quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Beth Orton

Esta postagem é, na realidade, uma atualização, já que em 30/04/2009 (sob o título 'A Artesã da Canção') eu postei aqui a discografia dessa maravilhosa cantora, compositora e instrumentista, da qual sou fã confesso e extremado – depois de tanto tempo e de tantos entreveros, os links já estão todos expirados ou foram deletados. Aproveitei que após longos, muito longos, longuíssimos 6 anos de silêncio fonográfico, foi lançado muito recentemente o belíssimo e totalmente excelente álbum 'Sugaring Season' - para mim já figura entre os melhores discos do ano e, provavelmente, o melhor lançamento de folk, folk/rock. Deixo com vocês, então, a postagem original (abaixo), devidamente atualizada.
Beth Orton ficou conhecida no começo de sua carreira por ter participado no disco ‘Exit Planet Dust’ da dupla de música eletrônica The Chemical Brothers (na faixa ‘Alive Alone’) e, também, por fazer um som que ganhou o insólito rótulo (sempre tem um rótulo...) de ‘folktronica’, justamente por misturar música folk com batidas eletrônicas (dãããã... rsrs), tendendo ao trip-hop.
Na verdade, essa mistura só está presente assim mais evidentemente em seu primeiro disco, ‘SuperPinkyMandy’, lançado somente no Japão, que foi produzido por William Orbit (que era o namorado dela, na época), logo após a contribuição de Orton em seu disco 'Strange Cargo III'. A partir de ‘Trailer Park’, que ela considera como seu verdadeiro primeiro disco solo, ela se dedicou ao folk com pitadas de rock e pop, tendo, em poucas canções, uma ou outra batida eletrônica.
A música dessa inglesa de Norwich é aparentemente simples, mas suas composições têm tanto sofisticação quanto beleza, o que acabou conquistando muitos artistas relevantes, sendo que vários deles chegaram a participar em seus discos, como Ben Harper, Terry Callier, Ryan Adams, Ben Watt (Everything But The Girl), Johnny Marr, Emmylou Harris, Jim Keltner, Jim O’Rourke e M Ward.

Eu tive o prazer de assistir a um pequeno show dela, bem no início da carreira, e desde então virei fã, não só pela aparência da menina (rsrsrs) e pela sua voz deliciosa, ou pelo belíssimo exemplar de violão Gibson que ela estava tocando (rsrsrs), mas principalmente pelo seu talento em construir melodias e canções, daquele tipo que dá vontade de cantar junto o show inteiro. Aliás, suas canções tem mesmo esse apelo: o de nos convidar a cantar e refletir sobre suas letras. Beth Orton é uma verdadeira artesã da canção.

Os discos que estou disponibilizando aqui são esses:

. ‘SuperPinkMandy’ (1993) – Esse CD era bem raro de se encontrar, já que somente 5.000 cópias foram editadas, mas graças ao sucesso dos outros discos ganhou uma nova edição. É o que tem a maior quantidade de elementos da música eletrônica.
. ‘Trailer Park’ (1996) – Foi indicado em duas categorias do Brit Awards (Melhor Revelação e Melhor Artista Feminina) e o single de ‘She Cries Your Name’ figurou no UK Top 40; com esse álbum ela também ganhou o Mercury Prize.
. ‘Best Bit’ EP (1997) – Conta com a participação de Terry Callier em duas canções (‘Dolphins’ e ‘Lean On Me’)
. ‘Live At Sessions At West 54th’ (1998) – Este não é propriamente um CD, mas o registro de áudio da apresentação no programa americano de TV chamado Sessions At West 54th. Se não me engano, uma ou duas faixas estão com pequenos problemas, mas que não chegam a comprometer totalmente a audição.
. ‘Central Reservation’ (1999) – Algumas canções desse disco são levadas somente por voz e violão, em outras é acompanhada por Ben Harper (‘Stolen Car’ e ‘Love Like Laughter’) e Terry Callier (‘Pass In Time’), além disso, traz as participações de Dr Robert (da banda The Blow Monkeys) e Ben Watt (Everything But The Girl). Com este disco ela ganhou seu segundo Mercury Prize.
. ‘Concrete Sky EP’ (2002) – Na verdade, é o single que precedeu o disco 'Daybreaker'; essa canção, que é uma parceria dela com Johnny Marr, tem Ryan Adams fazendo a segunda voz e também tocando piano e guitarra.
. ‘Daybreaker’ (2002) - Este disco surgiu de 25 músicas que Beth gravou com sua banda em duas semanas, mais os trabalhos que vinha fazendo em parceria com Johnny Marr e Ryan Adams.
. ‘The Other Side Of Daybreak’ (2003) – Versões remixadas das músicas do disco ‘Daybreaker’.
. ‘Pass In Time: The Definitive Collection’ (2003) – Coletânea que traz os maiores sucessos, b-sides, participações em discos de outros artistas e algumas raridades.
. ‘Comfort Of Strangers’ (2006) – Gravado em apenas duas semanas, em New York, com o produtor e multi-instrumentista Jim O’Rourke e Tim Barnes (bateria e percussão)
. ‘Sugaring Season’ - após um hiato de 6 anos, finalmente um novo álbum! E que belo álbum! Agora é rezar aos deuses do Olimpo musical que ela não volte a ficar tanto tempo longe dos estúdios!
. Extras – Reuni aqui algumas colaborações e participações que não constam nos discos disponibilizados.
Divirtam-se!

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