
O
Smashing Pumpkins foi fundado por
Billy Corgan e
James Iha em 1988, logo após a dissolução da
The Marked, da qual
Corgan fazia parte. No início eram os dois mais uma máquina de ritmos (uma dessas baterias eletrônicas programáveis) bem tosca; f

aziam um som fortemente influenciado por bandas góticas e pós punk inglesas. Após um show conheceram
D’arcy Wretzky, que logo foi chamada para assumir o baixo. Depois da primeira apresentação como um trio, o dono da casa onde se apresentaram, o
Cabaret Metro, disse que os contrataria por uma temporada se arrumassem um baterista de verdade, em vez daquela horrenda máquina de ritmos que usavam. Foi a vez de
Jimmy Chamberlin se juntar ao grupo. Sendo
Chamberlin um baterista de jazz, com pouco conhecimento de rock alternativo, novos ingredientes foram acrescentados ao caldeirão dos
Abóboras, que cresceram (e muito) com as novas percepções de dinâmica, ritmo e harmonia advindas da experiência de
Jimmy.

Em 1991 conseguiram gravar seu primeiro disco, ‘
Gish’, produzido por
Butch Vig, e já aí começaram os rumores de que
Billy era um ‘ditador tirânico’, porque ele chamou a responsabilidade pra si e gravou, sozinho, a maior parte dos instrumentos, com exceção da bateria (o que acabou se tornando a regra da banda em estúdio). '
Gish' já mostrava uma das grandes características do som da banda, que é a alternância entre arroubos de peso e uma leveza quase etérea.
Corgan tinha vários planos, ele queria conquistar o mundo ou, ao menos, trazer o mundo exterior ao seu próprio planeta...

Com o estouro do
grunge e de ‘
Nevermind’, do
Nirvana, as bandas de rock alternativo começaram a ter uma maior exposição na mídia; como contemporân

eos e americanos, os
Pumpkins por um tempo ganharam o rótulo
grunge, coisa de que em pouco tempo se desvencilharam, graças ao lançamento de ‘
Siamese Dream’, que trazia canções mais complexas do que as de bandas como
Soundgarden,
Pearl Jam ou
Alice In Chains. Em ‘
Siamese Dream’ foi forjado o som que os distinguiria de tantas outras bandas, com dezenas de camadas de guitarras, acordes dissonantes, constantes variações de clima (não só entre uma música e outra, mas também dentro de várias canções), além das letras personalíssimas de
Billy Corgan, que tem um senso poético/lírico bastante incomum.

Com o reconhecimento de crítica e público estabelecido,
Billy Corgan se preparou para mais

um longo e importante passo dentro de seus planos, que resultou em ‘
Mellon Collie And The Infinite Sadness’ e suas 28 músicas distribuídas em dois CDs (3 LPs). Um passo altamente ambicioso esse, mas que se mostrou perfeito: ‘
Mellon Collie...’ é o disco duplo dos anos 90 que mais vendeu cópias em torno do mundo; até hoje não foi superado por nenhum outro lançamento do tipo. Neste álbum a banda nos mostra todas as suas influências, que vão do rock mais básico ao progressivo,

passando por heavy metal, folk e psicodelia, entre outros. Com ele veio o mega-sucesso e uma extensa turnê; o que acabou agravando os problemas de relacionamento entre os membros da banda.
Jimmy Chamberlin, um notório viciado em cocaína e alcoólatra, que já vinha dando vários vexames dentro e fora dos palcos, no último deles foi preso graças a uma overdose de heroína que acabou também por matar
Jonathan Melvoin, tecladista que acompanhava a banda ao vivo.
Foi a gota d’água para a expulsão de
Jimmy da banda.

Com a saída de
Chamberlin, resolveram se tornar um trio, e assim lançaram ‘
Adore’, em 1998

, com algumas mudanças na sonoridade e no estilo da banda, com uma maior aproximação com a eletrônica e com o rock gótico, o que os levou a apresentar um visual mais sombrio e enigmático do que até então demosntravam. Mesmo com essas mudanças, continuaram no auge de seu sucesso. No meio da turnê de ‘
Adore’
Jimmy Chamberlin, reabilitado, voltou à banda. Com ele gravaram o álbum seguinte ‘
Machina / The Machines Of God’, que foi o último com a participação de
D’arcy; no lugar dela entrou
Melissa Auf Der Maur (ex-
Hole).

Em meados de 2000
Corgan anunciou o fim da banda, que só duraria até o fim daquele ano, após o lançamento

de um último álbum e a subseqüente turnê de despedida. Este álbum veio a se chamar ‘
Machina II – The Friends & Enemies Of Modern Music’ e foi lançado de maneira totalmente inédita até então: era um álbum duplo e mais três EPs na mesma embalagem, que só teve a tiragem limitadíssima de 25 cópias, porém com permissão e instruções da banda para que os fãs espalhassem essas músicas pela internet – a idéia original era lançar esse material para download grátis para aqueles que tinham comprado o ‘
Machina’, mas como a gravadora vetou essa possibilidade, Corgan resolveu lançá-lo independentemente.

Após o fim, entre os anos de 2001 e 2007, cada um seguiu seu caminho;
Corgan e
Chamberlin formaram o
Zwan;
Au Der Maur lançou disco solo,
Chamberlin e
Corgan também lançaram discos de seus próprios projetos e
James Iha participou e colaborou com várias bandas, entre elas
A Perfect Circle e
Auf Der Maur.

Mas
Corgan não de

sistiu dos seus planos de conquistar o mundo... Depois de um período de baixa, ele resolveu reformar o
Smashing Pumpkins, com
Jimmy Chamberlin e outros músicos contratados, que formariam a nova banda. Gravaram então ‘
Zeitgeist', lançado em 2007, que tentou resgatar a sonoridade original da banda, mas com resultado

irregular, apesar do disco não ser ruim (em minha opinião, é pouco inspirado musicalmente). Em março passado
Chamberlin deixou a banda mais uma vez. Agora
Corgan está fazendo audições com vários bateristas para continuar gravando e fazendo shows, o mais cotado, por enquanto, é
John Dolmayan (ex-
System Of A Down).

Essa é a história resumida de uma das minhas bandas preferidas, quem quiser mais detalhes, pode acessar a página deles na
Wikipedia, de onde tirei a maior parte dessas informações.

Eu acho que se o
Nirvana não tivesse estourado daquele jeito absurdo, o
Smashing Pumpkins teria sido ‘
a banda' dos anos 90, por um motivo bem simples: nenhuma outra banda soa como eles, com esse estilo autêntico e diferente, tanto que até hoje não vimos ainda uma banda-clone, do jeito que existem por aí vários clones de
Nirvana,
Pearl Jam,
Soundgarden, e tantas outras da época.
Pra finalizar, estou disponibilizando a discografia oficial completa,

sendo que incluí o encarte completo de vários discos; além disso, também tem uma quantidade bem grande de singles, EPs, coletâneas e raridades, além de um bootleg que eu ganhei, chamado ‘
Blackout’, gravado na turnê do ‘
Mellon Collie...’, com gravação excelente e que ainda traz a participação do
Cheap Trick em algumas faixas. Quem quiser achar algumas das capas que eu não incluí, pode acessar o
Mega Search, que lá deve ter todas as outras. Agora só faltam os seus comentários...
Divirtam-se!!
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