quinta-feira, 30 de abril de 2009

A Artesã Da Canção

A Márcia Brasil postou nesta semana lá no Contramão o disco ‘Daybreaker’ da cantora inglesa Beth Orton, o que me fez lembrar que há tempos venho adiando uma postagem com a discografia da moça. Então, aí está; antes tarde...
Beth Orton ficou conhecida no começo de sua carreira por ter participado no disco ‘Exit Planet Dust’ da dupla de música eletrônica The Chemical Brothers (na faixa ‘Alive Alone’) e, também, por fazer um som que ganhou o insólito rótulo (sempre tem um rótulo...) de ‘folktronica’, justamente por misturar música folk com batidas eletrônicas (dãããã... rsrs), tendendo ao trip-hop.
Na verdade, essa mistura só está presente assim mais evidentemente em seu primeiro disco, ‘SuperPinkyMandy’, lançado somente no Japão, que foi produzido por William Orbit (que era o namorado dela, na época), logo após a contrubuição de Orton em seu disco 'Strange Cargo III'. A partir de ‘Trailer Park’, que ela considera como seu verdadeiro primeiro disco solo, ela se dedicou ao folk com pitadas de rock e pop, tendo, em poucas canções, uma ou outra batida eletrônica.
A música dessa inglesa de Norwich é aparentemente simples, mas suas composições têm tanto sofisticação quanto beleza, o que acabou conquistando muitos artistas relevantes, sendo que vários deles chegaram a participar em seus discos, como Ben Harper, Terry Callier, Ryan Adams, Ben Watt (Everything But The Girl), Johnny Marr, Emmylou Harris, Jim Keltner, Jim O’Rourke e M Ward.

Eu tive o prazer de assistir a um pequeno show dela, bem no início da carreira, e desde então virei fã, não só pela aparência da menina (rsrsrs) e pela sua voz deliciosa, ou pelo belíssimo exemplar de violão Gibson que ela estava tocando (rsrsrs), mas principalmente pelo seu talento em construir melodias e canções, daquele tipo que dá vontade de cantar junto o show inteiro. Aliás, suas canções tem mesmo esse apelo: o de nos convidar a cantar e refletir sobre suas letras. Beth Orton é uma verdadeira artesã da canção.

Os discos que estou disponibilizando aqui são:

. ‘SuperPinkMandy’ (1993) – Esse CD era bem raro de se encontrar, já que somente 5.000 cópias foram editadas, mas graças ao sucesso dos outros discos ganhou uma nova edição. É o que tem a maior quantidade de elementos da música eletrônica.
. ‘Trailer Park’ (1996) – Foi indicado em duas categorias do Brit Awards (Melhor Revelação e Melhor Artista Feminina) e o single de ‘She Cries Your Name’ figurou no UK Top 40; com esse álbum ela também ganhou o Mercury Prize.
. ‘Best Bit’ EP (1997) – Conta com a participação de Terry Callier em duas canções (‘Dolphins’ e ‘Lean On Me’)
. ‘Live At Sessions At West 54th’ (1998) – Este não é propriamente um CD, mas o registro de áudio da apresentação no programa americano de TV chamado Sessions At West 54th. Se não me engano, uma ou duas faixas estão com pequenos problemas, mas que não chegam a comprometer totalmente a audição.
. ‘Central Reservation’ (1999) – Algumas canções desse disco são levadas somente por voz e violão, em outras é acompanhada por Ben Harper (‘Stolen Car’ e ‘Love Like Laughter’) e Terry Callier (‘Pass In Time’), além disso, traz as participações de Dr Robert (da banda The Blow Monkeys) e Ben Watt (Everything But The Girl). Com este disco ela ganhou seu segundo Mercury Prize.
. ‘Concrete Sky EP’ (2002) – Na verdade, é o single que precedeu o disco 'Daybreaker'; essa canção, que é uma parceria dela com Johnny Marr, tem Ryan Adams fazendo a segunda voz e também tocando piano e guitarra.
. ‘Daybreaker’ (2002) - Este disco surgiu de 25 músicas que Beth gravou com sua banda em duas semanas, mais os trabalhos que vinha fazendo em parceria com Johnny Marr e Ryan Adams.
. ‘The Other Side Of Daybreak’ (2003) – Versões remixadas das músicas do disco ‘Daybreaker’.
. ‘Pass In Time: The Definitive Collection’ (2003) – Coletânea que traz os maiores sucessos, b-sides, participações em discos de outros artistas e algumas raridades.
. ‘Comfort Of Strangers’ (2006) – Gravado em apenas duas semanas, em New York, com o produtor e multi-instrumentista Jim O’Rourke e Tim Barnes (bateria e percussão)
. Extras – Reuni aqui algumas colaborações e participações que não constam nos discos disponibilizados.
Divirtam-se!

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quarta-feira, 29 de abril de 2009

Inauguração do Boteco dos Bloggers!


Atenção galera: numa iniciativa conjunta, os blogs irmãos se juntaram para criar um novo blog onde seus fundadores e colaboradores postarão aqueles discos que não se enquadram em seus próprios blogs. Nesse novo espaço, com clima de barzinho, vai poder rolar de tudo, sem exceção, ou seja, tudo aquilo que foge ao padrão ou tudo aquilo que o sujeito sente vergonha de dizer - hehehe...

O projeto, batizado de 'Boteco dos Bloggers', conta com 12 blogs participantes e 16 colaboradores, podendo aumentar.

Convocamos todos nossos visitantes para participarem deixando seus comentários a respeito dos discos postados.

A grande inauguração será na próxima sexta-feira e terá farta distribuição de cerveja (virtual) e de caipirinha (virtual), tudo 'di grátis'.

Vamos lotar a casa galera!!!

Os blogs que participam do projeto são:

Cordas, Bandas & Metais Atitude
Underground Bebedouro

Seres da Noite / Collective Collection

Hard & Heavy

Gravetos & Berlotas

Fuxucamarimbondo Rock 'n' Geral

O Pântano Elétrico

Fireball

Let's Rock

Lu Gasp - Pra Cima Com A Viga Moçada!

Stay Rock

Rockkk and Rulezzzz


O endereço é:
http://botecodosbloggers.blogspot.com/

Como eu já posto de tudo que é tipo de som por aqui a única diferença é que, lá, pouparei vocês desses textos que eu faço... rsrsrs

domingo, 26 de abril de 2009

Zappeando No Domingão (5)

A preguiça continua imperando, então vou aproveitar a colaboração espontânea do camarada e zappamaníaco Lawrence David, que me enviou esse ótimo e divertido texto sobre o ‘Joe’s Garage’.
Um bom domingo e uma ótima semana para todos!

E se a Música se tornasse ilegal?

Imagine se uma vizinha idosa, que não gosta de barulho implicasse com você por causa dos ensaios de sua banda de garagem? Ela lhe denuncia à polícia. Você é preso e vai pro xilindró, acusado de ‘atividades ilícitas’. Ela ainda menciona algumas palavras agradáveis para o oficial, 'Ele era um ótimo garoto e até costumava cortar minha grama'.
Sua namoradinha pira vendo você preso. Ela não aguenta viver sem ter um músico pra tietar. Assim, acaba indo morar no ônibus dos roadies de uma banda de rock famosa. Ela até que é bem esperta, e não suporta a monotonia da sua pequena e pacata cidade, tipicamente norte-americana. Assim, ela vira uma Maria Batalhão daquele conjunto, passando na roda, dia após dia.
Enquanto isso, já engaiolado, os policiais apresentam-lhe um pastor de uma seita religiosa, ‘A Nova Igreja da Apologia dos Eletrodomésticos’. Ele lhe convence a andar na linha, mas, para isso, você deve falar sempre alemão e começar a namorar alguém direito, diferente daquela sua suja namoradinha. Que tal uma torradeira elétrica? Ou quem sabe um aspirador de pó robô? rsrsrsrs ...
Sem dúvida eles são melhores do que aquelas fingidas patricinhas católicas que no fundo estão loucas pra fazer 'tudo' com um belo rapagão idiota. Então você vai a um bar ‘dar uma cantada’ em alemão em um futuro pretendente. Vocês vão para cama, mas seu desejo é tão intenso que você detona o robozinho. Os hômi chegam e aí, não tem mais volta, vai para um presídio onde estão os piores tipos da sociedade. Por seu crime ser sexual, você vai passar por um ritual de passagem, e será traçado pelo mais bem dotado dos detentos. A humilhação é tão grande, você fica tão mal que começa a morrer, por dentro e por fora.
Antes, em sua imaginação, você repassa toda a sua existência, e pensa que poderá sair da cadeia. Em delírios, vê sua namorada filosofando: ‘Informação não é conhecimento; conhecimento não é sabedoria; sabedoria não é verdade; verdade não é beleza; beleza não é amor; amor não é música; música é o que há de melhor!’...
Então, agonizante, você se sente pesado, como uma melancia num ninho de páscoa, e ainda se dá ao trabalho de imaginar um último e épico solo de guitarra ...
Essa fábula pós-moderna e surrealista é a ópera-rock mais famosa de Frank Zappa, ‘A Garagem de Joe’, apenas mais uma monumental obra desse gênio da música, e que marca sua enorme contribuição para a cultura ocidental.
Saudações Zappísticas!
LD.

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quarta-feira, 22 de abril de 2009

Bruce Soord - O Ladrão De Abacaxi (Atualizado)

(ATUALIZADO!)

The Pineapple Thief começou como um projeto de Bruce Soord (vocais, guitarras, teclados e programações de bateria) quando ele ainda fazia parte do Vulgar Unicorn. Em 1999 ele lançou o disco ‘Abducting The Unicorn’, que recebeu muitos elogios da crítica e logo amealhou uma boa legião de fãs.

No início, Bruce contava com a ajuda, em estúdio, de Nick Lang (bateria, programações de bateria e teclados) e Mark Harris (baixo), logo o irmão de Bruce, Adrian (teclados), também se juntou ao grupo. Depois que o Vulgar Unicorn deu seu último suspiro, e com o sucesso do primeiro disco do TPT, esta se tornou sua prioridade; então, para poder se apresentar ao vivo, juntaram-se a ele os músicos e amigos Wayne Higgins (guitarras e vocais de apoio), Jon Sykes (baixo e vocais de apoio), Matt O'Leary (teclados) e Keith Harrison (bateria e vocais de apoio), que acabou se transformando na banda definitivamente. Antes de gravarem ‘Little Man’, o tecladista O’Leary os deixou e Steve Kitch entrou em seu lugar. Desde então não houve mais mudanças e, assim, com essa estabilização, lançaram três discos em três anos.

Talvez um bom meio de explicar o som desta excelente banda seja traçando uma reta que começa no Smashing Pumpkins e acaba no Porcupine Tree; bem no meio dessa reta se encontra o The Pinneaple Thief. Seria como se pegássemos as músicas do Smashing Pumpkins que tem uma veia mais progressiva e as levássemos mais adiante, temperando-as com o estilo espacial da banda de Steven Wilson. As três bandas também têm outras coisas em comum como o fato de estarem focadas na figura do vocalista-guitarrista-compositor e, também, seus nomes horríveis e botânicos. (rsrsrs)
Nos primeiros discos, a voz e a forma de cantar de Bruce Soord é bem parecida com a de Billy Corgan; alguns timbres e levadas de bateria também se parecem muito com as do disco ‘Adore’. Com o passar do tempo podemos perceber também alguma influência do Radiohead, mas todas essas similaridades foram ficando pra trás com a evolução do trabalho e a banda formou uma identidade própria e personalíssima, já que funde como nenhuma outra o rock alternativo e o progressivo, de forma bastante homogênea, madura e autêntica. Além disso, eu gosto muito de todo o trabalho de guitarra deles, com timbres e efeitos muito bem colocados e de muito bom gosto.

Eu já estava querendo postar esses discos há bastante tempo, porém até hoje não consegui o disco ‘10 Stories Down’, de 2005, então fiquei adiando até que o encontrasse dando sopa por aí. Trocando e-mails com nosso amigo DiegoProgshine’, um fã confesso de Smashing Pumpkins e Porcupine Tree, eu fiquei sabendo que ele pouco conhecia o TPT, então, para sanar essa grave falha (rsrs) do amigo, resolvi disponibilizar essa discografia incompleta – também na esperança de que alguma alma caridosa que tenha o disco que está faltando possa nos fazer as honras. Estão aqui incluídos, também, os discos bônus ‘8 Days’ e ‘8 Days Later’, que acompanham os discos 'Variations On A Dream' e '10 Stories Down', respectivamente.
Divirtam-se!

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ATUALIZAÇÃO

Galera, graças ao Mestre dos Magos, também conhecido como Hebag (rsrsrs), comandante-em-chefe do blog Dead Man (e a quem devo meu ingresso nesse universo de blogs dedicados à Música), que me presenteou com o disco que estava faltando, ‘10 Stories Down’, agora posso disponibilizar aqui a discografia oficial completa do The Pineapple Thief Hebag, muitíssimo obrigado pela ajuda!


ESTA POSTAGEM FOI REATUALIZADA EM 13/09/2012 - LINK AQUI

domingo, 19 de abril de 2009

Zappeando No Domingão (4)

Uuuuuaaaaaahhhh!... Que preguiça danada! Nesse domingão de zappatia total, nem texto vai ter. Só de olhar pra essa foto dá mais vontade de bocejar...
Divirtam-se, porque eu vou zappar...

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quarta-feira, 15 de abril de 2009

Rock Pauleira Na Moleira

Rotular o estilo de som de uma banda é uma tarefa ingrata hoje em dia, com tantos gêneros, subgêneros, ramificações... Parece até ser necessário montar um tipo de árvore genealógica pra cada som que a gente vai escutar; já me peguei lendo por aí uns rótulos do tipo laptop folk, romantic doom metal, grindcore sludge ambient metal – aí eu me pergunto: hein? Whataporraisthat?!?!?! rsrsrs Que tipo de som você acha que deve ser, por exemplo, glitch, leftfield, grime, psych-drone ou (pra complicar) shoegaze ambient alt gothic black metal?
Por conta disso, volto ao meu passado distante, quando as coisas eram bem mais simples; dentro do rock, por exemplo, existiam: pop rock, rock & roll, rock psicodélico, rock progressivo e rock pesado em geral (também chamado de rock pauleira) - e que englobava o hard e o heavy metal de bandas como Led Zeppelin, Black Sabbath e Deep Purple, que não só viraram ícones, mas como influenciaram trocentos zilhares de bandas que vieram depois. É claro que também existiam alguns subgêneros, como glam, surf, bubble gum e por aí vai, mas a coisa era bem mais clara que hoje em dia.

Toda essa digressão aí de cima é pra justificar que só tenho como caracterizar o som que o guitarrista e vocalista Scott ‘Wino’ Weinrich faz como rock pesado; já que não chega a ser exatamente um heavy metal, é bem mais pesado que um hard e muito mais stoner que rock psicodélico, entre outras variações; até porque eu nunca consegui engolir muito bem o rótulo ‘doom metal’, que sempre está associado ao maluco, da mesma forma que stoner e metal em geral.
Pois bem, Wino faz um tipo de rock pesadão com raízes fincadas em bandas como Black Sabbath, Pentagram e Motörhead, e que começou a surgir nos anos 80, principalmente com as bandas Trouble e Saint Vitus, da qual ele fez parte. O maluco acabou virando um ícone do estilo, tendo participado de outras bandas muito boas (todas elas com a formação de power trio) e, também, colaborando com outras bandas e amigos que se dedicam ao rock pesado, sempre empunhando sua Gibson Les Paul (o que, para mim, quer dizer muita coisa, já que sou fã assumido desse instrumento específico). Ele ainda está na ativa e acaba de lançar seu primeiro disco solo, ‘Punctuated Equilibrium’; então resolvi fazer essa postagem em homenagem ao cara, esse trabalhador incansável.

Os discos disponibilizados aqui são, em sua maioria, os discos de estúdio, oficiais, de cada uma das bandas em que Wino esteve presente, mas também adicionei um ou outro EP ou single. Todos, sem exceção, foram tirados de alguns blogs ao longo dos últimos anos, principalmente do finado Stoned Forever.

A inspiração pra esse post, especificamente, veio de um ‘passeio’ que fiz recentemente pelo blog Hard & Heavy, onde achei os álbuns do Pentagram que me faltavam e muitos outros de rock pesado e metal, inclusive os discos do Place Of Skulls, uma das bandas em que Wino tocou; mas vi que lá faltavam as outras em que ele participou, inclusive as minhas favoritas, The Obesessed e Spirit Caravan. Então resolvi, dessa forma, fazer também uma homenagem ao Dagon e ao Hard & Heavy, não só pelos serviços prestados, mas também pela simpatia dele e da equipe H&H.
Então, taí, Dagon, acabou o suspense! Espero que você e todos mais curtam esse som pesadão, sem frescuras e de extrema qualidade do Wino.
O link do Place Of Skulls aqui postado foi ‘roubado’ do H&H, sem autorização prévia da equipe, mas se resolverem me processar, eu posso oferecer um propinato de subornol em forma de kuanzas... rsrsrsrsrsrs
Quem quiser saber mais um pouco sobre o Wino, as bandas da qual ele fez parte e tudo o mais relacionado, aqui vai um link pra página dedicada a ele na Wikipedia.
Como sempre, divirtam-se e, se puderem, comentem!


Saint Vitus


Born Too Late (1987)
9 faixas, VBR 160-192, 63,34mb – Sharebee

Mournful Cries (1988)
6 faixas, 256k, 60,69mb - Sharebee

V (1989)
8 faixas, VBR 160/192, 46,88mb – Sharebee


The Obsessed


The Obsessed (1990)
9 faixas, 192k, 44,5mb – Sharebee

Lunar Womb (1991)
12 faixas, 320k, 89,56mb – Sharebee

The Church Within (1994)
13 faixas, 160k, 55,59mb - Sharebee


Spirit Caravan


Jug Fulla Sun (1999)
13 faixas, 256k
+
Dreamwheel EP (1999)
4 faixas, 256k
136,92mb – Sharebee

Elusive Truth (2001)
11 faixas, 256k
+
So Mortal Be (Single) (2002)
2 faixas, 256k
96,92mb – Sharebee

The Last Embrace (2003)
CD1: 15 faixas, 320k, 131,43mb – Sharebee
CD2: 14 faixas, 320k, 120,3mb – Sharebee


Place Of Skulls


With Vision (2003)
12 faixas, 256k, 91,61mb – Sharebee


The Hidden Hand


Divine Propaganda (2003)
10 faixas, 192k, 51,69mb – Sharebee

Mother – Teacher – Destroyer (2004)
11 faixas,256k, 87,82mb – Sharebee

The Resurrection Of Whiskey Foote (2007)
10 faixas, VBR 192/256, 68,99mb – Sharebee


Wino


Punctuated Equilibrium (2009)
10 faixas, VBR 160/224, 60,2mb – Sharebee

domingo, 12 de abril de 2009

Zappeando No Domingão (3)

Mais um domingão pra ficar zappado...
Dessa vez quem fez o texto foi o cidadão que mais freqüenta a caixa de comentários dessa birosca atualmente: Lawrence David, o ZappaManíaco do pedaço.
Deixem seus comentários apoiando a contratação, ou não, desse maluco – lembrando que, no caso da contratação, ele terá que fazer a conversão e o câmbio de kuanzas para pesetas venusianas (sic) por sua própria conta e risco.
Sem mais blá-blá-blá – vamos ao texto.


Zappices


Tem coisas que o só o Zappa fez. Ninguém mais ousou. Será que ainda ousarão? Provocar a conservadora classe média americana, toda poderosa irmandade do bem estar social, dos bons costumes e da vida sempre próspera. Poucos ousaram ir tão fundo. Ele quer provocá-la, ofendê-la, colocá-la na roda pra que seus valores sejam pervertidos ou desmistificados. Para obter sucesso ele usa várias estratégias.
Subverte-se o significado de música pop. Ao invés de agradar, o pop deve desafiar a ordem. É um mainstream inconforme. O próprio Zappa sempre alertou que seu som poderia ser bastante comercial, e de uma forma o é para um grupo fanático que enlouquece com suas obras musicais, que são uma síntese do século XX: blues, rock, um toque de erudição, um cheiro bom de jazz, e o instrumento que sintetiza tudo isso: a Guitarra. As tendências de cada um dos gêneros transmutam-se igualmente: politonalismo, atonalismo, música incidental e conceitual, e um bizarro gosto por Edgar Varèse. Essa é uma de suas estratégias.
Mas a mais contundente delas é escancarar as perversões e taras sexuais do norte-americano médio. Ignora-se a moral vigente, o tabu do incesto, tudo o que é normal e, com muito cinismo, se mostra o que está por trás do aparente. Como é falsa a idéia de tranqüilidade e equilíbrio. Zumbis sexômanos, bonecas de plástico, frigidez feminina, títulos de canções como ‘Prometo Não Gozar Na Sua Boca’, ‘O Êxtase Hardcore de Carolina’, ‘Garotas Católicas’, ‘Prostituta Adolescente’ ou ‘Pinguim Insensível’, vão traçando o perfil de uma sociedade hipócrita, estéril culturalmente e altamente autoritária.
O inconformismo não para por aí. Ele mete o dedo na ferida e desvela as principais mazelas da dominação das massas por uma burguesia insensível e corrupta. Já em ‘Brown Shoes Don’t Make It’, de 1967, ele conta a história de uma pai de família que é todo certinho mas tem uma amante menor de idade. ‘Quem são os policiais do teu cérebro?’, pergunta em seu álbum de estréia. Vivemos cercados por ‘Pessoas de Plástico’, verdadeiros vegetais, que só falam abobrinhas. O movimento hippie, para Zappa, não passa de um bando de adolescentes drogados que se sujeita a apanhar da polícia em suas ridículas manifestações.
É, ele é um tanto niilista, descrê de tudo, é muito sui-generis e às vezes exagera. No álbum 'Sheik Yerbouti', de 1978, ele mexe com todo mundo: com os ricaços em (‘I'm So Cute’) (sou tão fino); com Peter Frampton, transformando ‘I’m In You’ (eu estou em você) em ‘I Have Been In You’ (eu estive em você); com Bob Dylan em ‘Flakes’ (idiotas), com a onda Disco em ‘Dancin’ Fool’ (tolo dançante); nem o Complexo de Jocasta escapou em ‘Yo Mama’ (sua mamãe), onde ele recomenda que o filho não saia mais de casa para ser eternamente protegido pela genitora. Mas a canção que despertou maior ira foi ‘Bobby Brown’, onde ele simplesmente conta a história de um maioral do colégio que resolve transar com uma lésbica que lhe extirpa os testículos e acaba virando homossexual e disc jockey. Nada politicamente correto, senhor Zappa. Ainda assim, muito artístico, irônico e chocante, como só Zappa costumava ser.
E o cara ainda aprontou muitas outras. Produziu, dirigiu e protagonizou vários filmes como ‘Uncle Meat’, onde ele expõe visualmente seu ‘Projeto-Objeto’, isto é, uma obra enorme e continuada aonde vai variando literária e musicalmente os mesmos temas, sempre mudando um pouco, aperfeiçoando. Filmou ‘200 Motels’ em que Ringo Starr faz o papel de Zappa e Keith Moon o de uma freira. É uma descrição do cotidiano de uma banda na estrada.

Enfim, poderíamos falar de muitas outras facetas nos mais de 80 álbuns oficiais, no seu alter ego desenhista Carl Schenkel que fez muitas de suas capas (e o storyboard de ‘Billy The Mountain’), da ópera-rock que conta sobre um tempo em que a música se tornou ilegal e as pessoas transam com eletrodomésticos, mas esses são papos para uma próxima conversa.
Saudações Zappísticas.

Texto por Lawrence David
Links por Diego 'Progshine' Camargo

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quarta-feira, 8 de abril de 2009

O Pântano Eclético Futebol Clube (2)

Foi agendado um amistoso e quase não tive tempo de armar a equipe; os principais clubes não liberaram seus jogadores e tive que improvisar. De qualquer maneira, acho que consegui manter qualidade da seleção anterior. Então, vamos nessa que o time já está em campo e o árbitro já vai iniciar a partida.

Angra – Holy Land (1996)
10 faixas, VBR 224/320, 136,9mb – Sharebee






Muitos dos amantes do Metal odiaram esse disco, alguns críticos o elogiaram efusivamente; o mesmo aconteceu como ‘Roots’, do Sepultura. Tudo isso por conta de elementos de música brasileira contidos em ambos. Em minha humilde opinião, mesmo que a comparação não seja justa, ‘Holy Land’ ganha disparado do ‘Roots’, não só por ser muito mais inspirado e também por toda a produção e pela óbvia competência dos músicos, mas, principalmente, por ter conseguido fazer muito melhor essa fusão entre ritmos tão diferentes. Pra mim, esse é um dos discos de Metal da década de 90 que já se tornaram clássicos.
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Carlos Malta E Pife Muderno (1999)
11 faixas, VBR 224/320, 89,08mb – Sharebee





Esse disco é uma viagem por vários ritmos regionais de nosso extenso país de milhares de Culturas. A reverência por essas Culturas aqui é tratada com modernidade, ótima produção e a genialidade de Carlos Malta e todos os músicos do Pife Muderno, com destaque para o sempre surpreendente Marcos Suzano (o ‘Jimi Hendrix do pandeiro’). O disco ainda conta com as participações de Lenine e Pedro Luís & A Parede.
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Cypress Hill – Black Sunday (1993)
14 faixas, VBR 224/320, 97,89mb – Sharebee





Eu já disse aqui no blog que não sou muito chegado ao rap/hip hop, mas esse disco é fenomenal; já tem mais de 15 anos e ainda não enjoei dele, acho que por causa do estilo mais ‘largadão’ dos caras, o tom cínico e debochado, além dos samples muito bem sacados (entre muitos, tem ‘The Wizard’, do Black Sabbath e ‘Son Of A Preacher Man’, de Dusty Springfield). Além disso, o sincero engajamento deles em prol da ‘erva do diabo’, a tal da Mary Jane, é válido e muito bem defendido no encarte.
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The Jimi Hendrix Experience – BBC Sessions (1998)
CD1: 18 faixas
CD2: 19 faixas
Parte 1: VBR224/320, 110,06mb – Sharebee
Parte 2: VBR 224/320, 117,73mb – Sharebee

Jimi Hendrix era um músico que mandava muito bem tanto no estúdio quanto ao vivo, com suas surpreendentes improvisações e toda a genialidade e entrosamento da banda. Aqui nós podemos ouvi-los, de uma certa forma, unindo seus dois habitats, ou seja, tocando ao vivo nos estúdios da BBC, com a maestria de sempre. Vários dos seus clássicos aparecem em versões matadoras. Como curiosidades, as participações de Alex Korner, tocando slide em ‘(I’m A) Hoochie Coochie Man’, e Stevie Wonder, mandando ver nas baquetas em ‘Jammin’’ e ‘I Was Made To Love Her’.
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Next Five Miles Vol. 1 (1995)
18 faixas, VBR 224/320, 134,52mb – Sharebee






Essa coletânea foi produzida pela Warner, e apresenta algumas bandas de vários estilos de rock alternativo do seu cast; são elas: Mudhoney, The Flaming Lips, Babes In Toyland, Filter, The Muffs, Wilco, Goo Goo Dolls, Poster Children e Seven Day Diary; cada uma aparece com duas faixas dos discos que lançaram naquele ano (1995).

Quella Vecchia Locanda – Il Tempo Della Gioia (1974)
5 faixas, VBR 224/320, 70,75mb – Sharebee





Clássico total do rock progressivo italiano, pra lá de essencial em qualquer coleção. Lembro quando comprei esse LP, com sua capa maravilhosa e um vinil de qualidade superior (coisa rara entre os lançamentos italianos); paguei caro, mas valeu cada Cruzeiro! rsrsrsrs
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Sagrado Coração Da Terra (1985)
10 faixas, VBR 224/320, 80,08mb – Sharebee





Para mim, esse é o melhor disco do Sagrado, um disco maravilhoso, com ótimas composições e passagens belíssimas do violino de Marcus Viana; pena que ele não tenha mantido a qualidade deste nos discos posteriores...
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Soul Asylum – Grave Dancers Union (1992)
12 faixas, VBR 224/320, 94,34mb – Sharebee





No auge do grunge o Soul Asylum, que já não era uma banda tão nova assim e que não fazia um som aos moldes das bandas de Seattle, lançou esse disco recheado de hits, mostrando todo o seu potencial. Estourou, vendeu horrores, teve ao menos 4 clips de alta rotação na MTV e ‘Grave Dancers Union’ acabou virando um clássico. Tudo isso foi justo, porque o disco é realmente excelente, todas as músicas têm forte apelo e alta qualidade. Com pouco mais de 16 anos, é um disco que cai bem até hoje.
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Tears For Fears – Elemental (1993)
10 faixas, VBR 224/320, 100,95mb – Sharebee





Depois do mega sucesso do disco ‘The Seeds Of Love’ e da seqüente e traumática saída de Curt Smith, ninguém esperava que a banda voltasse à ativa; mas Roland Orzabal foi persistente e lançou esse disco quase que num esquema ‘solo’, onde sobram farpas para o desafeto Smith e, também, estreou seu penteado com chapinha progressiva (como podemos ver no encarte – rsrsrsrsrsrs). Mas o que interessa aqui é a Música e ‘Elemental’ é primoroso, com vários destaques, entre eles ‘Brian Wilson Said’, um ‘não-hit’ sensacional.
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Uriah Heep – Live (1973)
13 faixas, VBR 224/320
Parte 1: 91,27mb – Sharebee
Parte 2: 65,14mb – Sharebee





Pensei em postar esse disco naquela QuintAlive, porém achei que alguém o postaria e acabei desistindo. Como até agora não foi postado lá no Seres da Noite, eu vou aproveitar a oportunidade pra disponibilizar aqui esse discaço do Uriah Heep, um dos poucos ao vivo que figuram no meu top.
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Working Man – A Tribute To Rush (1996)
13 faixas, VBR 224/320, 148,29mb – Sharebee





Vários artistas do Metal se juntaram pra fazer esse tributo à banda do meu irmão Gary e seus amigos Alex e Neil, e o resultado final é excelente! A única exceção é a participação do detestável Eric Martin (vocalista do Mr Big) que conseguiu transformar em ‘baba’ uma das músicas mais insossas do Rush (‘Mission’, do disco ‘Hold Your Fire’). Entre os participantes estão: Fates Warning, músicos do Symphony X e do Dream Theater, além de Billy Sheehan, Stuart Hamm, Steve Morse, George Lynch, Jake E. Lee, Deen Castronovo, Sebastian Bach e Devin Townsend; além disso, a produção é de ninguém menos que o lendário Terry Brown.
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