
Quando postei no
Plano Z o disco mais recente do
Wicked Minds (‘
Visioni, Deliri & Illusioni’, um ótimo tributo ao prog italiano), meu irmãoSinho
Edson, El Berlotón, fez um comentário em que dizia querer conhecer melhor a banda
The Trip (uma das que foram homenageadas no tal disco), por ter gostado bastante da faixa ‘
Caronte I’; foi daí que peguei o mote para esta postagem.
The Trip é um grupo
mezzo inglese / half italian, que iniciou seus trabalhos na
Inglaterra, em 1966, e tinha em sua formação original ninguém menos do que
Ritchie Blackmore (sim, ele mesmo!); porém, o grupo só começou a se estruturar realmente depois da saída de
Blackmore e a escolha da
Itália como base de ações.
Arvid "Wegg" Andersen (vocais e baixo),
Joe Vescovi (teclados e vocais),
William Gray
(guitarras e vocais) e
Pino Sinnone (bateria e percussão) fizeram, então, a primeira formação realmente estável e, assim, gravaram seus dois primeiros discos. ‘
The Trip’, lançado em 1970, mostra o grupo, que se formou no underground europeu, destilando a psicodelia típica da época (influenciado principalmente pelo que o
Pink Floyd fazia em seus primórdios) com o melhor do prog italiano, tendo uma boa pegada hard e um ‘plus’ em relação aos tantos grupos do país da bota: vocais em inglês perfeito, sem sotaque estrangeiro – cortesia do vocalista principal,
Arvid “Wegg” Andersen. Em ‘
Caronte’, de 1971, o estilo da banda atingiu seu ápice e cometeu um disco que beira a perfeição, uma pequena obra-prima.

Ainda em 1971, apesar do bom momento,
The Trip sofre duas importantes baixas em suas fileiras: o guitarrista
William Gray (um dos fundadores da banda) e o baterista
Pino Sinnone. Desde então o grupo deixou de ter um guitarrista e para as baquetas foi convocada uma figura que posteriormente teria uma grande história na música italiana:
Furio Chirico. Foi com esta formação, um clássico power trio de prog, que, em 1972, lançaram outra pequena obra-prima ‘
Atlantide’, onde há a clara influência de
EL&P – até por conta do novo formato do grupo.

Veio o ano de 1973 e com ele o disco ‘
Time Of Change’, que tem esse título praticamente profético, já que muitas mudanças ocorreram: início de novos rumos musicais, gravadora nova e a saída de
Furio Chirico - que em seguida viria a fundar a excelente banda de jazz/prog
Arti & Mestieri* .

Depois deste grande baque, eles até tentaram continuar com um novo baterista, mas parece que as coisas já estavam desgastadas e o fim foi invitável. De qualquer forma, antes assim, deixando um legado de 4 ótimos álbuns, do que manchar a carreira lançando discos sem inspiração.
Se não me engano, cheguei a postar esta discografia no finado
Delirium Dust, mas com bitrates mais baixos; agora estou disponibilizando 3 deles em 320k e 1 em 256k, com o máximo dos encartes que consegui achar. Só me resta, agora, desejar o de sempre: divirtam-se e, se puderem, comentem!
Site Oficial
Prog Archives
Wikipedia:
English –
Italiano
EXTRA!!
'Caronte' (Parts I & II - G&B Mix) -
Multiupload (21,46mb)
Mix das faixas '
Caronte I' e '
Caronte II', do disco de mesmo nome, gentilmente ofertado pelo graaaande
Edson d'Aquino, presidente do dele, do seu, do nosso
Gravetos & Berlotas - Valeu, irmãoSinho!!
NOVOS LINKS (re-up em 12/06/12) –
Mirror Creator (3kb)
* Eu postei a discografia do
Arti & Mestieri no
Delirium Dust (foi até ‘gentilmente’ solicitada a exclusão da mesma pela nossa querida DMCA) e, depois, disponibilizei os links
aqui no Pântano Elétrico; como alguns dos links estão expirados, em breve os re-uparei e, assim que estiverem prontos, farei uma re-postagem.