Eu acho engraçadas algumas reações que a música provoca; principalmente as extremas - que normalmente são mal fundamentadas (e nem vou falar das que não tem qualquer outro fundamento além do gosto pessoal de cada um de nós). Digo isso porque é uma questão pertinente quando se trata da carreira desse artista cantor escocês, batizado com o nome Derek William Dick, mais conhecido como Fish, o primeiro vocalista do Marillion.
Já no início, quando o cara apareceu à frente do Marillion, muitos logo o ‘atacaram’ com a pecha de ser um clone do Peter Gabriel; o que pra mim sempre foi um comentário pra lá de preguiçoso, porque é fácil fazer coro aos ‘grande críticos musicais’ que assim logo o rotularam. Tudo bem, não dá pra discordar que o timbre da voz dele muitas vezes lembra a do PG, o que ainda é amplificado por conta do som do Marillion ser, no início, bem influenciado pelo Genesis. Pelo menos para mim, isso soa mais como um elogio do que uma crítica, porque a voz do Peter Gabriel é maravilhosa e o Genesis... Bem, estamos falando de uma das principais bandas de prog de todos os tempos – e quantas bandas não fazem um som diretamente influenciado por eles? Mas, vamos lá: o timbre parece, OK, concordo, mas o estilo e o ‘approach’ são completamente diferentes – é só reparar o quanto o Fish grita, buscando a voz de lá do fundo, rouca e rasgada, em alto volume; o tipo de recurso que Peter Gabriel quase não utiliza (ele é mais sutil...). Nesse sentido, o Fish está muito mais para um outro Peter, o Hammill. Aliás, na contracapa do 'Fugazi' tem alguns discos espalhados pelo quarto: dois do Peter Hammill (‘Fool’s Mate’ e ‘Over’), um do Pink Floyd (‘The Wall’) e o single de ‘Punch & Judy’ (do próprio Marillion) – e isso já é pista mais do que suficiente pra entender qual é a do cara. A influência de Hammill, inclusive, é muito mais sentida na poesia do Fish do que as letras do Gabriel.
Uma outra coisa alegada pelos detratores era o fato de que Fish se apresentava maquiado, coisa que o Peter Gabriel fazia (da mesma forma que trocentos grupos psicodélicos antes dele) – pelo menos o Fish nunca se fantasiou de flor... (rsrsrsrsrs) Pra fechar essa pendenga, enquanto um era baixinho, franzino, esquivo e raspava o cabelo de modo, no mínimo, esquisitíssimo, o outro tem uns bons 2 metros de altura, costumava exibir sua pança sem pudor, vive contando ‘causos’ e é careca naturalmente. rsrsrs Agora, vejam bem, só estou tentando distinguir um do outro, porque se entrarmos na questão de genialidade, o Gabriel ganha com larga folga.
Uma outra questão: ter fama e sucesso não quer dizer que o artista (ou a banda) é ruim. Quando o Marillion surgiu para nós, brasileiros (digo pelo que vivi, no Rio de Janeiro, principalmente através da Fluminense FM), logo um monte de gente (fãs da assim chamada Música Progressiva*, principalmente) disse – ‘Graças aos céus! O Progressivo está ressurgindo!’ Mas foi só ‘Kayleigh’ tocar sem parar nas rádios e as meninas ficarem loucas com o ‘Misplaced Childohood’ (basicamente por causa de 'Kayleigh'), que o pessoal ‘entendido’ logo torceu o nariz e virou a cara pra banda. Vai entender esse povo... Um disco maravilhoso, que teve o dom de colocar o prog na casa de muita gente (e isso em plenos 80, com um monte de bandas da pior espécie surgindo a cada momento) sendo execrado por quem mais o deveria defender – parece que o contrassenso está intimamente ligado ao fanatismo (ou ao extremismo...).
A mesma coisa aconteceu quando o Fish saiu do Marillion. Vamos pensar: o cara estava insatisfeito na banda, a banda estava insatisfeita com o cara; por quê? Podemos especular sobre o ciúme que rolou em ambas as partes, coisa do tipo: ‘o cara está aparecendo demais, mais do que nossa música e quer mudar o que fazemos’. E o outro lado da história: ‘eu quero seguir outro rumo, mas eles não estão muito afim...’ Resultado: carreira solo de um lado, mudança de vocalista no outro – a fila anda, o mundo gira, esses clichês... Mas aí o cara lançou seu primeiro disco, que mesmo com muitas músicas que vinham sendo trabalhadas com o Marillion, já mostrava umas mudanças de rumo, tentando uma saída do neo-prog para uma música mais eclética, algo mais pela praia do art-rock e do eclectic prog – esse disco foi muitíssimo bem recebido. Quando lançou o segundo disco, já bem mais afastado do som que fazia anteriormente, os fãs praticamente debandaram... Mas se ele saiu do Marillion pra fazer um outro som, por que deveria fazer o mesmo de sempre? Eu acho o seguinte, se o artista não arrisca, então não quer fazer a sua arte, quer fazer dinheiro fácil, música descartável – que seja arte, mesmo que o produto derivado do ato de se arriscar artisticamente venha a ser ruim (afinal, de boas intenções...). O mesmo aconteceu com o Marillion, com o Hogarth, quando lançaram o ‘Holidays In Eden’, que não tinha realmente nada a ver com o que faziam antes, mas analisando o disco isoladamente, é ruim? Ao meu ver, não. Ah, a mesmíssima coisa se passou com o P. Gabriel quando ele se arriscou solo... E, novamente, se cai na preguiça ao dizer que o som ficou mais ‘comercial’ por pressão da gravadora, que os caras queriam mesmo era ganhar dinheiro (por quê? você não quer, não, baby?) e toda a sorte de argumentos e especulações. O certo é que a maioria do público é ‘mono’: quanto menos se mexer naquilo, mais seguro e confortável – esse negócio de muita novidade não faz bem pros artistas, não...
Pois então, o post é sobre o Fish; está aí a discografia de estúdio completa, mais vários ao vivo, bootlegs e uma ótima coletânea, com a qualidade de sempre, encartes, etc. Já enrolei demais, mas mesmo assim, continuarei por aqui pra contar um pouco mais sobre esse maluco, que ganhou esse apelido graças a ficar uma média de 3 horas relaxando numa banheira...
Acho que a carreira desse cidadão escocês é cheia de altos e baixos, mas todos os discos têm músicas excelentes, alguns mais outros menos. Criado dentro do prog, mas com muitas outras influências e referências, o som passeia entre neo e eclectic prog, da mesma forma que o art rock (ou crossover prog como dizem hoje em dia) – e eu vejo de uma seguinte forma: tem muita influência das bandas seminais do prog e do rock em geral, algo de Marillion (é claro) e uma generosíssima dose de ecletismo, mas o bacana é que tudo isso é transposto para uma música muito pessoal, com a cara do Fish, e de muita qualidade, evidentemente. Se fosse de outra forma, um monte de excelentes músicos e artistas talvez não resolvesse tomar parte da empreitada, vejam só alguns que já tocaram, colaboraram ou participaram ao vivo e em discos do Fish: Janick Gers, Mickey Simmonds, Andrew Ward, Steve Howe, Steven Wilson, John Wesley, Steve Vantsis, Sam Brown, Chris Glenn, Zal Cleminson e Ted & Hugh McKenna (pros que não conhecem, esses quatro últimos eram a Banda Sensacional do Alex Harvey). Isso sem contar vários menos conhecidos, como os que fazem parte da banda que toca nos shows, como Frank Usher, Robin Boult, Foss Patterson, Dave Stewart, entre muitos outros.
Falando em shows, essa é uma especialidade de Mr Derek, que é um verdadeiro ‘entertainer’, como poucos que já surgiram dentro do prog. Além da excelente presença de palco, das certeiras interpretações e da abençoada garganta do sujeito, ele leva a platéia na mão, conta causos, faz piadas com o pessoal da banda e com os espectadores, brinca, pula e transmite a felicidade de quem faz o que mais gosta.
Antes de finalizar, uma pequena história que testemunhei e vou compartilhar com vocês: não me lembro exatamente o ano, mas foi no meio dos 90, eu tive o privilégio de assistir a um show do Fish em um teatro pequeno, que cabiam umas 2.000 pessoas; já depois da metade do show, faltou luz, só ficando ligadas aquelas de segurança; após alguns momentos de confusão, o grandalhão, lá do palco, sem microfone, conseguiu fazer todo mundo se sentar onde estava (mesmo que o chão fosse uma mistura de cerveja e poeira...); ele mesmo também se sentou na beira do palco com os dois guitarristas empunhando seus violões e fez a galera cantar baixinho, junto com ele, duas músicas (‘Dear Friend’ e ‘Lady Let It Lie’, se não me engano), até que os geradores voltaram a funcionar. Em seguida veio uma das ovações mais ensurdecedoras e animadas que eu já participei. Não é qualquer um que consegue tal feito, não...
Já me delonguei demais, os links estão aí embaixo, tirem vocês mesmos suas conclusões e, depois, deixem aqui na caixa de comentários as suas opiniões.
Link (5,78kb) – Sharebee
* Acho engraçado bagarái quando começam a levar as coisas muito a sério; pros mais 'xiitas,' é Música Progressiva, com maiúsculas e tudo, porque esse negócio de rock é pra quem não entende nada: uma ralé que não sabe o que é um Chapman Stick ou uma Warr Guitar, e que acha que ‘álbum conceitual’ é o que obteve os maiores conceitos da crítica. (rsrsrsrs) Para esses, um pedaço do Paraíso é um disco de uma banda do Turkomenistão, que só teve 250 cópias lançadas em vinil transparente, em 1970, que traz a participação do Fripp tocando koto nos 20 segundos finais da faixa 3 do lado B... rsrsrsrsrs
Uma outra coisa alegada pelos detratores era o fato de que Fish se apresentava maquiado, coisa que o Peter Gabriel fazia (da mesma forma que trocentos grupos psicodélicos antes dele) – pelo menos o Fish nunca se fantasiou de flor... (rsrsrsrsrs) Pra fechar essa pendenga, enquanto um era baixinho, franzino, esquivo e raspava o cabelo de modo, no mínimo, esquisitíssimo, o outro tem uns bons 2 metros de altura, costumava exibir sua pança sem pudor, vive contando ‘causos’ e é careca naturalmente. rsrsrs Agora, vejam bem, só estou tentando distinguir um do outro, porque se entrarmos na questão de genialidade, o Gabriel ganha com larga folga.
Uma outra questão: ter fama e sucesso não quer dizer que o artista (ou a banda) é ruim. Quando o Marillion surgiu para nós, brasileiros (digo pelo que vivi, no Rio de Janeiro, principalmente através da Fluminense FM), logo um monte de gente (fãs da assim chamada Música Progressiva*, principalmente) disse – ‘Graças aos céus! O Progressivo está ressurgindo!’ Mas foi só ‘Kayleigh’ tocar sem parar nas rádios e as meninas ficarem loucas com o ‘Misplaced Childohood’ (basicamente por causa de 'Kayleigh'), que o pessoal ‘entendido’ logo torceu o nariz e virou a cara pra banda. Vai entender esse povo... Um disco maravilhoso, que teve o dom de colocar o prog na casa de muita gente (e isso em plenos 80, com um monte de bandas da pior espécie surgindo a cada momento) sendo execrado por quem mais o deveria defender – parece que o contrassenso está intimamente ligado ao fanatismo (ou ao extremismo...).
A mesma coisa aconteceu quando o Fish saiu do Marillion. Vamos pensar: o cara estava insatisfeito na banda, a banda estava insatisfeita com o cara; por quê? Podemos especular sobre o ciúme que rolou em ambas as partes, coisa do tipo: ‘o cara está aparecendo demais, mais do que nossa música e quer mudar o que fazemos’. E o outro lado da história: ‘eu quero seguir outro rumo, mas eles não estão muito afim...’ Resultado: carreira solo de um lado, mudança de vocalista no outro – a fila anda, o mundo gira, esses clichês... Mas aí o cara lançou seu primeiro disco, que mesmo com muitas músicas que vinham sendo trabalhadas com o Marillion, já mostrava umas mudanças de rumo, tentando uma saída do neo-prog para uma música mais eclética, algo mais pela praia do art-rock e do eclectic prog – esse disco foi muitíssimo bem recebido. Quando lançou o segundo disco, já bem mais afastado do som que fazia anteriormente, os fãs praticamente debandaram... Mas se ele saiu do Marillion pra fazer um outro som, por que deveria fazer o mesmo de sempre? Eu acho o seguinte, se o artista não arrisca, então não quer fazer a sua arte, quer fazer dinheiro fácil, música descartável – que seja arte, mesmo que o produto derivado do ato de se arriscar artisticamente venha a ser ruim (afinal, de boas intenções...). O mesmo aconteceu com o Marillion, com o Hogarth, quando lançaram o ‘Holidays In Eden’, que não tinha realmente nada a ver com o que faziam antes, mas analisando o disco isoladamente, é ruim? Ao meu ver, não. Ah, a mesmíssima coisa se passou com o P. Gabriel quando ele se arriscou solo... E, novamente, se cai na preguiça ao dizer que o som ficou mais ‘comercial’ por pressão da gravadora, que os caras queriam mesmo era ganhar dinheiro (por quê? você não quer, não, baby?) e toda a sorte de argumentos e especulações. O certo é que a maioria do público é ‘mono’: quanto menos se mexer naquilo, mais seguro e confortável – esse negócio de muita novidade não faz bem pros artistas, não...
Pois então, o post é sobre o Fish; está aí a discografia de estúdio completa, mais vários ao vivo, bootlegs e uma ótima coletânea, com a qualidade de sempre, encartes, etc. Já enrolei demais, mas mesmo assim, continuarei por aqui pra contar um pouco mais sobre esse maluco, que ganhou esse apelido graças a ficar uma média de 3 horas relaxando numa banheira...
Acho que a carreira desse cidadão escocês é cheia de altos e baixos, mas todos os discos têm músicas excelentes, alguns mais outros menos. Criado dentro do prog, mas com muitas outras influências e referências, o som passeia entre neo e eclectic prog, da mesma forma que o art rock (ou crossover prog como dizem hoje em dia) – e eu vejo de uma seguinte forma: tem muita influência das bandas seminais do prog e do rock em geral, algo de Marillion (é claro) e uma generosíssima dose de ecletismo, mas o bacana é que tudo isso é transposto para uma música muito pessoal, com a cara do Fish, e de muita qualidade, evidentemente. Se fosse de outra forma, um monte de excelentes músicos e artistas talvez não resolvesse tomar parte da empreitada, vejam só alguns que já tocaram, colaboraram ou participaram ao vivo e em discos do Fish: Janick Gers, Mickey Simmonds, Andrew Ward, Steve Howe, Steven Wilson, John Wesley, Steve Vantsis, Sam Brown, Chris Glenn, Zal Cleminson e Ted & Hugh McKenna (pros que não conhecem, esses quatro últimos eram a Banda Sensacional do Alex Harvey). Isso sem contar vários menos conhecidos, como os que fazem parte da banda que toca nos shows, como Frank Usher, Robin Boult, Foss Patterson, Dave Stewart, entre muitos outros.
Falando em shows, essa é uma especialidade de Mr Derek, que é um verdadeiro ‘entertainer’, como poucos que já surgiram dentro do prog. Além da excelente presença de palco, das certeiras interpretações e da abençoada garganta do sujeito, ele leva a platéia na mão, conta causos, faz piadas com o pessoal da banda e com os espectadores, brinca, pula e transmite a felicidade de quem faz o que mais gosta.
Antes de finalizar, uma pequena história que testemunhei e vou compartilhar com vocês: não me lembro exatamente o ano, mas foi no meio dos 90, eu tive o privilégio de assistir a um show do Fish em um teatro pequeno, que cabiam umas 2.000 pessoas; já depois da metade do show, faltou luz, só ficando ligadas aquelas de segurança; após alguns momentos de confusão, o grandalhão, lá do palco, sem microfone, conseguiu fazer todo mundo se sentar onde estava (mesmo que o chão fosse uma mistura de cerveja e poeira...); ele mesmo também se sentou na beira do palco com os dois guitarristas empunhando seus violões e fez a galera cantar baixinho, junto com ele, duas músicas (‘Dear Friend’ e ‘Lady Let It Lie’, se não me engano), até que os geradores voltaram a funcionar. Em seguida veio uma das ovações mais ensurdecedoras e animadas que eu já participei. Não é qualquer um que consegue tal feito, não...
Já me delonguei demais, os links estão aí embaixo, tirem vocês mesmos suas conclusões e, depois, deixem aqui na caixa de comentários as suas opiniões.
Link (5,78kb) – Sharebee
* Acho engraçado bagarái quando começam a levar as coisas muito a sério; pros mais 'xiitas,' é Música Progressiva, com maiúsculas e tudo, porque esse negócio de rock é pra quem não entende nada: uma ralé que não sabe o que é um Chapman Stick ou uma Warr Guitar, e que acha que ‘álbum conceitual’ é o que obteve os maiores conceitos da crítica. (rsrsrsrs) Para esses, um pedaço do Paraíso é um disco de uma banda do Turkomenistão, que só teve 250 cópias lançadas em vinil transparente, em 1970, que traz a participação do Fripp tocando koto nos 20 segundos finais da faixa 3 do lado B... rsrsrsrsrs
13 comentários:
CLAP...CLAP...CLAP...
Belíssimo texto, irmãoSinho. Concordo em gênero, número, grau e declinação com a questão da semelhança entre as 2 bandas, mesmo achando que muito disso era realmente proposital -desnecessário pois os todos os músicos são excelentes e muito criativos- e, infelizmente, os deixou em situação difícil entre os progheads. Curto bastante o 'Fugazi' e 'Misplaced Childhood' mas é realmente difícil dissociar o som do Marillion do Genesis pois as diferenças muitas vezes estão menos expostas. Quanto à carreira solo do Fish, confesso que conheço pouquíssimo mas o pouco que conheci em casas de amigos -que sempre mostram suas faixas favoritas, hehehe- gostei bastante. Vou baixar a discog de estúdio pois nunca tive saco pra ficar caçando pela rede já q nunca esteve entre minhas prioridades. No máximo vou gostar pracaralhoabeça e no mínimo vai me render uma bela compilação do peixe lenhador.
[]ões
PS: adorei sua sacaneada naqueles progheads que acham que o melhor do gênero tá escondido em alguma banda de um país que muitas vezes já nem existe mais.
Oi, Maddy Lee!
Cara, eu adoro Fish no Marillion, da carreira solo não conheço mesmo praticamente nada então esse post é tudo o que eu queria para me aprofundar nessas águas do grande peixe ;)
Devo começar por qual disco?
Abraços, da
Lu
Faaaaaaaaaala, El Brenfumador!
Pelo menos na carreira solo o Fish não tem nada de Genesis; acho que você vai curtir bastante (até se surpreender!). O Marillion sem o Fish tratou de se livrar rapidim dessas comparações com o Genesis; hoje em dia eles fazem uma som que nada tem a ver com o do início - e que talvez você acabe se surpreendendo também.
No texto eu me referi aos fãs de prog, mas tudo isso se aplica a qualquer gênero musical, é só ver os que curtem metal, jazz, música clássica... Esse papo de segmentação, segregação ou de se isolar no seu próprio 'gueto', ah, irmãoSinho, isso não cola comigo, definitivamente.
Você vai curtir os encartes.
Oi, Lu Gasp! Beleza?
Pensei o seguinte: talvez seja legal você começar com a coletânea 'Bouilabaisse', que dá uma geral bem bacana, e depois os 'ao vivo'; mas se você quiser escutar os discos como um todo, o ideal seria seguir a ordem cronológica; uma terceira opção seria você escutar o primeiro, depois o último, o segundo e o penúltimo, seguindo essa ordem, só pra ver como ele fez coisas diferentes porém genuinamente 'Fishícas' (rsrs).
Eu gosto muito de todos os discos, mas o primeiro me traz ótimas lembranças e desde que comecei a pensar nesse post já escutei o '13th Star' umas 30 vezes!!! rsrsrsrs Além disso, o refrão 'soooooooooooo Fellini!' não sai da minha cabeça... KKKKKKKKKKKK
-x-
Umas coisas que eu não incluí no texto, mas que são interessantes para quem não conhece esses discos:
. 'Songs From The Mirror' é só de covers, entre os artistas coverizados estão Moody Blues, Genesis, Argent, Sandy Denny, Yes, entre outros.
. 'Yin' e 'Yang' contêm músicas dos discos anteriores do Fish (algumas originais e outras regravadas especialmente), versões de músicas do Marillion (com a banda do Fish), entre outras.
. 'Acoustic Sessions' - são as gravações, em estúdio, dos ensaios para os shows acústicos do Fish
. 'Bouilabaisse' é uma coletânea dividida em 2 discos, 'Balladeer' e 'Rocketeer' - acho que os títulos são auto-explicativos...
. Incluí alguns bootlegs e 'bootlegs oficiais' porque nesses a gente pode ouvir os shows sem cortes, com o Fish contando causos, etc, apesar de alguns não terem um som assim tão espetacular, mas valem muito a pena.
. A capa do 'Clutching At Stars' foi montada por mim, porque não lembro de onde o baixei e não encontrei o que deveria ser a capa original.
É isso aí.
Grande abraço.
Valeu!
ML
Bela resenha,meu nobre amigo,quanto as fotos nem se fala,os banners ficaram otimos.
Eu sou suspeito pois gosto pra k.........dele solo,como no Marillion,e nem discuto,eles tiveram a fase deles Genesis,mas com personalidade e passaram ter identidade própia com o tempo,e isso ja aconteceu com diversas bandas.Valeu,qualidade ISO alguma coisa rsrsrsrsrsr.
Agora a polemica,eo STALLION,la no Gravetos,sera q MARILLION E GENESIS
beberam nessa fonte,tcham,tcham,vai se saber,ate pq no final os llions soam iguais.
ABRAÇOS AYRESRIO.
PS1:O CD Q TENHO DO GLASS CHAMA-SE,BEAT BOX E TEM UM COVER DO KRAFTWERK.
Valeu, Marcello, vou seguir suas dicas!
Abraços, da
Lu
Graaaaaaaaaaaande Ayres!!
Ainda não ouvi o Stallion, mas pro Edson falar bem de uma banda prog (e postar!!) é porque deve ser bem boa.
Esse do Glass Candy eu tenho; nem vou prometer subir links pros que eu tenho porque meu tempo aqui já tá prá lá de otimizado (rsrsrsrs); estou subindo os últimos links pra uma postagem especial e depois disso, férias!! rsrs
Pelo texto deu pra sacar que sou fã do Fish e olha que no início eu nem era tão fã do Marillion, mas graças a duas namoradas que eu tive acabei viciando por pura osmose - KKKKKKKKKK
Lu, beleza! Depois me diga de quais discos você gostou mais, OK?
Beijos pra menina e abraço pro louKo!
Valeu!
ML
Novamente um grande post mr. Maddy Lee. Agora que voce colocou o Fish, que tal o Marillion?
E sobre o grande Fish, acho que ele sofreu nas mãos das gravadoras que só divulgam o que da retorno, se até o Marillion que teve muito mais divulgação pós Fish teve que apelar para os fãs para produzir seus ultimos discos... quanto mais ao Fish, que parece ter tomado um rumo mais independente.
O 1º disco dele, cheguei a comprar no vinil, e não dava pra comparar com o 1º Marillion sem ele. Eu odiei o Hogarth, e quase furei o disco em Cliche e Family Business. Depois o cara sumiu das lojas de discos do meu Pequeno Cachoeiro.
Valeu e abraços da Rachel.
Carissississississíssimo Rick Deckard,
aos trancos e barrancos Mr Dick (ooopsss...) foi levando a vida, fundou o próprio selo (The Dick Bros) e sua empresa (The Company), e continuou fazendo o que faz melhor: música. Além de tudo ele tem formatos diferentes de show, cada um deles adequado à situação: seja um bar, um teatro pequeno ou uma sala gigante; seja acústico, elétrico ou ao ar livre, tá lá o cara ganhando a vida e encantando os fãs, sem frescura, sem estrelismos. Fish acabou de casar (ainda deve estar em lua-de-mel) e passou por uma cirurgia na garganta que deve tê-lo deixado bem preocupado, e já está programando disco novo pro ano que vem - nada melhor pra passar o tempo do que trabalhar! rsrsrsrs
Eu gosto do Hogarth; sinceramente, gostei logo de cara quando ouvi pela primeira The King Of Sunset Town e todas as do Season's End, apesar dele ser o contrário do Fish em todos os sentidos, menos no talento (potque ele também é talentoso e, sem sacanagem, o acho um vocalista de mais recursos técnicos do que o Fish, mas não tão bom intérprete).
Há muito tempo venho pensando em postar a discog do Marillion, mas não tenho todos os discos deles - e eles lançaram muitos. Então, fui dando um tempo pra ver se conseguia todos os que me faltavam em mp3 com qualidade superior (mínimo de 224k), o que até hoje não se concretizou totalmente.
No mais, agora já é tarde, pois muito em breve entrarei de férias por tempo indeterminado... Mas não sem antes deixar algumas postagens programadas (alguns do Marillion estarão nesse pacotaço).
Valeu pela visita e pelo comentário pertinente.
Abração, Blade Runner, beijos pra Rachel e pros seus meninos-dróides... rsrsrsrs
Valeu!
ML
Show de bola,Marcelo!
Fish e os seus tempos de Marillion são divinos!
Valeu ;-)
Vaaaaaaaaaleu, Roooooocha, valeu!
Abração!
ML
Mais uma bela história escrita pelo senhor e um comentário final mais que acertado huahuahahaua
Valeu, Diegão! Pensei em alguns daqueles nossos papos ao escrever essa 'crítica'.
Abração!
ML
Em 1.0 lugar, quero agradecer ao Marcello pelo belísimo texto sobre o Fish. Realmente, o Fish é um cara muito Especial. E, se me permitirem, apresentar nosso Fã-clube OFICIAL do Fish no Brasil e convidá-los a conhecer (e participar) do nosso grupo no Facebook. Lá vocês poderão conhecer mais sobre a carreira do Fish, novidades, próximos shows, etc...
Nosso grupo no Facebook: https://www.facebook.com/groups/fishheadsclubbrazil/
Nosso Website (em construção): www.fishheadsclubbrazil.com.br
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