quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
O Violeiro Brasileiro
Almir Sater - Instrumental Dois (1990)
Digo pra vocês: TV não é o meu forte... Quase nunca tenho tempo pra ver nada e quando tenho, prefiro me aventurar num desses canais de filmes e séries, tipo TeleCine, HBO, WB, AXN, ou então zapeio entre alguns Channel como Discovery, History, etc. Na TV aberta, no máximo, vejo o Jornal Nacional ou um futebol. Então, foi com grande surpresa que outro dia, zapeando por aí, me deparei com a reprise da novela 'Pantanal' (e no SBT!?!). Lembro quando essa novela passou, originalmente, na TV Manchete, e causou um rebuliço danado por causa das atrizes nadando nuas nos rios do pantanal, as tomadas sem fim mostrando as belezas da região, as músicas (chaaaaatas...) do Marcus Vianna e a participação de dois grandes músicos que acabaram se revelando ótimos atores: Sérgio Reis e Almir Sater.Sérgio Reis começou na época da Jovem Guarda, mas logo se voltou às suas raízes do campo e se dedicou à música regional. Almir Sater, um mato-grossense de Campo Grande, desde moleque toca a viola caipira (que é como um violão de 12 cordas, mas com duas a menos – dãããã... – e com uma grande variedade de afinações) e acabou se transformando em um virtuose do instrumento; além da viola ele também toca vários tipos de violão. O primeiro registro fonográfico de Sater já era dedicado à música regional, onde cantava e tocava e ainda contava com a ilustre presença da cantora Tetê Spíndola; mas foi em seus álbuns instrumentais que ele pode nos mostrar toda a sua classe não só como músico e intérprete, mas também como compositor de várias ótimas obras musicais.
Graças à reprise da novela me lembrei de Almir Sater e seus discos - assisti um pouco do capítulo, mas o violeiro Trindade, que vendeu a alma ao cramulhão em troca de ser um exímio violeiro (o Robert Johnson do Pantanal...) tinha sumido da fazenda -, e, mais exatamente, do único disco que ainda tenho dele: o belíssimo ‘Instrumental Dois’.Resolvi, então, fazer essa homenagem ao grande violeiro Almir Sater, disponibilizando aqui esse disco que pode surpreender os mais desavisados, os preconceituosos e até mesmo aqueles que costumam gostar dos discos que posto por aqui e que ainda não o conhece. É um disco que indico para todas as pessoas que gostem de Música; talvez só seja contra-indicado para headbangers e pessoas sem sensibilidade e mau gosto... Não vou rasgar mais sedas, nem estragar a beleza desse disco com os mesmo adjetivos de sempre. Vá logo até o link e baixe essa maravilha! E depois faça um comentário caprichado sobre suas impressões, só pra variar um pouco... rsrsrsrs
Wikipedia
Instrumental Dois
10 faixas, VBR 224/320, 67,89mb – Sharebee
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26 comentários:
Eu teconheço o valor de todos os artistas citados, mas não gosto de música regional.
Bat Kiss.
Falaaa... Maddy!, este tem história.
Lembro, anos e anos atrás, fui num show no espaço Funarte, aqui em Sampa, tinha eu e mais umas poucas pessoas, umas 5, para ver aquele desconhecido que desplugou seu violão/viola e sentou na beira do palco e cantou, tocou e contou histórias como se tivéssemos em uma festa; já era um grande artista: Almir Sater.
Tenho os dois instrumentais dele, recomendo!
Abração
ns
Minha linda BatSobrinha dos cabelos vermelho-fogo,
deixe de lado o preconceito e se dê essa chance, porque o disco é diamante puro. Esqueça que é brasileiro, regional ou qualquer outra coisa, porque é Música Universal, excelente como todas deveriam ser.
Graaaande Noslen!
Que grande prazer esse, hein, meu amigo?!?!! Me lembrou duas coisas:
. Um show com Guinga e Hermeto Pascoal no Jazzmania em que só tinha umas 10 pessoas; eles chamaram todos pra perto do palco e fizeram um show mais do que memorável, com muito bate papo e interação (Hermeto fez de nós sua 'orquestra' - rsrsrs); parecia uma roda de amigos na sala de casa - sensacional!
. Em 1990 participei da produção do show do Almir Sater no Teatro Nacional de Brasília, na sala Villa-Lobos, e tive o prazer e a honra de bater um longo e bem humorado papo com o violeiro e seus músicos, e ainda aprendi um bocado sobre as mais loucas afinações que ele usa, cada uma com um nome mais doido que o outro, tipo Rio Acima, Rio Abaixo... rsrsrsrs
Abraços pro cara e um beijo pra menina.
Valeu!
ML
Porque é que ainda me surpreendo com os posts do Sr Marcelo? hahaha
Me surpreendi (pro bem) com o post, não só gosto, acho que o Almir (nome de um tio meu) Sater é um dos melhores compositores da nossa terra.
Acho que é minha coisa 'do sítio' lembrar de quando era bem criança em SC, mas as músicas dele sempre me trazem boas lembranças, vou até ouvir esse disco de novo agora :)
Diiiiiiiga, Galã!!!
As Maddyleetes estão tocando o terror lá na Coluna Anti-Social, hehehe.
Tenho os dois 'Instrumental' e...são lindos pracaralhoabeça! O que esse desgramado toca é brincadeira. E suas composições são de uma beleza incomparável.
MINHA Bat Niece, baixe e ouça. Escute SEUS tios e não te arrependerás
É Marcello
Como eu sempre digo, preconceito é uma merda! Também achava que o Almir Sater só tocava aquelas músicas sertanejas tradicionais que não me gradam em nada. Baixei esse disco e fiquei de cara, o som lembra muito um estilo New Age do tipo Michael Hedges. Muito bom!
Por falar em Michael Hedges voce conhece este disco: Aerial Boundaries de 1984? (http://www.megaupload.com/pt/).
Vale a pena.
Grande abraço
Nino.
Acabei de falar mal de vc no blogue do outro tio...LOL!
Foi publicado agora.:P
Olá Marcello,
Put!!!que legal encontrar este álbum por aqui, Almir é muito bom, já foi gravar até em Nashville...é assim?sei lá...enfim...Meu sangue de Montanhês, mineiro ensimesmado adora fogueira, boa prosa, comes e bebes e uma roda de viola...noite quentes de estrelas no quintal....noites geladas ao lado do fogão de lenha...e o povo lá falando, cantando e bebendo....hehehehe...."BÃODIMAISDACONTASÔ!"
Se não me falha a memória, a última faixa é uma canção do folclore do Vale do Jequitinhonha", onde Sater conta com a participação do músico/ator mineiro Saulo Laranjeiras....
Aqui dentro deste amante do rock 'n' roll mora um caipira muidoidin...
[]ão
Este é sem dúvidas um dos expõentes da música instrumental nacional, junto com meu conterrâneo Dilermando Reis, Baden Powell, Yamandu Costa e tantos outros que com muita luta e força de vontade conseguem sobreviver porque são extraordinários, são raros...
Parabéns pela lembrança
Grande Abraço
A propósito Mad,
Seguindo a idéia do Grande Miguellito adotei um desenho (foto) também para facilitar ser reconhecido.
Grande Abraço
Faaala Diegão,
espero que no sítio tenha eletricidade ou que seu i-pod não fique sem bateria... rsrsrsrsrsrs Afinal nem toda fazenda é igual à do José Leôncio e conta com um violeiro desse naipe! rsrsrsrsrs
Se você se surpreendeu com o post então algumas das minhas metas estão sendo cumpridas! rsrsrsrsrsrs
Digaííí, ô das Berlotas!
Se a NOSSA (OK...) sobrinha se der ao luxo de baixar o disco, é capaz de depois aparecer aqui fumando um cigarrim de páia e tomando uma branquinha só pra curtir uma lezêra na rede da varanda... rsrsrsrsrs
Já vi o rolo por lá, mas nem me lembro se voltei a comentar; deixa eu terminar aqui que apareço pra um café com chocolate da primeira-dama.
Graaaande Nino!
Pois é, preconceito é uma merda, mesmo... Como eu tento não os ter, também gosto dessa verdadeira música sertaneja - seriam essas nossas roots?!?! rsrsrsrsrs -, de caras como o Sater, Renato Terra e Guilherme Rondon, entre outros.
Não só conheço como também gosto muito de Michael Hedges e vários outros do estilo - uma dica: procure aqui no Pântano os discos que já postei da Windham Hill, todos valem muito a pena.
Minha linda BatSobrinha,
então você primeiro beija e depois senta a cacetada? rsrsrsrsrs Já vou lá ler o que você andou falando de mim... rsrsrsrsrs
Biiiiiig Brother Clash!
Cara o Nashville tá certo o que não tá certo é putz sem z ou puta sem a... rsrsrsrsrssrs
Tua memória até que ainda tá bem boa, mesmo com tanta brenfa e cachaça detonando seus neurônios de tribuno!! rsrsrsrsrs Convivo com uma mineirinha que me disse praticamente as mesmas coisas que você quando botei pra ela ouvir esse disco, tudo mui'bãodimaisdacontasô... rsrsrsrsrsrsrs
Faaaaaala, Rosé Renato!
Graças aos céus temos vários músicos de primeiríssima categoria nesse país injusto! Eu ainda acrescentaria à sua lista umas figuras como Egberto Gismonti, Guinga, Hermeto Pascoal, Sivuca, Bonfá, Deodato... Isso só pra ficar em alguns. rsrsrsrsrs
Acho que conheço esse desenho que você escolheu...
Valeu, valeu, valeu!
Abraços pros camaradas e um beijaço pra sobrinha que anda falando mal de mim por aí... rsrsrsrssrs
Falou em Gismonti, é comigo mesmo! Meu maior ídolo da música instrumental nesse país e um dos maiores do mundo. Tive 2 workshops com ele na época de conservatório e aprendi mais do que nos 2 anos e pouco que passei estudando lá.(Acho que) tenho tudo do cara mas dá uma preguiiiiça de fazer um post...
Quem sabe um dia? Afff...já comecei a arrumar sarna pra me coçar.
[]ões a todos
Grande Med!
Eu sou o maior admirador do Pântano e do seu belo trabalho aqui prestado para a divugação da boa musica. Gostaria de contar com a sua ajuda em divulgar com uma pequena nota de que o ROCKSESSION não acabou só está fechada para balanço e que voltará com outro nome e nova cara para todos aguardarem..é possivél!!! desde já agradeço a sua amizade para com a nova EQUIPEGROB.
Abraços Musicais
MTB
Epa Marcello, Almir é muito bom de se ouvir. Especialmente esse cd que é o meu preferido. A primeira música me lembra até gilmour na levada. hehehehe E a mão pesada do Agnelli já bateu por essas bandas aí? rsrsrs Abraço!
Faaaaaaaaaaala, hombre!
Meu amigo, o Gismonti é genial! Deixa de ser preguiçoso e faz logo essa presa pra gente, carajos!! rsrsrsrsrsrs
Eu falei ali do Gismonti e depois lembrei que, quando comecei a me preparar para upar o CD, ia meio que fazr um paralelo entre esse disco do Almir Sater com os discos do Marco Antônio Araújo... Depois a PVI me fez esquecer por completo desse sensacional violonista e compositor mineiro. A oportunidade pasou, mas eu não poderia de deixar de falar dele também; pelo menos aqui nos comentários.
Faaaaala, Moisés, El Roque Sessión!
Meu camarada, você vai mudar de endereço também? Acho que já que só os seus links foram deletados (coisa do maldito Mediafire) e não as postagens em si (ou seja, não foi coisa do Blogger), você deveria continuar na mesma casa de sempre; é claro que mudanças e melhorias sempre são bem vindas.
De qualquer maneira, farei uma postagem especial sobre isso nos próximos dias, pode ficar tranks.
Graaaaaande Rodolfo!
Cara, eu nunca tinha me ligado nessa levada 'gilmouriana' da primeira música... Vou ater dar uma conferida novamente pra conferir.
O bicho da crise tá pegando por aqui, porém muito mais light do que eu imaginava que seria; o Senhor dos Agnellis (rsrsrsrsrs) sabe o que faz.
Valeu, meus camaradas!
Abração.
ML
Meu caro monstro pantanoso, o menino toca muito, gastei uma fita k7 de tanto ouvir o pontiado da viola.
O ano passado fui ao Embú das Artes e fiquei sabendo que no dia anterior, Almir Sater deu um show, di gratis pra moçada e que em quase duas horas de som, só teve tres músicas com vocal, o resto do show o cara segurou no instrumental, imagina só meu arrependimento de ter perdido por pouco um showzaço.
Bom hoje vim aqui, pra te falar de um som que tô curtindo a bessa e se você não conhece, eu recomendo, é só ir lá no Pirata's e pagar um café para nosso amigo Brito, que o cara descola.
abraços
http://piratasmusic.blogspot.com/search/label/AERA
Tb me surpreendi com o post, mas uma excelente recomendação!
de qual ano é esse Instrumental 2?
Mr Valleyman!
Esses shows que perdemos por pouco e depois ficamos sabendo que foram sensacionais dão uma raiva danada... rsrsrsrsrsrs Já assisti a alguns shows do Almir Sater, mesmo naqueles em que têm mais músicas cantadas, também têm várias instrumentais; inclusive, as canções sempre ganham novos arranjos que privilegiam o instrumental.
Aera já é velho de guerra, realmente muito bom.
Ana, seja bem vinda!
O LP foi lançado em 1990 e depois o CD em 1995. Deixei um link pra Wikipedia, caso você queira fazer mais alguma pesquisa sobre o Almir Sater.
Abraços.
Valeu!
ML
obrigada Marcello!
Eu sempre tive uma queda pelo Almir Sater, mas nunca tive a oportunidade de apreciá-lo. Agora essa oportunidade chegou! Valeu!
Por acaso vc teria o primeiro instrumental?
Aliás, quero parabenizá-lo pelo blog, é de excelente bom gosto!
Aproveitando, deixo aqui o o link para o blog que produzo. É a versão na internet para um programa de Progressivo de Curitiba, que vai ao ar a mais de 10 anos:
http://www.artrock.wordpress.com/
Abraços!
Ana
Ana,
tenho uma amiga que não tinha uma queda, mas uma série de tombos pelo cara... rsrsrsrsrs Quando ficou frente a frente não conseguia nem falar, ficava com uma mão balançando a caneta nervosamente e com a outra se abanava com o disco... rsrsrsrs
Eu não tenho o primeiro instrumental, mas você pode encontrá-lo no excelente blog Abracadabra, onde estão postadas várias pérolas brasileiras.
Toma um link direto pra lá http://abracadabra-br.blogspot.com/ ou então baixe o disco aqui http://rapidshare.com/files/1383421/Almir_Sater_-1985-_Instrumental_Um__320_.rar
Agradeço pelas suas cordiais palavras e pelos elogios. Logo, logo vou visitar seu blog...
Grande abraço.
Valeu!
ML
haha, que engraçado!
Obrigada pelo link! =D
bjs
Ana
Valeu, Ana!
bjs p/ vc tbm!
ML
Caramba esses da Windham Hill eu não conhecia. Tenho quatro dvds dessa gravadora que chamam-se, Autumn Portrait, Western Light, Winter e Water's Path que são fantásticos. Antigamente eu tinha em vhs uma espécie de coletânea desses quatro que chama-se Seasons. Todos valem a pena conferir. As imagens e o som são muito viajantes.
Outro dvd que tenho desse tipo é o do George Winston - Seasons in Concert. Realmente curto muito esse tipo de música.
Grande abraço
Nino.
Graaaaande Nino!
Cara, nunca vi esses DVDs, no máximo uma aparição aqui outra ali em algum canal da TV; esses seus me parecem ser ducarái! rsrsrsrs
Futuramente vou postar os 2 discos do George Winston que eu tenho.
Valeu, meu camarada, um abração.
ML
Olha eu escuto desde Slayer á Sam Cooke, e tenho dois cds do Almir Sater, não sou fã, mas este artista merece o respeito e a admiração de todos que dizem amar a boa música. Valeu pelo post Marcello,esse album é muito bom mesmo. Descobri o blog a pouco e estou aproveitando a variedade e qualidade de sons aqui postados e a tirada "o Robert Johnson do Pantanal" me rendeu uma boa gargalhada,e é sempre bom que seguido de algum post, tenha um comentário esclarecendo algo sobre o album ou apenas a tua própria opinião. Abraço e qdo tiver im tempo vou zipar uns arquivos meus!!!
Faaaaaaala, Souzzzzzzzzzzza!
Seja bem vindo!
Cara, tem um bom tempo que eu não ponho um Slayer pra rolar... Vou aproveitar o ensejo e amolar uns vizinhos! rsrsrsrsrs
Esse disco do Almir Sater é uma maravilha, não tem como não gostar.
Agradeço pela visita e também pela simpatia e cordialidade; fique sempre à vontade pra comentar, a casa é nossa.
Um grande abraço.
Valeu!
ML
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