quinta-feira, 24 de junho de 2010

Interstate Blues

Eu já fui muito mais um fã de blues do que sou hoje em dia. Na verdade, agora vejo as coisas por um outro prisma: o blues é o mais básico dos ritmos e já foi explorado à exaustão, seja por Eric Clapton, Johnny Winter ou Jimi Hendrix, mas pouco trazendo de novidade nas últimas décadas; a não ser quando surge um expoente do porte de Stevie Ray Vaughan ou outros, em menor escala, como Joe Bonamassa, por exemplo, e, bem, seja por isso tudo ou não, o que quero dizer é que eu me divirto muito mais tocando o blues do que o escutando. Por outro lado, volta e meia aparece uma banda ou artista que cai nas minhas graças, por N motivos, como é o caso da banda que estou postando hoje aqui n’O Pântano Elétrico: Interstate Blues.

Formada pelos californianos, de Los Angeles, Jamie Purpora (guitarra e vocal), Roger Brown (baixo) e Jeremy Crowther (bateria), a Interstate Blues pega a veia do blues pra refazer o caminho do rock & roll até o hard rock de uma maneira diversa das bandas da mesma área, que acabam descambando para o lado mais ‘comercial’ do rock – LA é meio que sinônimo de hair metal, rock farofa, etc –, e o fazem com uma competência inquestionável; mesmo que não seja ‘aquela banda que vai mudar o mundo’ faz um bem danado pros ouvidos. Além de tudo, tem uma coisa que, para mim, conta muitos pontos: é um fuckin’ power trio! rsrsrs Em certo momento da carreira, foram um quarteto, com um tecladista, mas isso não durou muito.

Os caras estão na estrada desde 1994 e lançaram sete álbuns com gravações originais (as composições próprias são maioria absoluta) e uma coletânea (‘Redux’) que conta com uma versão de ‘Voodoo Child (Slight Return)’, de você-sabe-quem (não, não é o Voldemort... rsrs). Foi justamente com essa música que tomei conhecimento sobre a banda, já que outro dia eu estava escutando um programa no rádio em que estavam fazendo uma homenagem ao Hendrix, com versões de suas músicas tocadas por bandas e artistas menos conhecidos do público em geral, e, logo após tocá-la, o locutor teceu vários elogios à banda, o que me fez ‘correr atrás’ de maiores informações sobre eles.

O resultado está aí, todos os 8 discos, e não me decepcionei com nenhum – pelo contrário! Os três malucos mandam muito bem, tanto na execução de seus instrumentos quanto nas composições – e é bem como eu disse anteriormente, não tem muita novidade, mas caiu nas minhas graças; tanto que me bateu uma tremenda vontade de compartilhar com todos vocês, o que já deve dizer muito, afinal de contas, já que tenho essa ‘resistência’ ao blues de uma maneira geral – e, enfim, eles não tocam somente blues, pois também transitam com desenvoltura entre classic rock e hard rock.

Vou aproveitar pra dedicar essa postagem à galera do Seres da Noite e aos meus brothers Big Clash e Edson D’Aquino, já que o som tem absolutamente tudo a ver com todos eles.
Aproveitem, divirtam-se e comentem!

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terça-feira, 15 de junho de 2010

The Detroit Cobras

Rápido e rasteiro: misture rock & roll, Motown e garage rock, mais pitadas de punk e rock alternativo moderno – aí temos The Detroit Cobras!

A banda gira em torno de duas mulheres, a vocalista Rachel Nagy e a guitarrista Maribel Ramirez (as duas da foto aí de cima). Sem contar as duas, a banda muda constantemente, sendo que nem sempre os músicos que tocam nos discos são os que tocam ao vivo. Regularmente também contam com o apoio do guitarrista Greg Cartwright (Reigning Sound e The Oblivians).
Com exceção de uma, todas as músicas são covers de bandas e artistas um tanto obscuros ou não, como Solomon Burke, Hank Ballard, Otis Redding, Irma Thomas e Ike & Tina Turner, por exemplo. Aliás, um comentário de Rachel Nagy sobre a Tina Turner é digno de nota: depois de Tina ter deixado Iketodas as suas músicas são uma merda. Sim, ela se deu muito melhor do que com ele, mas vamos falar a verdade, todas aquelas músicas são idiotas. ‘Private Dancer’? Vá se foder! Não foi pra isso que Deus lhe deu aquela voz!”. (rsrs) A única faixa original, composta por Nagy, Ramirez & Cartwright, se chama ‘Hot Dog (Watch Me Eat)’ e está no disco ‘Baby’.
Meu primeiro contato com a música desses americanos foi através de uma compilação feita pela banda The Hives, num CD que veio de brinde na revista Kerrang!, que foi postado aqui em janeiro de 2008 (pra quem ainda não baixou, vale conferir – só o Megaupload está funfando). Depois disso, corri atrás dos discos da banda e consegui esses que estou postando, que são todos os álbuns oficiais, um EP e uma coletânea de singles, b-sides & etc.
Na verdade, fiquei um tempão sem escutar esses discos, mas graças à Miss DeMila, que desencavou o CD em que estão gravados esses mp3, eu acabei redescobrindo (ela só descobriu agora) esse som que não deixa ninguém ficar parado.

É isso, como eu disse: rápido e rasteiro. Afastem os móveis da sala, botem o som no máximo e divirtam-se sem qualquer moderação!

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