domingo, 13 de dezembro de 2009

Ozric Tentacles

Ontem O Pântano Elétrico fez dois anos de ‘vida’ – parabéns para nós, já que eu jamais teria seguido com essa história se não fossem vocês, amigos, freqüentadores e anônimos em geral. Então, no bom e velho estilo comemorativo, trago hoje a discografia (se não fosse por uns ao vivo, seria completa...) desta banda inglesa totalmente excelente: Ozric Tentacles.

Desde o Delirium Dust que venho protelando fazer este post, por conta dos mais variados motivos, mas, principalmente, por puro esquecimento. Esquecimento, aliás, que os Ozrics não merecem de modo algum!

Em agosto passado eu postei a discografia do Farflung, banda que eu vinha escutando bastante naqueles dias, e sempre que eu os escutava me vinha à cabeça o quanto eles devem ao Ozric Tentacles. Pouco tempo depois disso, eu, finalmente, me decidi a fazer este post, com 23 discos da banda (entre eles, todos os de estúdio, alguns ao vivo e EPs).

Pra quem não conhece, o som deles é prog totalmente instrumental, com o pé afundado na psicodelia e com as mais variadas influências, seja eletrônica, jazz, funk, world music, avant-garde, reggae, dub, ambient e por aí vai... Eu costumo chamar o Ozric Tentacles de prog jam band, só pra sintetizar o som único que eles fazem – basta ver a versão de mais de 9 minutos (do disco ‘Live Ethereal Cereal’) que eles fizeram pra uma música que tem, em estúdio, pouco mais de 1 minuto e meio (‘Erpriff’, do disco ‘Erpsongs’).

Meu primeiro contato com o som do OT foi na virada dos 80 para os 90, não lembro bem ano, quando um amigo me apresentou uma fita cassete com algumas faixas dos primeiros discos deles, que ele tinha copiado de um outro amigo, que por seu lado, imagino eu, também tinha copiado de alguém – algo bem parecido com o que vive acontecendo por aqui na internet e tantos blogs como o Pântano (‘por mais que as coisas mudem, mais elas continuam as mesmas...’). Logo na primeira orelhada a chapação já foi completa. Na época, o que mais me ligava era o guitarrista, que não fazia o estilo ‘debulhador’ e tinha um bom gosto incrível, inclusive nas timbragens do instrumento; mas não ficava só nisso: o trabalho de todos os músicos tem destaque, sejam as flautas, teclados, baixo, bateria, percussão, composições, arranjos, dinâmica, harmonias, improvisações, etc. Além de tudo, pra quem toca um instrumento, as músicas da banda são terreno fértil para se ‘brincar em cima’.

Depois de algum tempo, eu corri atrás de alguns discos deles (que eu nuca tinha visto) e qual não foi minha surpresa ao ver aquelas capas com uma arte meio tosca, típicas de produções independentes – o que era a mais pura realidade da banda.
Hoje, depois de tanto tempo baixando de tudo, consegui todos esses discos do OT e, vendo em retrospectiva, me admira que uma banda consiga tanta excelência numa discografia tão extensa: do meu ponto de vista, acho que nenhum desses 23 álbuns merece nota menor que 6,5; sendo que muitos merecem entre 9 e 10.

A história deles você pode conferir nos links que deixarei lá no final, mas adianto que a banda foi formada no ano de 1984, na região de Somerset, Inglaterra, tendo como ‘cabeça’ o guitarrista Ed Wynne, o único membro que participou de todos os discos. Começaram tocando em casas locais e logo começaram a participar de vários festivais, entre eles o tradicional Festival de Glastonbury, onde suas apresentações pra lá de lisérgicas fizeram fama. Eram nos shows que vendiam suas fitas, que corriam por um circuito ‘underground’ e que acabou os transformando em ‘banda cult’; essas fitas acabaram se transformando em seus próprios álbuns, em que mantiveram, inclusive, as tais capas meio toscas.

A partir do álbum ‘Pungent Effulgent’, a banda foi incrementada com a chegada de John Egan (flautas, sopros e voz), que trouxe ainda mais ecletismo ao som dos Ozrics, além de uma presença de palco marcante. Pena que, como muitos outros, acabou saindo da banda para seguir seu próprio rumo.
Apesar de várias mudanças em sua formação e já com 25 anos de estrada, o OT ainda está na ativa e continua lançando discos com uma regularidade incrível: no total, são 18 de estúdio (o último, deste ano), 5 ao vivo, 1 DVD e mais de 20 EPs, singles e coletâneas (sem contar bootlegs, é claro!).

Após tanto tempo sem dedicar um post a uma banda de prog (o último foi o Fish), não poderia deixar por menos. Espero que vocês se divirtam - e que comentem!

Wikipedia
Prog Archives
Site Oficial
Capas (Covers)

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EXTRA!


Spice Doubt - Streaming: A Gig In The Ether (1998)

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P.S.: Como não sei quando voltarei aqui, lhes desejo um excelente Natal e deixo os meus votos de que 2010 seja de paz, amor, saúde, sucesso e muita, muita, muita Música da boa!