
Eu já fui muito mais um fã de blues do que sou hoje em dia. Na verdade, agora vejo as coisas por um outro prisma: o blues é o mais básico dos ritmos e já foi explorado à exaustão, seja por
Eric Clapton,
Johnny Winter ou
Jimi Hendrix, mas pouco trazendo de novidade nas últimas décadas; a não ser quando surge um expoente do porte de
Stevie Ray Vaughan ou outros, em menor escala, como
Joe Bonamassa, por exemplo, e, bem, seja por isso tudo ou não, o que quero dizer é que eu me divirto muito mais tocando o blues do que o escutando. Por outro lado, volta e meia aparece uma banda ou artista que cai nas minhas graças, por N motivos, como é o caso da banda que estou postando hoje aqui n’
O Pântano Elétrico:
Interstate Blues.

Formada pelos californianos, de
Los Angeles,
Jamie Purpora (guitarra e vocal),
Roger Brown (baixo) e
Jeremy Crowther (bateria), a
Interstate Blues pega a veia do blues pra refazer o caminho do rock & roll até o hard rock de uma maneira diversa das bandas da mesma área, que acabam descambando para o lado mais ‘comercial’ do rock –
LA é meio que sinônimo de
hair metal, rock farofa, etc –, e o fazem com uma competência inquestionável; mesmo que não seja ‘aquela banda que vai mudar o mundo’ faz um bem danado pros ouvidos. Além de tudo, tem uma coisa que, para mim, conta muitos pontos: é um
fuckin’ power trio! rsrsrs Em certo momento da carreira, foram um quarteto, com um tecladista, mas isso não durou muito.

Os caras estão na estrada desde 1994 e lançaram sete álbuns com gravações originais (as composições próprias são maioria absoluta) e uma coletânea (‘
Redux’) que conta com uma versão de ‘
Voodoo Child (Slight Return)’, de você-sabe-quem (não, não é o
Voldemort... rsrs). Foi justamente com essa música que tomei conhecimento sobre a banda, já que outro dia eu estava escutando um programa no rádio em que estavam fazendo uma homenagem ao
Hendrix, com versões de suas músicas tocadas por bandas e artistas menos conhecidos do público em geral, e, logo após tocá-la, o locutor teceu vários elogios à banda, o que me fez ‘correr atrás’ de maiores informações sobre eles.

O resultado está aí, todos os 8 discos, e não me decepcionei com nenhum – pelo contrário! Os três malucos mandam muito bem, tanto na execução de seus instrumentos quanto nas composições – e é bem como eu disse anteriormente, não tem muita novidade, mas caiu nas minhas graças; tanto que me bateu uma tremenda vontade de compartilhar com todos vocês, o que já deve dizer muito, afinal de contas, já que tenho essa ‘resistência’ ao blues de uma maneira geral – e, enfim, eles não tocam somente blues, pois também transitam com desenvoltura entre classic rock e hard rock.

Vou aproveitar pra dedicar essa postagem à galera do
Seres da Noite e aos meus brothers
Big Clash e
Edson D’Aquino, já que o som tem absolutamente tudo a ver com todos eles.
Aproveitem, divirtam-se e comentem!