
Caríssimos amigos, amigas e freqüentadores anônimos em geral, por conta das últimas postagens, não pensem vocês que abandonei o rock progressivo – na-na-ni-na-não... rsrs Na verdade, estou preparando uma boa ‘enxurrada prog’, que começa hoje, com este post mais do que especial, disponibilizando pra vocês a discografia mais do que completa de uma das minhas bandas preferidas de todos os tempos:
Camel.

Eu sei que nem é muito difícil de se achar os discos do
Camel entre tantos ótimos blogs, porém como eu tenho uma boa quantidade de CDs originais, ripei-os no meu costu

meiro padrão VBR 224/320kb e incluí os encartes completos. Decerto que não tenho todos os discos, então todos os outros que estou disponibilizando aqui são aqueles com o rip de melhor qualidade que encontrei em outros blogs como, por exemplo, o
Sakalli, tendo incluído as capas e o que consegui achar dos encartes. Além de tudo, posso estar enganado, mas acho que nunca encontrei todos esses juntos num mesmo blog; só para ter uma idéia melhor, são, ao todo, 29 discos – 14 de estúdio, 10 ‘ao vivo’, 4 bootlegs e uma coletânea.

Vamos a um pouco da história da banda. Em 1969,
Andrew Latimer (guitarras, flauta e vocais),
Doug Ferguson (baixo e vocais) e
Andy
Ward (bateria e percussões) formavam o
The Brew, que fazia um som que misturava blues, jazz e rock; eles costumavam se apresentar ao vivo e, a partir dessas apresentações, o som da banda foi evoluindo e ganhando características muito próprias, mas ainda estava faltando algo; o que logo ficou evidente para eles era que com a adição de teclados a banda ficaria do jeito que eles mais gostariam. Em 1971 eles conheceram o tecladista
Peter Bardens – que já tinha uma boa carreira (tocou com
Rod Stewart,
Van Morrison,
Mick Fleetwood, entre outros) e dois discos próprios lançados (‘
The Answer’ e ‘
Write My Name In The Dust’).

Eles logo tiveram a oportunidade de fazer um show juntos, tocando basicamente o material de
Bardens. Nesse show, o entrosamento do que era o
Brew somado à experiência e musicalidade de Bardens resultou numa química perfeita; logo depois disso nasceu o
Camel.
O primeiro disco, auto-intitulado, veio em 1973 e, a partir daí, com esta formação ‘clássica’, veio uma seqüência de obras-primas do rock progressivo (‘
Camel’, ‘
Mirage’, ‘
The Snow Goose’ e ‘
Moonmadness’); todos são daquele tipo ‘essenciais em qualquer coleção’ e nem digo só de rock progressivo.
Doug Ferguson deixou a banda em 1977 e a partir de então muitas mudanças se sucederam, não só quanto aos músicos, mas também quanto à direção musical, numa tentativa de expandir horizontes, integrando influências jazzísticas (no disco ‘
Rain Dances’)

e pop/rock (principalmente do ‘
Breathless’ até ‘
Stationary Traveller’), com resultados variados. No meu modo de ver, ‘
Breathless’, por exemplo, é um disco fraco, com muitas músicas tendendo a um lado mais comercial, mas tem umas das melhores músicas da banda (‘
Echoes’); talvez houvesse alguma pressão da gravadora para que eles ‘fabricassem’ algum hit, pois a partir de ‘
Rain Dances’ todos os discos têm mesmo uma música ou outra com essa direção, inclusive o mais progressivo de toda essa leva, o conceitual ‘
Nude’ (e que talvez seja o disco musicalmente mais variado do
Camel).

Pouco a pouco os membros originais foram deixando a banda nas mãos de
Andrew Latimer, tanto que ‘
The Single Factor’, de 1982, é praticamente um disco solo de
Latimer, com vários

músicos contratados, tendo a participação de alguns músicps que já vinham tocando com ele e, também, contando com a colaboração de Peter Bardens e Anthony Phillips em algumas faixas. ‘
Stationary Traveller’, de 1984, traz uma mistura mais homogênea entre faixas mais comerciais e instrumentais, dentre essas últimas a que dá nome ao disco (excelente) e ‘
Pressure Points’ (também excelente), que acabou batizando a turnê desse disco, que, por muito tempo, foi a última do
Camel, já que em 1985
Latimer ‘declarou’ um recesso para a banda, que só voltaria em 1991 com o disco ‘
Dust And Dreams’, um disco conceitual, inspirado no livro ‘
As Vinhas da Ira’, de
John Steinbeck.

‘
A Nod And A Wink’, de 2002, é, até agora, o último disco lançado pelo
Camel e foi dedicado a
Peter Bardens, que faleceu devido a um câncer pulmonar em janeiro daquele ano. A turnê desse último disco foi anunciada como uma despedida dos palcos, mesmo que
Latimer tenha continuado a trabalhar, privativamente, em versões acústicas para algumas canções do
Camel e, também, a partir de 2003, em um novo projeto com
Doug Ferguson e
Andy Ward. Infelizmente os projetos foram abortados ou adiados em 2006, devido a sérios problemas de saúde de
Latimer, mas, mesmo assim, em 2007,
Susan Hoover (sua esposa e letrista do
Camel há vários anos) declarou que um novo álbum de inéditas era pretendido, assim como uma subseqüente mini-turnê. Agora só nos resta fazer pensamento positivo para que o simpático
Andrew Latimer retome sua boa saúde e nos brinde com mais um excelente álbum – que, se seguir a linha evolutiva desde ‘
Dust And Dreams’ (e se realmente contar com a presença de
Doug Ferguson e
Andy Ward) tem tudo para ser mais um clássico na discografia dessa maravilhosa banda que é um dos maiores pilares do rock progressivo mundial.

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