate 192, 65,51mb
Sharebee

Wichita Lineman
10 faixas, VBR 192/224, 52,65mb
Sharebee

Live At Club 2
10 faixas, bitrate 192, 78,46mb
Sharebee

Random Harvest
8 faixas, bitrate 192, 53,9mb
Sharebee