
Se não fosse pela internet e suas facilidades eu acho que jamais tomaria conhecimento do
Riverside, uma banda polonesa que faz uma excelente mistura de rock progressivo, metal e psicodelia, com letras muito acima da média, em geral sobre conflitos psicológicos, filosóficos e existencialistas, com toques meio góticos, melancólicos e, às vezes, até mesmo assustadores, sem cair em clichês, de modo bastante genuíno. Apesar de na maioria das vezes a banda ser rotulada como progmetal, o som deles se aproxima muito mais da fase mais pesada do
Porcupine Tree do que com o de bandas como o
Dream Theater, mais chegadas a exibições ‘virtuosísticas’; o metal é mais pelo peso das guitarras e pela referência em si e, talvez também, pela temática proposta.

A banda foi formada no ano de 2002 por
Mariusz Duda (vocais, baixo e violão),
Piotr Grudziñski (guitarra),
Piotr Kozieradzki (bateria e percussão) e
Jacek Melnicki (teclados); a maioria deles vinha de bandas de metal, mas ao descobrirem a paixão mútua pelo rock progressivo resolveram juntar seus esforços.

Depois da tradicional fase de iniciarem composições, ensaios, lapidação de estilo, batalhar por shows, etc, conseguiram, logo em 2003, lançar seu primeiro álbum, ‘
Out Of Myself’ e seguiram se apresentando ao vivo, tendo até feito shows de abertura para
Anathema,
Sylvan,
The Gathering e
Devin Townsend, entre outros.
Em meados de 2004 uma baixa:
Jacek Melnicki deixou a banda, que sobreviveu como um trio por um tempo, até encontrarem
Michael Lapaj, que se integrou muito bem e rapidamente à proposta da banda.
‘
Out Of Mysef’ foi concebido como a primeira parte do que chamaram de ‘
Reality Dream Trilogy’, que ainda contaria com ‘
Second Life Syndrome’, de 2005, e ‘
Rapid Eye Movement’, de 2007; todos os discos seguem o conceito, tendo inclusive 9 músicas cada um e títulos com 3 palavras – com o Riverside, as coisas não são ao acaso, mas fruto de muito planejamento e tra

balho.
De 2002 até agora já lançaram, além dos três discos oficiais, vários singles e EPs; estou disponibilizando aqui os 3 álbuns, sua primeira demo (de 2002), o EP promo lançado anteriormente ao primeiro disco, os singles de ‘
Loose Heart’ e ‘
Conceiving You’, o excelente EP ‘
Voices In My Head’ (com músicas inéditas, sobras de estúdio e versões ao vivo) e um pirata excelente, ‘
Live At Nearfest’ (provavelmente o pirata com o a melhor qualidade de som que já ouvi); além disso, a versão de ‘
Rapid Eye Movement’ é a que conta com um disco bônus, com mais 5 músicas.

O
Riverside, desde que conheci seus discos, é uma das minhas ‘bandas de cabeceira’, que faz um prog moderno, pesado, consistente e inteligente, com grande destaque para as composições, arranjos, as ótimas guitarras de
Piotr Grudziñski e os excelentes vocais e interpretações de
Mariusz Duda. Será que um dia os veremos no Brasil?...
Acesse aqui o
site da banda.
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