quinta-feira, 30 de abril de 2009

A Artesã Da Canção

A Márcia Brasil postou nesta semana lá no Contramão o disco ‘Daybreaker’ da cantora inglesa Beth Orton, o que me fez lembrar que há tempos venho adiando uma postagem com a discografia da moça. Então, aí está; antes tarde...
Beth Orton ficou conhecida no começo de sua carreira por ter participado no disco ‘Exit Planet Dust’ da dupla de música eletrônica The Chemical Brothers (na faixa ‘Alive Alone’) e, também, por fazer um som que ganhou o insólito rótulo (sempre tem um rótulo...) de ‘folktronica’, justamente por misturar música folk com batidas eletrônicas (dãããã... rsrs), tendendo ao trip-hop.
Na verdade, essa mistura só está presente assim mais evidentemente em seu primeiro disco, ‘SuperPinkyMandy’, lançado somente no Japão, que foi produzido por William Orbit (que era o namorado dela, na época), logo após a contrubuição de Orton em seu disco 'Strange Cargo III'. A partir de ‘Trailer Park’, que ela considera como seu verdadeiro primeiro disco solo, ela se dedicou ao folk com pitadas de rock e pop, tendo, em poucas canções, uma ou outra batida eletrônica.
A música dessa inglesa de Norwich é aparentemente simples, mas suas composições têm tanto sofisticação quanto beleza, o que acabou conquistando muitos artistas relevantes, sendo que vários deles chegaram a participar em seus discos, como Ben Harper, Terry Callier, Ryan Adams, Ben Watt (Everything But The Girl), Johnny Marr, Emmylou Harris, Jim Keltner, Jim O’Rourke e M Ward.

Eu tive o prazer de assistir a um pequeno show dela, bem no início da carreira, e desde então virei fã, não só pela aparência da menina (rsrsrs) e pela sua voz deliciosa, ou pelo belíssimo exemplar de violão Gibson que ela estava tocando (rsrsrs), mas principalmente pelo seu talento em construir melodias e canções, daquele tipo que dá vontade de cantar junto o show inteiro. Aliás, suas canções tem mesmo esse apelo: o de nos convidar a cantar e refletir sobre suas letras. Beth Orton é uma verdadeira artesã da canção.

Os discos que estou disponibilizando aqui são:

. ‘SuperPinkMandy’ (1993) – Esse CD era bem raro de se encontrar, já que somente 5.000 cópias foram editadas, mas graças ao sucesso dos outros discos ganhou uma nova edição. É o que tem a maior quantidade de elementos da música eletrônica.
. ‘Trailer Park’ (1996) – Foi indicado em duas categorias do Brit Awards (Melhor Revelação e Melhor Artista Feminina) e o single de ‘She Cries Your Name’ figurou no UK Top 40; com esse álbum ela também ganhou o Mercury Prize.
. ‘Best Bit’ EP (1997) – Conta com a participação de Terry Callier em duas canções (‘Dolphins’ e ‘Lean On Me’)
. ‘Live At Sessions At West 54th’ (1998) – Este não é propriamente um CD, mas o registro de áudio da apresentação no programa americano de TV chamado Sessions At West 54th. Se não me engano, uma ou duas faixas estão com pequenos problemas, mas que não chegam a comprometer totalmente a audição.
. ‘Central Reservation’ (1999) – Algumas canções desse disco são levadas somente por voz e violão, em outras é acompanhada por Ben Harper (‘Stolen Car’ e ‘Love Like Laughter’) e Terry Callier (‘Pass In Time’), além disso, traz as participações de Dr Robert (da banda The Blow Monkeys) e Ben Watt (Everything But The Girl). Com este disco ela ganhou seu segundo Mercury Prize.
. ‘Concrete Sky EP’ (2002) – Na verdade, é o single que precedeu o disco 'Daybreaker'; essa canção, que é uma parceria dela com Johnny Marr, tem Ryan Adams fazendo a segunda voz e também tocando piano e guitarra.
. ‘Daybreaker’ (2002) - Este disco surgiu de 25 músicas que Beth gravou com sua banda em duas semanas, mais os trabalhos que vinha fazendo em parceria com Johnny Marr e Ryan Adams.
. ‘The Other Side Of Daybreak’ (2003) – Versões remixadas das músicas do disco ‘Daybreaker’.
. ‘Pass In Time: The Definitive Collection’ (2003) – Coletânea que traz os maiores sucessos, b-sides, participações em discos de outros artistas e algumas raridades.
. ‘Comfort Of Strangers’ (2006) – Gravado em apenas duas semanas, em New York, com o produtor e multi-instrumentista Jim O’Rourke e Tim Barnes (bateria e percussão)
. Extras – Reuni aqui algumas colaborações e participações que não constam nos discos disponibilizados.
Divirtam-se!

Wikipedia

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15 comentários:

Marcia Tunes disse...

E não é que você fez a postagem da discografia, uebaaaaaaaaaaaaaa!!! Baixando tudo que não tenhoooo, obrigada! beijocas

Anônimo disse...

Babei nessa Marcellão :D

Marcello 'Maddy Lee' disse...

E aí, Márcia, beleza?
Como eu disse, já tava querendo postar os discos dela há tempos, mas teu post me inspirou a fazer isso logo de uma vez. rsrs A moça manda muito bem e a galera merece conhecer.
Obrigado pela 'inspiração'! rsrs

Faaaaaaaaala, Diegão!
Putz, véi, me lembrou a Kelly Key... rsrsrsrsrsrsrs

Abraços!
ML

Sr do Vale disse...

Sinto uma paixão ardende deste interlocutor pantanoso virtual, por essa, quer dizer pela música desta menina, alíás penso já ter ouvido alguma coisa em um café.

Abraços

Sr do Vale disse...

P.S. caso haja alguma verdade nisso, a Lud vai botar fogo em todos os discos da dona.

qua qua qua!

Marcello 'Maddy Lee' disse...

Graaaaaaaaaande Johnny Valleyman!
Meu amigo, te digo que a Lud é tão apaixonada pela moça quanto eu! rsrsrsrs
Pois você tem toda razão, um certo Carmello Café, grande amigo nosso, tinha postado essa coletânea dela lá no extinto blog dele.
Abração, meu amigo.
Valeu!
ML

Rochacrimson disse...

Excelente post!
Milhoes de obrigados ;-)

bat_thrash disse...

Não conheço, mas vou conferir jájá.
Esses dias eu estava conversando com um de meus amigos tugas e sobe que hoje emdia há fado-rock, fado hip hop e o escambau..rsrsrs.
Esses rótulos servem só pra confundir.

Beijos.

Lawrence David disse...

Os comentários foram tão positivos que vou dar uma ouvida. Mas já me apaixonei pelo 'look' da moça, que é linda!

Marcello 'Maddy Lee' disse...

Paulão, meu camarada, valeu pelo aviso!

Graaaaaaaaande Rocha!
Se eu soubesse que você gostava da moça eu já teria postado antes... rsrsrsrs

Faaaaaaaaala, queridona!
Pois é, esse papo de rótulo tá cada vez mais louco! rsrs Fico imaginando um fado hip-hop - deusmelivre!! rsrsrs
Depois me diz se gostou do som da Beth Orton, OK?

Faaaaaaaala, LD!
Depois me diga o que achou da moça além dos belos olhos azuis... rsrsrsrs

Valeu!
ML

ayresrio disse...

Grande MADDY,antes de mais nada saudações RUBRO NEGRAS,os caras deixam a gente chegar ai da nisso,rsrsrsrsr,olha a um tempinho q n~dava uma olhada pelo blog,ae dou de cara com esse post ,cara essa mulher manda muito,fiquei de boca aberta n~conhecia seu trabalho,ja arrematei tds rsrsrsr,gostei pois ultimamente,tenho procurado coisas novas,muito bom esse som,eae quando tu aparece tenho q mudar essa imagem de furão rsrsrsr,ah quanto a escalação do seu novo time,estes 2 jogadores TEARS & SOUL ASYLUM são pérolas gosto muito dos dois em particular do TEARS,inclusive a um tempo venho tentando achar um solo do Curt Smith q so tenho em k7 e a fita ta bichada, se vc souber de alguma coisa me mande um email,valeu amigão abraços.
AYRES RIO.

Marcello 'Maddy Lee' disse...

Graaaaaaaaaande Ayres!
Saudações penta-tri Rubro-Negras, meu camarada!!! rsrsrs
Véi, uns espaços e uns 'enter' facilitam bagarái a compreensão!! rsrsrs
Muito bacana você ter gostado da Beth Orton! O legal é que o som é bem bão e agrada a todo tipo de pessoas, pode rolar no carro, na hora do almoço, no trabalho, no lanche do domingão...
Não sei quando apareço no Rio, talvez em julho, mas se for antes entrarei em contato com antecedência pra você marcar na sua agenda lotadíssima. Mas sua imagem de furão vai ser dfícil de perder, meu camarada... rsrsrsrsrs
Vou ver se acho esse do Curt Smith e entro em contato. Eu só o tenho do mesmo jeito que você: uma K7 bichada.
Grande abraço.
Valeu!
ML

Marcello 'Maddy Lee' disse...

Faaaaaaaaaala, Paulão!
Vai precisar de um carrinho pra carregar o pacote? rsrsrsrs
Valeu!
ML

Anônimo disse...

Nunca imaginaria que o 1º disco dela é quase de trip hop :D

Eu gostei, mesmo assim huahua

Marcello 'Maddy Lee' disse...

Faaaaaaaaala, El Pateta!
Pois é, 'quase trip-hop'. Eu me amarro em trip-hop; pra mim tem o bad trip (estilo Portishead, Massive Attack, Tricky), up trip (tipo Morcheeba, Saint Etienne).
Se a Beth Orton fizesse um disco influenciada pelo funk carioca, até acho que eu ia gostar! KKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
Abração.
ML